12 dezembro, 2020

Ana Gomes, a única candidata com perfil para Presidente da República

 

                                                  Ana Gomes


É espantoso como os portugueses que mais interesse deviam ter na escolha dos melhores candidatos a cargos políticos ainda se deixem iludir com a opinião vinda da boca de outros políticos, quase sempre
negativa. A palavra chave mais usada é: populismo. 

Acontece, que se existem populistas na acepção do termo, são os próprios políticos, isto é, pessoas que se dizem amigos do povo, mas que na realidade não o são. 

Sucede, que sempre que aparece no palco eleitoral alguém que enfrenta sem papas na língua a realidade
da vida política nacional, e os seus mais graves casos, como a corrupção e as asneiras dos próprios governantes, logo se apresenta um adversário político a qualificar o candidato como populista. 

Sem darem por isso, são esses os que caluniam os opositores honestos, corajosos e frontais com o carimbo
velho e gasto chamado populismo.

Ora, se há candidata à presidência da República que nos merece toda credibilidade, é Ana Gomes. Mais nenhuma. O que está agora no poder, não merece o mínimo de credibilidade. É um artista, como os que abundam no país, que mais não é que um videirinho.


19 outubro, 2020

Que Máfia paira no sistema judicial! Que vergonha para os portugueses honrados!

Ordem do Ministério Público para ficheiros do hacker é relativa a cinco processos já suspensos

O juiz Carlos Alexandre autorizou o pedido do procurador Carlos Casimiro para destruir os ficheiros de Rui Pinto apreendidos na Hungria relativos a cinco processos já suspensos nos quais o hacker é investigado, uma vez que estas provas são consideradas ilegais.

Entre os dados que serão destruídos, segundo adiantou no domingo "Correio da Manhã, estão parte dos emails do Benfica enviados para Francisco J. Marques, diretor de comunicação do FC Porto, mas também do processo no qual o clube da Luz é alvo de investigação por parte do Ministério Público.

Apesar da eliminação dos ficheiros, cenário que o Benfica prefere não comentar, as águias continuam na mira da Polícia Judiciária (PJ), que procura outros elementos, nomeadamente com a ajuda de Rui Pinto, agora informador, que possa utilizar.

"Autoriza-se desde já à PJ a imediata destruição de todas as cópias efetuadas e analisadas no âmbito dos presentes autos (...). Em virtude de terem sido obtidos de forma ilegal, não só constituem prova ilegal como afetam um conjunto indeterminado de sujeitos que importa proteger (...)", pode ler-se no requerimento do Ministério Público, o qual sem a oposição de Carlos Alexandre, terá sido efetivado de imediato - situação possível também porque o Benfica não se constituiu como assistente nos processos.

12 outubro, 2020

Marcelo e as piores intenções

 O regime, ou melhor, a sua oligarquia usa uma "táctica" corriqueira para enterrar o que quer que o mace. Num dia aparece um problema qualquer. Aí, o regime hesita entre não falar dele, dizer que não o conhece ou afirmar que não há questão alguma. Simultaneamente cria-se uma manobra de diversão. Donald Trump e a pandemia têm servido como luvas. Vejamos um exemplo. O presidente da República apareceu com um arzinho de santinha da Ladeira, nas televisões, a jurar que apenas sabia da remoção telefónica do presidente do Tribunal de Contas pelos jornais. Na noite a seguir surgiu Costa, depois de um concerto, a constatar que não se passava nada de especial. Ele e o presidente tinham o mesmo "entendimento" sobre certos mandatos de nomeação política. A saber, ele e Marcelo entendiam - não era plural majestático - que nomeadamente os cargos de procurador-geral da República e de presidente do Tribunal de Contas só se exercem por um mandato não renovável. Não acrescentou, porque não podia, que nenhum deles explicitara isso aquando das respectivas eleições a que concorreram. Marcelo não o desmentiu nem o secundou. Limitou-se, no dia seguinte, pela calada da noite, a fazer saber que ia nomear novo presidente do Tribunal de Contas. Depois, na posse, proferiu uma alocução surrealista em que repetiu vezes sem conta que a nova escolha era "intencional", dele, embrulhando o pseudolíder da Oposição, o pobre do Rio, na escolha. Este, escreveram os mentideiros, até preferia a continuidade do anterior, mas não quis estragar o arranjo. Marcelo praticamente "culpou-o" pelo acto, "desculpando" Costa com a sua própria pessoa. Ou seja, tudo e o seu contrário em dias. Pior ainda. O chefe de Estado invocou a Constituição, sabendo perfeitamente que não está lá disposição alguma que determine ou deixe de determinar mandatos únicos nos dois casos que indiquei. Marcelo teve medo de usar a expressão adequada que traduzo para português: "É uma decisão política e não jurídica, muito menos constitucional, que eu assumo". E a vida pública retomou imediatamente a sua normalidade com Trump, a pandemia, os lugares-comuns, a propaganda e as selfies mascaradas. Sem o menor vestígio de sentido institucional ou de Estado. Só e apenas de estados de alma dissimulados dos venerandos titulares circunstanciais do poder político e partidário, rebocados pelo primeiro-ministro. Como programa de recandidatura presidencial é curto. A sorte é que o "povo" contenta-se com poucochinho.

