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É espantoso como a classe política corporiza na perfeição o velho lema que diz: "arranja fama, e deita-te na cama!".
Modéstia à parte, nada do que António Vitorino disse na conferência do I.D.N., é original. Eu mesmo, com grande antecipação, já me cansei de falar sobre o assunto. Mas, eu, não sou o Sr. António Vitorino, nem sou político. Por isso, mesmo que substantivamente o que ele pensa e diz, não traga vantagens visíveis em relação ao que eu penso e digo, a verdade, é que as coisas reveladas por personalidades ligadas à política ganham uma "credibilidade" que o cidadão comum dificilmente consegue. Se juntarmos ao fenómeno o facto de estes pareceres de figuras públicas serem muitas vezes remunerados (e bem), o cidadão anónimo, fica outra vez a perder, porque diz as mesmas "verdades", de borla! É, mais uma vez, a p..... da vida. Coitada da vida, que tão maltratada é pelos homens!
Pode-se sempre argumentar (ou, manipular, que é o que está na moda), alegando que não foi bem a mesma coisa, o que ele e eu escrevemos. É muito simples. Bastará observar que A. Vitorino, usou a frase "é necessário proceder à revisitação da democracia representativa" , enquanto eu tenho dito, "é preciso rever a democracia" . A única diferença estará na sofisticação do estilo e (talvez), na sinceridade da vontade de mudança...
Vitorino, disse que, é evidente a "incapacidade actual do sistema de partidos". Eu, tenho escrito e reescrito que, "os eleitores deviam dispor de mecanismos com mais e maior controlo sobre a actividade dos partidos, e dos políticos", que é bem mais importante e objectivo.
Que havemos de fazer, quando se cria fama na política, mesmo sem a merecer (nenhum político a merece), estas «descobertas», apesar de muito tardias, merecem artigos de jornal, quando somos nós a fazê-lo, é: populismo. Critérios.
PS-Quando digo que nenhum político merece a fama que lhes é dada, refiro-me ao contexto governativo do país. A nível autárquico não tenho a mesma opinião. Há, apesar de tudo, alguns homens de valor. Lembrei-me agora de um que não gosta de holofotes e tem feito um trabalho notável de continuidade à imagem do seu antecessor. Chama-se Bragança Fernandes, Presidente da Câmara Municipal da Maia.
Já Eça de Queiroz dizia:
ResponderEliminar«Os políticos e as fraldas devem ser mudados frequentemente e pela mesma razão»