Parece que a C.M.Porto tomou a iniciativa de começar a limpar os grafitos que enxameiam quase tudo quanto é parede nesta abandalhada cidade. Em princípio parece uma boa ideia, só que é manifestamente insuficiente porquanto tem efeitos pouco duradouros: os grafiteiros atacarão novamente. Que o diga, por exemplo, a dependência do Millennium situada em Cedofeita, junto a Carlos alberto, onde há dois dias vi estacionada uma carrinha de uma empresa de limpezas exteriores, junto à qual um funcionário se afadigava a tentar limpar os "trabalhos artísticos" que sujavam totalmente a montra e a porta da referida dependência bancária. Na rua de Cedofeita notei que muita coisa tinha sido limpa, mas a rua continua suja. Possivelmente os "artistas" por lá passaram depois da limpeza da câmara.
Isto é uma autêntica teia de Penélope: limpa-se por um lado, suja-se pelo outro, numa infindável luta de teimosias da qual os vencedores serão fatalmente os grafiteiros.
A solução tem de passar forçosamente por outras vias, aceitando-se antecipadamente que os grafitos nunca serão totalmente eliminados. Penso que o problema é já suficientemente relevante, no sentido de merecer uma estratégia comum e concertada, pelo menos entre as autarquias do Grande Porto e as autoridades policiais. Compreendo que estas tenham as suas prioridades, e que nelas a acção anti-grafitos esteja bastante no fundo da lista. Todavia é essencial a sua participação. A polícia sabe forçosamente muita coisa através do seu sistema de informações, e não tenho qualquer dúvida que, se o quisesse, poderia reprimir 90% das actividades. Impõe-se uma estrita "tolerância zero", a começar pela sociedade civil. Espero que não se deixem impressionar pelos nomes bonitos dados a este vandalismo - tags, stencils, graffiti - nem por argumentos pseudo-artísticos que mais não querem que justificar e incentivar aquilo que é maioritariamente vandalismo com destruição da propriedade. Aceito que alguns poucos grafitos tenham um mínimo de qualidade artística, mas o locais escolhidos são errados, excepto obviamente nos casos em que haja a concordância do proprietário dos locais pintados.
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Os "graffiti" tomam-se por artistas com uma espécie de estatuto especial que pensam conferir-lhes alguma relevância político-social. Enganam-se redondamente, e prejudicam o próprio talento que alguns manifestamente têm.
ResponderEliminarNão é fazendo do património arquitectónico das cidades as suas telas de eleição que alguém intelectualmente equilibrado lhes reconhecerá o devido mérito.
Assim, nunca passarão de marginais c/ dotes artísticos pseudo-revolucionários e completamentes fúteis. E é pena!
Meus caros é só ir à Dinamarca, copiar a legislação contra os graffiteiros e depois aplicá-la.
ResponderEliminarPagam uma multa e limpam as paredes. Não têm meios...vão para a choldra.
Um abraço
Estou completamente de acordo do
ResponderEliminarcomentário do Drgão Vila.
Isto não se resolve com paninhos
de lã.
Suja, limpa,suja limpa.
Assim não vamos a lado nenhum.
O castigo é a melhor solução.
A polícia provávelmente já conhece estes "artistas-conspurcadores".
Mas como estamos num país, que não
há autoridade nem justiça.
Até parece; que a culpa é sempre
da vitima.
Inflizmente já não é por acaso,
que muita gente,quer ressuscitar Salazar para por cobro a esta
anarquia.
Graffitis,Tags. Stencils,em vez
de sujar património público e
aquilo que é dos outros.Façam
essas pseudas-pituras nas vossas
Casas.
Vou lhes deixar aqui uma dica.
Comecem; quando forem´`as vossas casas de banho.Não levem papel
utilizem os dedos a fazer de pincel.
O PORTO É GRANDE VIVA O PORTO.
Tem toda razão meu caro Vila Pouca, mas que quer, isto é um país de "brandos costumes"... É por estas e por outras que estamos onde estamos.
ResponderEliminarUm abraço