João Gonçalves (JN)


Nota de RoP:

Marcelo, é o presidente ideal para Costa. Não importa se são de partidos diferentes, o que importa é que os interesses pessoais de cada um coincidam com a batota de ambos.

E no jeito de representar...

15 setembro, 2020

Em Portugal, a falta de carácter não tem limites

 A minha opinião sobre o poder político em Portugal, do seu 1º.Ministro (e outros) não é a melhor, como é patente nos artigos que aqui venho escrevendo.

Mas, ver um 1º. Ministro bater tão no fundo, nunca vi (talvez o Sócrates, não sei). É preciso não ter ponta de carácter. Falar em Comissão de Honra para a prestar publicamente a um dos homens mais ordinários, desonestos e corruptos do país, é prestar um atestado pessoal de falta de educação e de dignidade.

Pela parte que me toca (modéstia à parte), acho ter uma capacidade de observação suficientemente atenta para não me deixar engodar por qualquer Xico Esperto do mundo da política. Não voto há muitos anos em nenhum partido e até hoje, infelizmente, ainda não me arrependi por isso...

Talvez, repito, talvez, mude de opção se a candidata à Presidência da República não virar a agulha da sua coerente conduta ainda antes de se  candidatar, e se tonificar a intenção de combater a nojenta corrupção que outros, antes dela, permitiram crescer. Espero que aqueles socialistas que a consideravam "excessiva"(isto para não dizer outra coisa), reflictam melhor antes de retirarem conclusões precipitadas, tanto a seu respeito, como a respeito daqueles por quem optaram para certos cargos, onde a honra, o carácter e a competência devem ser a prioridade das opções.            

03 setembro, 2020

Rui Pinto, o fantasma dos corruptos e arrogantes. Estou contigo, pá!

