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Bem estariam os cidadãos se pudessem confiar nos neo-profissionais da política, mesmo quando, por circunstancial casualidade, concordam com eles. O problema é que, o facto de concordarmos com o que pensam num determinado momento os políticos, não significa que eles estejam a concordar connosco ou com aquilo que realmente nos interessa. Eles estão noutra galáxia, eles não falam para os cidadãos mesmo quando parecem falar, falam para outras "estrelas", para o partido ou contra a oposição em busca de protagonismo e poder. O único período da vida em que se aproximam fisicamente do povo, é durante as campanhas eleitorais. Aí sim, é vê-los com a «lata» que Deus lhes deu, sorridentes e beijoqueiros em tudo quanto é feira e mercado. É aí que a sua crónica hipocrisia atinge o ponto mais alto, o climax!
Exemplificando. Estaríamos todos de acordo com as críticas que Pacheco Pereira fez à RTP e à cumplicidade propagandista que esta mantém com Sócrates no folclore do computador Magalhães oferecido aos meninos das escolas, se não fosse ele o mensageiro. Assim, só podemos concordar com o conteúdo, mas nem tanto com idoneidade do transmissor da mensagem. E passo a explicar porquê.
É que, aquilo que agora Pacheco Pereira considera escandaloso em sede de informação e o respectivo tratamento indecoroso dado por parte da RTP ao Governo, é bem menos que o sectarismo «informativo» centralista que tem sido impingido aos portuenses em todos os canais, incluindo no canal da "sua" amadrinhada SIC durante dezenas de anos! Destes escândalos, não se lembra de falar Pacheco Pereira! Alguma vez, o viram ou ouviram inquietar-se com o tratamento abaixo de cão que todos os governos têm dado ao Porto, à «sua» cidade? Alguma vez este «intelectual» pedante e político improdutivo, falou como só sabe falar, quem sente e vive o Porto? Zero!
Causa-me calafrios quando (eles) dizem que os políticos são cidadãos como os demais, com todo o direito de emitirem as suas opiniões. Não só discordo, como repudio tal ideia. Em primeiro lugar, porque os políticos (PqT) dispõem quotidianamente de um argumento que o comum cidadão não tem, que se chama Poder. E em segundo lugar porque, exactamente por beneficiarem do Poder são também quem mais meios e oportunidades têm para opinar em tudo quanto é espaço mediático. E até são pagos para isso! Há ainda uma terceira razão, que a força dos maus hábitos faz esquecer (mas que convém lembrar) e que devia ser naturalmente a primeira: é que os políticos, em democracia, são os representantes do povo apenas para desenvolverem políticas que visem melhorar o seu bem estar social e económico, não para serem remunerados em debates e conferências. Ponto.
Como cidadão, a único discurso político que me interessa ouvir é a consequência directa que ele poderá ter (ou não) na vida das pessoas.
Pacheco Pereira?!...Bahhhhh, que nojo!
ResponderEliminarUm abraço