Enquanto lia este artigo no JN e observava a foto do Director da Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra, apercebi-me que aquela figura não me era estranha. Uns minutos mais tarde, descontados os cabêlos que o tempo leva mais as implacáveis alterações fisionómicas, descobri que estava a olhar para um amigo e vizinho de infância. O Zé Francisco. Era por este nome que eu tratava este (agora) ilustre professor catedrático cujo irmão partilhou comigo a mesma escola e a mesma turma .
Como acontece amiúde nas nossas vidas com antigos companheiros de infância, perdi-lhe o rasto (está há muitos anos a viver em Coimbra), mas dele ficaram estas duas particularidades: era um rapaz com uma maturidade invulgar para a sua idade e de uma grande inteligência. É extremamente discreto e detesta holofotes.
A última vez que tive sinais dele foi aqui há uns anos (não me recordo exactamente quantos) quando foi convidado por um qualquer Governo, se não me engano para Procurador Geral, convite esse que ele agradeceu, mas rejeitou. Até nessa opção soube ser inteligente. Estes governantes não o merecem.
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