Rui Pinto, criador da plataforma eletrónica Football Leaks, que começa a ser julgado na sexta-feira, classificou hoje o Benfica como "um polvo de influência" e afirmou que os responsáveis do clube "pensam que dominam o país".
"Este clube é como um polvo de influência. Há um pormenor muito importante sobre o qual quero que o público pense. Ao mesmo tempo que as autoridades portuguesas enviavam um pedido às autoridades húngaras para alargar o meu mandado de detenção europeu, o ministro dos Negócios Estrangeiros da Hungria recebeu dois bilhetes VIP para jogos do Benfica e teve encontros no estádio do Benfica. Isto é o Benfica", disse Rui Pinto, em entrevista à revista alemã Der Spiegel, publicada esta quarta-feira pelo Expresso.
Rui Pinto afirma que "depois da publicação de e-mails do Benfica, todos começaram a perceber que o modus operandi dos seus dirigentes era alargar a influência, muitas vezes por cortesia, para alcançar os seus objetivos" e entende que o clube "foi uma das partes mais interessadas no alargamento do mandado de detenção europeu".
O criador do Football Leaks, plataforma através da qual divulgou milhares de documentos confidenciais do mundo do futebol e alegados esquemas de evasão fiscal cometidos em diversos países, garante que não se considera um "hacker" e defende o papel do "whistleblower" (denunciante)
"Alguém que procura, recebe e analisa informação relativa a crimes relevantes como corrupção e fraude fiscal e decide partilhá-la com media internacionais ou diretamente com as autoridades deve ser considerado um whistleblower. Tomemos os Panama Papers como exemplo. Hoje, a maior parte das pessoas já se esqueceu de que foi um ato de 'hacking' (pirataria informática)", afirma.
Rui Pinto, que está em liberdade e, por questões de segurança, inserido no programa de proteção de testemunhas em local não revelado e sob proteção policial, admite sentir-se "um pouco triste porque o Football Leaks não atingiu tudo o que esperava no início".
"Para os denunciantes, o mundo do futebol não é o sítio mais fácil para entrar. Creio que o Football Leaks foi uma das mais perigosas fugas de informação. Os denunciantes do futebol correm muito mais perigo do que os de outros negócios, como os dos Panama Papers ou dos LuxLeaks", disse.
Também responsável pelo processo Luanda Leaks, Rui Pinto considera que as denúncias que envolvem Isabel dos Santos mudaram a sua imagem perante a opinião pública.
"Houve uma mudança na imprensa relativamente a mim: alguns jornalistas que me chamavam sempre pirata ou hacker ou espião informático agora chamam-me whistleblower. Antes, todos tratavam o Football Leaks como uma guerra tonta entre clubes de futebol. Mas, quando apareceu o Luanda Leaks, todos perceberam que havia muito mais que isso. Até os procuradores acabaram por perceber que isto era maior do que o que esperavam. Este projeto acabou por me ajudar a finalmente sair da prisão", refere.
Rui Pinto, um autodidata ao nível dos conhecimentos de informática, começa a ser julgado na sexta-feira por 90 crimes: 68 de acesso indevido, 14 crimes de violação de correspondência, seis crimes de acesso ilegítimo, sabotagem informática à SAD do Sporting e extorsão.

01 setembro, 2020

Divisão de Tachos

Uma fórmula eleitoral excêntrica e medrosa. Assim se classificou, nesta mesma coluna, mas em 2017, a proposta do Governo de transformar as comissões de coordenação e desenvolvimento regional (CCDR) numa espécie de proto-regiões.
Já então se percebia que um colégio eleitoral de autarcas (presidentes e vereadores, deputados municipais e líderes das juntas) não era o melhor exemplo de democracia.
Ainda assim, podia ser visto como um mal menor. Mesmo com o pecado original, talvez a intenção fosse boa: caminhar no sentido da regionalização, atribuindo às CCDR, logo numa primeira fase, a gestão de todos os fundos europeus destinados às regiões, e não apenas as "migalhas" dos programas operacionais regionais.
Durou pouco. Uns dias depois, o ministro Eduardo Cabrita lá veio esclarecer que afinal as CCDR ficariam com o que já tinham e nada mais. Começava a ser mais difícil encontrar utilidade nesta reforma administrativa, mas talvez ainda se pudesse dizer que caminhava na direção correta: um pequeno passo é melhor do que passo nenhum.
Mas isso foi só até ser conhecido, este verão, o articulado completo. O colégio eleitoral mantém-se, mas o Terreiro do Paço dá com uma mão, para tirar com a outra: escolhe um dos vice-presidentes (pelos vistos, para garantir a paridade de género) e pode demitir o presidente. Ou seja, os futuros líderes regionais são eleitos por uma assembleia de autarcas, mas na verdade, não é perante o seu eleitorado que terão de responder, antes perante o fiscal instalado no trono imperial.
Como estamos em Portugal, as coisas podem sempre piorar. Para acabar de vez com qualquer pretensão democrática, PS e PSD negociaram nos bastidores e decidiram distribuir as presidências: esta para mim, aquela para ti. Ou seja, este tacho para mim, aquele para ti. Se alguém acha que algum dia PS e PSD avançarão com a regionalização do país, talvez seja melhor esperar sentado. Na hora da verdade, fala sempre mais alto a manutenção do poder a partir do centro. Nem que seja só para ficar com umas migalhas.
Rafael Barbosa
Chefe de Redação (JN)

21 agosto, 2020

O Covid-19 é menos ameaçador que o regime.


