30 junho, 2009

O Dr. Rui Rio, não tem propriamente memória de elefante...

Sem pingo de respeito, nem apreço, tiro o meu chapéu [como é óbvio pela negativa], à imaginação de alguns agentes políticos, e da administração bancária, no que concerne às "estratégias" frequentemente ilegais usadas em benefício proprio que, num ápice, conseguem transformá-los em gente bem sucedida na vida, em homens, ou mulheres, de «sucesso», como soa bem dizer-se. Enriquecem depressa e forte, sem sabermos exactamente como, nem porquê, mas imaginamos...
No sentido inverso, é confrangedor o baixo nível de inteligência ou, se quisermos ser simpáticos, a curta memória, que conduz os mesmos protagonistas a actos de gestão desastrosos não apenas da coisa pública, como da sua própria imagem, o que reforça aquela velha tese que diferencia a esperteza saloia da inteligência.

Não queria misturar actividades ou hierarquias, mas a verdade é que, é isso que vemos a acontecer com certos políticos e administradores bancários. Não, não é assim com todos, já sabemos. Mal seria se assim fora, mas que são muitos e raramente prestam contas à justiça, essa é uma verdade la Paliciana.
É por isso com espanto e alguma revolta até, que leio no Público de hoje que a CMPorto se queixou à ERC da RTP estar a prejudicar Rui Rio e a favorecer Elisa Ferreira. Alega, entre muitas queixas, o vice-presidente da Câmara que a RTP ignora os eventos do município e a presença de Rui Rio. Como é possível ter-se lata para falar assim? Como é possível que Rui Rio ou algum dos seus actuais assessores só se tenham dado conta da longa e muito abrangente ostracização que a comunicação social do Estado [e não só], tem dedicado ao Porto?
Se Rui Rio estivesse atento ao que a mesma comunicação tem feito ao Porto há largos anos, não só económica e politicamente, como desportivamente ao FCPorto, talvez percebesse por que é que muitos portuenses são a favor da regionalização e berram contra Lisboa. O problema, é que Rui Rio quando estava em Lisboa pensava como um lisboeta, e o que é pior, sentia como eles: desprezava o Porto!
Rui Rio, mal aqui chegou, arregaçou as mangas com desenvoltura para limpar a suposta promiscuidade entre a Câmara e o futebol, mas só se manifestou em relação ao clube da sua cidade, que por acaso, também é o mais competente do país. Rui Rio, manteve-se calado como um rato em relação às sucessivas poucas vergonhas que os clubes e a imprensa de Lisboa fizeram e [continuam a fazer contra o FCPorto], não só em termos de discriminação informativa, mas também e declaradamente, em termos conspirativos.
Deve ter achado bem esta batalha jurídica levantada e inventada por suspeitos de traficância de droga, contra o Presidente do FCPorto, para afinal a montanha parir um rato. Será que a Justiça para o sr. Dr. Rui Rio não é boa por ilibar Pinto da Costa, mas já funciona bem por não usar critérios de investigação processual semelhantes com outros clubes? Ou estará Sua Exa. também convencido que em Lisboa é tudo gente séria? Que pensará o Sr. RR do seu colega Dias Loureiro? Porque não se lembrou de falar de promiscuidade entre pessoas com altos cargos institucionais, como é o caso do conselheiro de Estado e o de administrador de bancos e off-shores do PSD? A promiscuidade do futebol será diferente das outras?
É claro que não aprovo o sectarismo da comunicação social, seja contra quem for, até porque como é bom de ver toda ela está sediada em Lisboa, mas eu, que não tenho talento nem arte para político, já sei disso há muitos anos, agora o senhor, presidente da Câmara da 2ª. cidade maior do país? Por onde tem andado? Com a cabeça em Lisboa e os dois pés no Porto? Pois é bem capaz de ser isso senhor Presidente. Aconselho-o então, se me permite, a andar com os pés no chão e com a cabeça no sítio, para não cair no ridículo.

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