Quem ler os posts que sobre este tema tenho escrito, sabe que não partilho daquela ideia, um tanto preconceituosa e até fundamentalista, que defende que os adeptos da "bola" são todos uns alienados, que não se interessam por mais nada a não ser pelo futebol. Contudo, o facto de os portuenses/portistas verem, desde há muito, o Futebol Clube do Porto praticamente como o único grande símbolo de afirmação e resistência local, pode tê-los levado a uma apatia inconsciente, a criar do clube e do seu Presidente, uma ideia de força e de poder hiper-valorizada e surrealista, que tudo resolve e tudo vence. Nem a caça ao homem que lhe está a ser movida (há muitos anos, mais acirradamente, há dois ou três), parece suficiente para indiciar aos portistas a brutal exposição física e psicológica a que Pinto da Costa tem sido submetido, e que é muito difícil resistir sózinho a tantos ataques. A correlação de forças é descomunal.
Por mais justiça que um dia lhe venha a ser feita, já nada nem ninguém pode livrá-lo dos estigmas e dos efeitos colaterais de uma perseguição tão feroz quanto desleal. Resulta desta análise muito pessoal e discutível, que nem o FCPorto nem Pinto da Costa bastam para enfrentar um "inimigo" que é muito mais pernicioso do que o Benfica e o Sporting juntos, e se chama Centralismo! Porque é bom lembrar que há centralistas que são portistas, e a maior parte deles sabem onde estão? Nos partidos e no Govêrno!
É neste ponto objectivo que eu gostava que todos os portistas, independentemente das suas opiniões político-partidárias, se fixassem. É preciso fazer coincidir mais ainda o nosso amor ao clube com o nosso amor ao Porto, porque é fora do futebol que a cidade está mais debilitada, que mais precisa de nós. Já lhes ocorreu que esta fase menos brilhante do clube possa já ser um refllexo da insidiosa condenação ao silêncio a que PdC foi "submetido"? Já lhes ocorreu que este "castigo" não foi mais do que uma estratégia centralista para fragilizar o clube? Então, pergunto: acham que é «apenas» no campo de futebol que este problema tem de ser resolvido? Estou convicto que não. Se o país deixar de ser governado a partir de Lisboa e só para Lisboa, se o equilíbrio e a justiça forem reabilitados o nosso clube poderá ficar ainda mais forte, mais fácil de gerir e a própria cidade poderá recuperar o protagonismo social e económico que merece. E o nosso clube também.
É neste ponto objectivo que eu gostava que todos os portistas, independentemente das suas opiniões político-partidárias, se fixassem. É preciso fazer coincidir mais ainda o nosso amor ao clube com o nosso amor ao Porto, porque é fora do futebol que a cidade está mais debilitada, que mais precisa de nós. Já lhes ocorreu que esta fase menos brilhante do clube possa já ser um refllexo da insidiosa condenação ao silêncio a que PdC foi "submetido"? Já lhes ocorreu que este "castigo" não foi mais do que uma estratégia centralista para fragilizar o clube? Então, pergunto: acham que é «apenas» no campo de futebol que este problema tem de ser resolvido? Estou convicto que não. Se o país deixar de ser governado a partir de Lisboa e só para Lisboa, se o equilíbrio e a justiça forem reabilitados o nosso clube poderá ficar ainda mais forte, mais fácil de gerir e a própria cidade poderá recuperar o protagonismo social e económico que merece. E o nosso clube também.
Esta exposição, vale o que vale, mas é a que me ocorre para explicar em parte o súbito pânico dos portistas em relação ao clube e a questão do "ocaso" aqui colocada pelo Rui Farinas. Já disse, em post anterior o que pensava sobre Jesualdo Ferreira. Ele é parte do problema, não o todo. Concordo com o Vila Pouca quanto à crónica impaciência de alguns adeptos para dar tempo ao clube para adaptar e transformar novos jogadores em grandes jogadores. Mas também não deixo de concordar um pouco com o Rui Farinas quanto ao distanciamento da SAD em relação aos sócios e simpatizantes. A comunicação praticamente não existe e isso não é bom.
De resto, há que aguardar pelas "cenas dos próximos capítulos" que para a SAD e para Jesualdo Ferreira, vão constituir uma derradeira prova de fogo deste FCPorto da época 2008/2009. Desculpar-me-ão, mas não me atrevo a meter Pinto da Costa no mesmo saco dos responsáveis porque, apesar de ser ele o El Comandante do Clube, soma, durante a sua já longa administração, muitos mais sucessos que fracassos, e quando assim é, criticar transforma-se num exercício de oportunismo e ingratidão que não me agrada praticar. E ele, já tem gente demais a criticá-lo. Não por ser mau para nós, portistas, mas para quem nós bem sabemos, benfiquistas, sportinguistas e centralistas. Lembrem-se disso.
Nem mais.
ResponderEliminarMeu Caro Rui Valente,
ResponderEliminarNão pode desvalorizar, e sei que é Homem para não fazer, "o facto de os portuenses/portistas verem, desde há muitos anos, o FCPorto praticamente como o único símbolo de afirmação e resistência local"!
Até porque, consciente ou inconscientemente, as pessoas refugiam-se naquilo de que melhor a cidade tem! Os portuenses não têm mais NADA!
Obviamente que não é só no campo futebolistico que os problemas centralistas se resolvem. Longe disso! Mas como bem disse Rui, o actual treinador Jesualdo Ferreira é parte do problema.
E como também sabe, nem todos, infelizmente, sabem ou podem discernir esta questão e separar o trigo do jóio!
Abraço,
Renato
Caro Renato,
ResponderEliminarLeu bem o que escrevi? Eu não desvalorizei, antes destaquei o facto de alguns portistas estarem habituados a ver no clube e no Presidente o único motivo de alegria para a cidade, para as suas vidas, quase a sua única razão de viver e isso pode não ser muito positivo para nós. Foi um aviso à navegação, percebe? Daí poderem distrair-se com as trafulhices e descondiderações que os políticos têm feito com os portuenses, entre as quais se inclui a trama ao FCPorto. Só isso. Nada de más interpretações.
Viu como terminei o post?
Abraço
calma! o Porto está a construir uma nova equipa. repararam que ontem jogaram 7 novos jogadores??
ResponderEliminarMas este ponto referido pelo Antonio Alves é fundamental.
ResponderEliminarAcabou um novo ciclo.
Temos que reconstruir a equipa.
Nada se faz sem tempo.