Eu bem me esforço por transmitir aos meus leitores a situação dramática a que chegou este simulacro de país chamado Portugal, mas às vezes acho que não consigo. E não percebo por quê, dada a evidência claríssima como isso se constata, e comprova. Os nossos políticos são demasiado básicos e desmazelados para serem grandes líderes. Mentem vezes de mais à população, e brincam com a justiça séria. Para eles, governar é controlar a própria justiça e quem a devia representar com pundonor e orgulho.   O governo dá-se ao desplante de nomear juízes como secretários de estado, coisa que compromissos éticos não aconselha, onde se afirma que um juiz deve opor-se a qualquer tentação de politizar as suas funções. Mais. Devem abster-se de participar em actividades que impliquem subordinação a outros órgãos de soberania. Ora, isso não está a ser totalmente respeitado. Como compreender uma conduta desta natureza? Como aceitá-la? Mesmo com carácter provisório? É vergonhoso!

Na política e no próprio Ministério Público, há imensas declarações, decisões, afirmações e revelações que explicam claramente a falta de rigor deste país. Esta é mais uma grande prova de que a história do Portugal foi muito adulterada, e não é tão nobre como nos fizeram crer. Os actuais governantes (e outros mais antigos) são um testemunho gritante de que não somos tão bons como Rebêlo de Sousa anda a apregoar nas suas declarações aos media.

Portanto, acho que já chegou o tempo de sermos mais contundentes com o que se está passar. Temos de dizer basta! Exigimos respeito, se quiserem continuar a ser respeitados. E respeito é acabarem de vez com a comunicação social sectária instalada em Lisboa, reformarem os serviços policiais, os tribunais e o próprio ministério público, caso contrário tudo se pode agravar.

Já aconteceram revoluções por muito menos. Diria mesmo que sendo anti-Salazarista, o regime da actualidade em Portugal é mais despudorado e abusador que no tempo do ditador. Ainda não montaram uma polícia política porque dá muito nas vistas, mas andam muito próximo disso. Eu não confio nada, mesmo nada, nestes políticos, Só quando forem substituídos por outra gente que não desta fraca envergadura. Precisamos de um país renovado, e não só o Porto como dita o nome deste Blogue.

19 agosto, 2020

Rui Moreira critica a TAP por não ter uma estratégia para o Aeroporto do Porto


Rui Moreira - Home | Facebook
RUI MOREIRA
Independente sim, mas determinado
O presidente da Câmara do Porto, Rui Moreira, afirmou esta manhã, em declarações à TSF, que fica surpreendido por a TAP continuar a voar muito pouco para o Aeroporto Francisco Sá Carneiro, acusando a operadora nacional de não ter uma estratégia a Norte, apesar de outras companhias de bandeira internacionais reconhecerem no hub do Porto um ativo estratégico. Segundo os dados mais recentes do Boletim Estatístico Trimestral da Autoridade Nacional da Aviação Civil (ANAC), apenas um em cada 20 passageiros no Aeroporto do Porto viaja pela TAP.

Esta é a parte surpreendente do relatório da ANAC, reportado aos meses de abril a junho. Se Rui Moreira refere não ter ficado admirado com o facto de o documento vir confirmar a perda generalizada de mercado por parte da TAP desde a retoma das operações aéreas de passageiros, considerando a crise que toda a aviação comercial atravessa, a mesma bonomia não concede à estratégia - ou melhor dizendo, à falta dela - que a companhia de bandeira nacional tem adotado para o Aeroporto do Porto, desde que se tornou maioritariamente pública.

"A partir do momento em que passa a ser uma empresa subsidiada por todos nós, é necessário e é fundamental que o novo Conselho de Administração olhe para a TAP já como uma empresa estratégica, como é por exemplo a CP", assinalou esta manhã o autarca à jornalista da TSF Maria Augusta Casaca (pode ouvir AQUI as declarações na íntegra).

Caso a TAP continuasse a ser uma empresa detida maioritariamente por privados, "em que apesar de tudo o Estado Português tinha uma posição", o presidente da Câmara do Porto diz até aceitar que, nesse cenário, "era natural que a sua gestão se adequasse àquilo que são os parâmetros que [a companhia] entende ser um bom ou mau negócio".

