21 novembro, 2008

Os "apitos" sem côr, nem Norte

Há uma data de anos que os portuenses, e o país profundo, assistem a uma autentica caça às bruxas, pessoalmente direccionada a Pinto da Costa e, objectivamente, para o sucesso desportivo do Futebol Clube do Porto. Realizaram-se centenas de programas televisivos, com insinuações, provocações, toda a espécie de calúnias e baixezas, tentando destruir a imagem do homem e do clube. Paralelamente, formaram-se clichés depreciativos sobre as gentes do Norte (da província), associando-as ao que de pior existe na sociedade, como o crime e o compadrio. Aos empresários nortenhos, colaram-se os Ferraris e os salários em atraso, como uma espécie de fenómeno exclusivamente regional.
Por essas e muitas mais razões, não me cansarei aqui, e onde quer que esteja, de denunciar, publicitar, humilhar até, toda esta gente ligada aos múltiplos poderes centralistas, quer sejam políticos, económicos ou mediáticos. Essa mesma gente que assistiu a esse espectáculo deprimente de justicialismo espectacular e persecutório, muda e queda, pensando que o ruído produzido à volta de Pinto da Costa serviria de álibi, ou escudo, para continuarem a praticar as suas grandes vigarices impune e insuspeitadamente. Enganaram-se.
Resulta dessa história uma vontade acrescida de continuar a levantar mais questões pertinentes, como as que exporei a seguir.
As perdas de capitais do BPN até agora identificadas, ascendem a cerca de 800 milhões de euros (no Público, de hoje), o que equivale a 160 milhões de contos, em antigos escudos. Alguém os "desviou" para lugar incerto. Convém enfatizar sem receios que, não foi um qualquer cidadão quem provocou tamanho desfalque. Não foi nenhum Bruno Pidá (que está mesmo preso), aparentemente, foi um douto senhor político, uma excelência, um ex-governante, um membro das elegantes elites, supostamente habilitadas para governar países e povos. Foi um destes VIP's, quem praticou tamanha falcatrua, há que registá-lo.
Não cairei na tentação de generalizar, que todos os políticos são iguais, mas é preciso que nestes casos, provada que esteja a culpabilidade, eles, mais do que o miserável Zé da Esquina, sejam severamente castigados. Caso não se faça justiça cega, o resultado que daí se poderá extrair, é que o povo reforce a sua desconfiança sobre a classe política e a própria Democracia e,então, já não sobrarão muitos mais argumentos para se queixarem da má reputação e generalidades que gozam junto dos cidadãos.
A verba colossal extraviada "talvez" bastasse para criar (em Portugal, não em off-shores) uma série de pequenas e médias empresas legais e gerar umas boas centenas (ou mais) de postos de trabalho num país onde o desemprego não pára de subir. As aspas colocadas no "talvez", não servem para insinuar nada de singular, apenas se limitam a prevenir algumas mentes iluminadas, uns imbecilóides que eventualmente já estejam a afiar a língua para etiquetar este post com o selo do populismo e da demagogia. Esses ratos de esgoto, têm, pelo menos, uma face positiva, que é a de serem totalmente inaptos na arte de esconder os seus próprios rabos de palha.
O velho ditado, bem previne: melhor se apanha um mentiroso (ou vígaro) que um coxo...

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