A última página do JN de hoje decidiu, num rasgo de insólito vanguardismo, dedicar uma crónica a um futebolista da divisão distrital de Setúbal que, a par do pontapé na bola, enveredou pelo mundo da pornografia.
Não tenho nada com o que cada um faz da sua vida, nem gosto de puritanismos hipócritas. O que queria ficar a saber, de uma vez por todas, é se a pornografia, apesar de já ser uma "indústria", é ou não é uma actividade respeitável, como qualquer outra. É que, tenho constatado que a "arte" da pornografia está a "normalizar-se" a ponto de constituir tema de grande interesse para a comunicação social. Até por cá já se fazem feiras de sexo [nestas coisas, é que não gostamos de ficar para trás], e convidam-se estrelas porno para programas de TV, como se fossem as pessoas mais importantes do Mundo.
Eu só queria era que me explicassem muito bem, qual é a diferença entre a pornografia e a prostituição porque apesar de já ter ouvido alguns psicólogos e sexólogos dizer que não é a mesma coisa, ainda não consegui descobrir porquê.
Não me interpretem mal, porque o que eu quero mesmo é saber preto no branco, se a pornografia é uma profissão digna, porque se há coisa da qual tenho tentado livrar-me o mais que posso é dos muitos preconceitos que os nossos antepassados nos deixaram, mas antes, quero deixar esta questão no ar:
será que os senhores sexólogos muito prá frentex estarão mesmo preparados para ajudar os seus filhos [e sobretudo filhas] a seguir a carreira de actores de cinema pornográfico, caso o desejem? Consta que o negócio é rentável, não será portanto por aí que estas mentes avançadas terão motivos para inibições, mas o que gostaria de os ouvir dizer publicamente e na frente dos próprios filhos, é se gostavam de ver os descendentes a viver de bacanais.
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