No entanto, sendo agora o Estado acionista maioritário da companhia aérea, o caso muda de figura. "Ninguém aceitaria que a CP, durante os meses da pandemia, não tivesse oferecido serviços ao Porto. Portanto, se a TAP passa a ser uma empresa pública passa a ter essas obrigações, ou então mais vale ser uma empresa privada, e aí naturalmente os seus acionistas e os seus gestores devem fazer as escolhas que quiserem", diz Rui Moreira.

Operação no Aeroporto do Porto francamente superior à do Aeroporto de Lisboa

De acordo com o presidente da Câmara do Porto, o "mais preocupante" é verificar que, neste momento, há uma discrepância significativa na capacidade de operação dos aeroportos do Porto e Lisboa.

"O load factor dos aviões, ou seja, a capacidade dos aviões que saem e chegam ao Aeroporto Francisco Sá Carneiro anda próximo dos 70%". No entanto, os dados que chegam do Aeroporto da Portela, são menos expressivos. "Em Lisboa está ainda bastante abaixo, está em cerca de 45% ou 46%, e a verdade é que nós não vemos aumento de frequência dos voos da TAP", confronta.

"Não nos causa grande perturbação, na medida em que outras companhias aéreas têm ocupado esse espaço, nomeadamente a KLM e a Lufthansa, como outras empresas de bandeira, ou a Transavia. Portanto, nós temos conseguido, apesar de tudo, manter as ligações aéreas ao Aeroporto Francisco Sá Carneiro", continua.

Surpreendente, sim, é o desinvestimento no Aeroporto do Porto vir de "uma companhia que está neste momento num processo de nacionalização e em que o Estado está a envolver milhões de euros do erário público", remata Rui Moreira.

Conclusões do último relatório trimestral

A quota de mercado da transportadora portuguesa no Aeroporto Francisco Sá Carneiro, no que diz respeito a passageiros movimentados a partir da Invicta, caiu para 5%, o que a coloca no oitavo lugar entre as companhias aéreas. Entre abril e junho, a TAP foi superada por sete companhias: Swiss Air (22% de quota de mercado), Ryanair (19%), Lufthansa (12%), Luxair (10%), Air France (9%), Transavia (8%) e Easyjet (6%).

É uma queda abrupta relativamente ao primeiro trimestre de 2020, quando a TAP era a segunda companhia com maior quota de mercado no Aeroporto do Porto, responsável por 19% dos passageiros.

A diferença é ainda maior se analisado o número de movimentos. Entre abril e junho a TAP foi a oitava companhia segundo esse critério, com uma quota de mercado de 3%. No primeiro trimestre era a segunda, responsável por 27% dos movimentos no Aeroporto Francisco Sá Carneiro.

A comparação com o período homólogo em 2019 também deixa à vista o desinvestimento da TAP no Aeroporto do Porto. A transportadora portuguesa era a segunda companhia tanto em número de movimentos como em número de passageiros no segundo trimestre do ano transato.

A ANAC destaca ainda que o segundo trimestre de 2020 foi marcado pelos efeitos da pandemia, que provocou uma redução acentuada das ligações aéreas: "No período em análise, em Portugal, registaram-se quebra de tráfego na ordem dos 91% em número de movimentos e de 97,5% em número de passageiros transportados", pode ler-se no Boletim Estatístico Trimestral.

Porto.

Nota de RoP:

Se dúvidas houvessem, ficam arredadas. Rui Moreira, tem feito tudo para convencer o  Estado que o comportamento arbitrário da TAP se repete. Ou seja, a TAP insiste em ir pelo mesmo caminho que a levou à falência, com prejuízo para todos nós, que em nada contribuímos para que tal acontecesse. 

O Governo devia envergonhar-se se continuar a dar cobertura pecuniária  aos privados, sem que antes apresentem garantias de corrigir a estratégia que levou a TAP ao fundo. É uma completa e repetida irresponsabilidade. Rui Moreira tinha toda a razão no que escreveu no seu livro (cuja leitura recomendo) quando o Presidente ainda era o brasileiro Fernando Pinto.

