18 abril, 2008

A demissão de Luís Filipe Menezes

Logo após a eleição de LFM para lider do PSD, escrevi que ele se devia preparar porque "vem aí chumbo grosso". Previsão fácil e que cedo se materializou. Só não previ uma tão fraca resistência, se é que esta demissão não representa uma manobra estratégica. Ao ver a notícia da sua desistência, não pude deixar de pensar em Pinto da Costa, que há mais de vinte anos resiste vitoriosamente a ataques maciços e poderosos, sem um desfalecimento e com coragem exemplar. Parece que quanto mais o atacam mais ele se fortalece. Mas isso são contas de outro rosário.

Nunca acreditei que com LFM ao leme do PSD, a política deste partido mudasse no sentido de diminuirem as injustiças e os desfavores que o poder central inflige ao Norte (sobre este assunto coloquei oportunamente um post neste blogue). Era todavia uma esperança e um bom augúrio.

Como muito bem refere Rui Valente no post abaixo, é assustador ver que a grande maioria dos "barões" que se perfilam para suceder a LFM, são sulistas ( e elitistas...).

Acho que maus ventos vão soprar sobre nós, receio mesmo que o processo da regionalização possa sofrer mais um revés. Estamos em tempo de wait and see.


p.s. Para mim, o lado bom da desistência de LFM seria que ele se candidatasse a presidente da CMP nas próximas autárquicas!

2 comentários:

  1. Caro Rui Farinas,

    Tenho simpatia por LFM e apesar da obra feita em Gaia, sempre pensei que não tinha estaleca para enfrentar "os barões de Lisboa". Começou c/ paninhos quentes e quando assim é o desfecho só podia ser este.

    Meu caro não é líder quem quer. Mas também nenhum destes cavalheiros que agora põem a cabeça de fora é melhor do que ele. Muito pelo contrário.

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  2. Nunca lhe perdoaram os "sulistas e elitistas".
    Para a câmara do Porto?! Porque não?
    Abraços

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