Coerente com o que tenho escrito em apoio às causas do Norte, comprei hoje o semanário Grande Porto. Continuo a pensar que este jornal não está devidamente publicitado pelos proprietários nem adequadamente exibido nas bancas dos jornais. Há, pois, que procurar sensibilizar os comerciantes destes estabelecimentos no sentido de lhe darem mais visibilidade, isto se é que estão mesmo interessados em vendê-lo...
Na página destinada a um painel de personalidades seleccionadas para responder a um determinado tema, a pergunta desta semana era esta: «É viável um boicote aos produtos dos patrocinadores da Red Bull Air Race se essas empresas ajudarem a que a prova se dispute em Lisboa?». No SIM, votaram entre outras pessoas menos conhecidas, o jornalista Jorge Fiel, o Manuel Serrão, e no NÃO, Rui Moreira, Carlos Abreu Amorim, Pedro Baptista, Pedro Abrunhosa e o Professor Universitário, Mário Melo Rocha.
Não quero aqui discutir se é, ou não, viável o boicote, a única coisa que pretendo dizer sobre isto é que, talvez não perdêssemos nada em retirarmos as dúvidas fazendo a experiência. É em situações extremas como esta suscitada pela cobiça do evento da Red Bull pela capital, que muitos deviam ousar pôr à prova o tal optimismo que noutras ocasiões reclamam dos outros. Meter o rabo entre as pernas, dando à partida como derrotada uma iniciativa que podia realmente abanar com a estrutura despótica centralista, parece-me de fraca ambição para quem pretende defender os interesses regionais.
Do grupo de pessoas que disseram NÃO ao boicote a declaração que mais me espantou pela negativa [ou se calhar, nem por isso...], foram as do Prof. Mário Melo Rocha: «Inconsequente e quixotesco. Os portuenses vão boicotar a TMN ou a PT? Se, como já veio noticiado, o Red Bull Air Race for para Espanha, é o Porto que vai levar com as culpas.» Mais adiante, acrescentou, referindo-se aos defensores do boicote: «Eles não vêem um palmo à frente do nariz. Eles não vêem mais do que a sua sombra imediata, não percebem que Lisboa, e o resto do país, vai apontar o dedo ao Porto e, aí sim, considerar o Porto provinciano».
Douto senhor Rocha: pela parte que me toca devo dizer-lhe, se porventura passar por aqui e tiver o azar de me ler, que me estou perfeitamente nas tintas com o que Lisboa e o resto do país pensa de mim, porque prefiro que me achem provinciano, ou até bairrista, do que chulo. Porque, aos chulos, eu não costumo passar cartão. São parasitas, escória social, como em escória nacional se transformou Lisboa com a política de eucalipto que exerce ao tal resto do país. Se V. Exa. gosta de lamber os pés a quem o mal trata é lá consigo, eu corro-os a pontapé se preciso for. É com hipócritas do seu tipo que uns vão enriquecendo e a maioria penando. Como eu o compreendo... A radiografia está tirada e detectou uma doença grave muito em voga: você tem um problema e não sabe, tem um cancro no carácter!
Ah, e não se esqueça que me dá mesmo gozo que Lisboa pense mal de mim. Nem imagina quanto!
PS-Para memória futura coloquei o rosto de um regionalista de trazer por casa. De seu nome: Mário Melo Rocha
Mas existe maior provinciano do que aquele que, quando desagradado, remata logo a apelidar os que não lhe lambem as botas de provincianos? Existe: aquele que moore de pânico que o apelidem como provinciano.
ResponderEliminar. Como se chega a professor? Mais rapidamente é ser "anti-provinciano"...
ResponderEliminarPor metro quadrado, Lisboa deve ser o local onde há o pior provincianismo: o dos desenraizados.
ResponderEliminarDepois há o dos lambe-botas do Porto, prováveis portadores de rabos de palha, sempre prontos a defender os amiguinhos das EP´s,EDP's,dos BPP´etc., etc.
O homem parece saído de um daqueles filmes hilariantes do Leitão de Barros, está com cara de gozo.
ResponderEliminarHélder,
ResponderEliminaro homem não está com cara de gozo, tem cara é de parvo, igualzinha à dos lambe-botas.