Não sei porquê, mas o silêncio que alguns portuenses mantêm sobre este, e outros assuntos relacionados com o trabalho de Rui Moreira à frente da Câmara deixa-me algo perplexo. Pois quero tranquilizá-los: para mim, e tendo em consideração o momento grave que atravessamos (aqui, e no mundo inteiro), e os entraves que o regime tem colocado ao Norte e ao Porto em particular, tenho já Rui Moreira como o Presidente da Câmara mais produtivo e combativo que o Porto teve até hoje. Não tenho nada contra a TAP, pelo contrário. Tenho um cunhado, e sobrinho (pai e filho) que são Comandantes Pilôtos da TAP (o pai, já faleceu). Portanto, quem tem algo contra o Norte e o Porto é quem manda na TAP, que já nem sei se é o Estado ou os privados que por este foram financiados... Original, não?

17 agosto, 2020

Assim, é impossível gostar de Portugal


Deixemos-nos de tangas e hipocrisias, ao fim de 46 anos, a democracia conquistada sumiu-se com a mesma insolência com que os ditadores de então se tornaram "democratas". E o que é grave, é que muitos deles ainda estão vivos, estão no poder, e sei quem são.

Pouco me importa que gostem, ou não gostem do que penso, na minha liberdade ninguém toca. Ninguém! Como é possível que haja em Portugal alguém que ainda acredite viver numa democracia sem lei? Que barafunda paira nos nossos tribunais e na procuradoria geral da república! 

Como é possível numa democracia de verdade haver um 1º ministro que em plena Assembleia da República bajula um adversário da oposição com alegações mimosas a um clube de futebol de que ambos são adeptos, sem que um único deputado da oposição o tenha contestado? E como é ainda possível manifestar tanto "respeito e carinho" (chamou-lhe clube querido) a um clube que só ainda é suspeito de corrupção porque está a ser protegido pelo próprio regime? Mas o que é que comportamentos desta natureza podem ter de nobres para um cargo que exige tanta responsabilidade! Zero!

Como é tolerável manter no poder um secretário de Estado do Desporto que tudo tem feito para proteger esse mesmo clube, como toda a gente sabe, e que por isso já devia ter sido demitido? Como é possível ao 1º Ministro andar a enganar os portugueses com a treta da descentralização, se nem sequer tem concebido um verdadeiro plano para o implementar. Ele sabe bem que o único plano de jeito para aquilo a que chama descentralização tem um só nome: Regionalização. 

E porque é que um 1º. Ministro permite que uma simples companhia aérea (que se diz de bandeira), a quem injectou mil e muitos milhões de euros ao sector privado da mesma que persiste em cortar rotas ao Aeroporto Sá Carneiro, que tanta falta faz a todos os nortenhos (e à própria Galiza), enquanto reserva a Lisboa um número de vôos excessivamente  maior ? Não se ouviu uma única vez este homem a impor-se aos "sócios" privados para definirem um plano que fosse de encontro àquilo que ele tinha andado a apregoar? E fica tudo na mesma? Quem manda afinal? O Estado, ou os privados? Se são os privados, então por que lhes confiaram dinheiro que ainda por cima vai ser retirado da bolsa do povo? O que é isto? É governar, ou desgovernar, para não lhe chamar outra coisa?

E o senhor Presidente da República, concorda com esta palhaçada? Achará que é assim, desta forma sectária e divisionista, que se une e governa um país? Ou será por sabê-lo que também não simpatiza com a Regionalização? Então não nos venha falar de patriotismo, porque isso assim não pode existir. Patriotismo da treta já nos chega o do regime anterior. Outro desse modelo não faz falta a ninguém.

Eu detesto este país, mais agora que nunca! Sabiam? Vejo em Lisboa e em todos os centralistas atitudes que não me são nada simpáticas. Tratam-nos como  inimigos e tudo têm feito para afastar os nortenhos de gema. Mas, a estratégia está a resultar, até porque eu não tenciono pôr mais os pés na capital do egoísmo enquanto viver, e nada farei para apoiar aquela gente, seja para o que fôr. 

Se semearam o ódio, pois aqui têm o prémio. As sementes resultaram. Hipócritas!

15 agosto, 2020

Para os portuenses escreverem no JN verdades incómodas, a condição é tornar o JN um jornal lisboetizado

MAS ONDE É QUE JÁ OUVI  ISTO? ESTAS SUSPEITAS DEVEM FAZER ALGUM
SENTIDO, OU NÃO? PENSAM QUE SOMOS TODOS PARVOS, OU QUE ANDAMOS
TODOS A DORMIR? NÃO, NÃO SOMOS!

Temer a regionalização é dar corda ao centralismo, e alimentar a discriminação, e o racismo social


  • POR FAVOR, NÃO RECEIEM CONDENAR OS CENTRALISTAS,
  • ESSES, NÃO SÃO PORTUGUESES, SÃO NOVOS DITADORES,
  • SÃO TRAIDORES DE UMA DEMOCRACIA AUTÊNTICA  


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02 agosto, 2020

A polícia estará sob o controle do Benfica, também?




Então, já chegamos à polícia dos tempos da PIDE? Porque é que se acobardam com as claques criminosas E NÃO IDENTIFICADAS DO BENFICA? TAMBÉM ANDAM A RECEBER FAVORES DO ORELHAS? Olhem para esta pouca vergonha senhores magistrados e só depois ousem falar de ORDEM!

A Taça que mais alegria me deu, mesmo sem ser a mais relevante do nosso museu!

FC Porto vence Benfica na final da Taça de Portugal e conquista a ...
MERECIDÍSSIMA!

Se porventura algum magistrado, ou figura pública do género me ler, e ousar puxar dos galões para me silenciar ou intimidar pode ter a certeza que não vou alterar o que penso e escrevo sobre este país. Ficam desde já a saber que o único estatuto que me merece respeito é o da integridade intelectual e profissional, e se assim não fôr, se estes valores não existirem, se apenas se contentar com o "estatuto" do poder, então é exactamente igual ao pior dos criminosos, ou mais vulgar. E por quê? Porque cabe aos magistrados fazer cumprir a lei, dar o exemplo, em vez de silenciarem os que a violam, e com assiduidade. 

Ontem, na final da Taça de Portugal, fez-se justiça, mas não foi a justiça do árbitro, que é useiro e vezeiro em prejudicar o FCPorto, foi a justiça divina. Deus, não dormiu, fez pagar caro o descaramento dos árbitros que tudo fizeram para (como tem sido costume) oferecer a Taça ao Benfica, o clube mais corrupto do país e ironicamente o mais protegido pelo regime, que em vez de premiar o mérito e a honra, premeia a corrupção e a falsidade. 

Eu, tenho vergonha de viver num país governado por homens tão fracos, e abusadores. Como se o futebol, a política (e a Banca) não lhes chegasse, com escândalos constantes, voltaram a injectar milhões na TAP sem se esquecerem de reduzir as rotas a partir do aeroporto SÁ Carneiro. Tudo se repete. Os incêndios continuam a não ser devidamente controlados e os donos incógnitos dos terrenos severamente punidos, incluindo os terrenos do Estado... A vergonha, com tragédias à mistura, onde animais e pessoas perdem a vida sem qualquer culpa, continua. Um nojo!

Tudo isto, é repugnante, e ainda é mais quando assistimos há anos à passividade dos representantes da justiça fazendo-nos acreditar que até esta se deixou influenciar pela desordem. Fico parvo por até hoje não ler nem ouvir um único magistrado a indignar-se com o comportamento da classe face a tantos crimes isentos de julgamento. É por isto que me indigna ouvir falar de orgulho os que deviam ter mais vergonha se soubessem reconhecer o lodaçal em que "vivemos".

Viva o FCPorto e a cidade do Porto, assim como aqueles que a amam mesmo não sendo do Porto. Pouco a pouco, o resto do país começa a perceber o engodo que é a comunicação social de Lisboa. Não foi por acaso que os hipócritas da SIC e da TVI decidiram falar da toxidade dos seus próprios programas sem terem a dignidade de se assumirem como principais causadores.

Todos os canais da capital fazem o mesmo. Significativo, não?

PS-Informo o anónimo que me pediu opinião sobre a justiça da expulsão de Luiz Dias que não é pergunta que se faça. Primeiro, porque não tem moral nenhuma para merecer resposta, e segundo porque ambas as faltas foram provocadas pela manha e o teatro do jogador vermelho que a simulou. Portanto devia ter vergonha de fazer esta pergunta se soubesse como é o currículo do seu clube. Ganhar assim, e marcar golos à custa dos árbitros, é fácil, mas miserável. 

Desta vez, o crime não compensou.  E o FCPorto jogou mais de 45 minutos com menos um jogador. Ponto final. 


01 agosto, 2020

Carta pertinente do Correio do Leitor no JN

Nota de RoP: 


Agrada-me saber que no JN há cada vez mais leitores com consciência plena do ponto miserável e vergonhoso a que chegou Portugal, e os indivíduos que o têm destruído. Agora, andam todos obcecados com o dinheiro que vão receber da UE, mas não são capazes de dizer como o vão aplicar. Tal como com os incêndios que nunca mais controlam, preferem dar as condolências às famílias das vítimas. É mais prático, barato, e cai muito bem...

31 julho, 2020

Queixa do FCPorto ao Tribunal Europeu dos Direitos do Homem resultará?


Foi à cerca de dois dias que o FCPorto apresentou uma queixa ao Estado português no Tribunal Europeu dos Direitos Humanos, por ter sido multado em 15.300.00 euros pelo Supremo Tribunal Administrativo. Já em 28 de Fevereiro de 2018 foi apresentada outra queixa ao mesmo tribunal e ainda não se sabe nada sobre os resultados.

Eu acho que o FCPorto devia era colocar em causa o regime português, porque está longe de respeitar constitucionalmente a democracia. Era preciso fazer saber à União Europeia que através do futebol e do poder político, o sistema democrático está completamente distorcido e desrespeitado.

O FCPorto tem as provas, e pode apresentà-las baseado na negligência dos órgãos desportivos e apoiado pela indiferença do próprio Estado. Pode ser que me engane, mas não me parece que seja o Tribunal dos Direitos Humanos a resolver estes problemas. 

Por isso, seria aconselhável que o FCPorto nos informasse o que aconteceu na primeira participação apresentada ao TDH,  até para retirarmos alguma conclusão.     

29 julho, 2020

Dois comentários de temáticas diferentes



Grande Entrevista com Ana Rita Basto - YouTube
Ana Rita Bastos
O primeiro, é o trabalho notável de serviço público, da jornalista do Porto Canal, Ana Rita Bastos, original de Amarante. Não vejo em nenhum canal de Lisboa um trabalho tão bem elaborado, competente, e frontal, que se compare ao desta jovem no que concerne a situação global da actualidade, a pandemia do Covid 19.  

Fá-lo, com raro apresto e extrema correcção com as pessoas que entrevista de todas as áreas, que vão da saúde, à política, e sem receio de as embaraçar. A sua educação é tão cristalina que até hoje ainda não vi ninguém que não correspondesse à sua manifesta simpatia.


Há muito que tenho vindo a observar o seu trabalho. Não foge a abordar os problemas do centralismo e destacar a regionalização, que outros tanto evitam. Acho que merece ser premiada pelo trabalho que está a fazer. Deixo-lhe aqui os meus sinceros parabéns!



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APITO ABENÇOADO| Francisco J. Marques denuncia esquema de ...
Francisco J. Marques
O segundo comentário vai para os vários protagonistas do programa Universo Porto de Bancada, que embora também tenham feito um grande trabalho, censurando e denunciando os autores das vigarices do clube do regime, pecaram por censurar pouco o poder político que continua a fazer de conta que não é nada com ele. E, é! 

Quando as autoridades desportivas são cúmplices dos infractores das leis, então quem tem o dever de interferir é o Estado, e o Estado tem como máximos representantes o presidente da república e o primeiro ministro. 

Claro que competiria ao presidente do FCPorto fazer essa exposição, e sem papas na língua, porque é quem está no topo hierárquico do FCPorto, mas como não está para aí virado, arrisca-se a que esta trupe de corruptos repita para o ano as golpadas de sempre, com os árbitros a darem a ajuda do costume. Não foi por termos vencido o campeonato que os roubos não deixaram de ser concretizados. Umas vezes mais descarados e outras menos. Mas aconteceram. Até no último jogo com o Braga.