Desta vez, os autores da "campanha negra" estão devidamente identificados: são os juízes do Tribunal de Contas. Por motivo de "urgência", embora o contrato só terminasse em 2015, o Governo assinou com a Liscont, empresa da famosa "holding" económico-partidária *Mota-Engil/Jorge Coelho (e, já agora, Luís Parreirão, também ex-governante socialista da área das Obras Públicas) um "aditamento" à concessão do terminal de Alcântara. Sem concurso, que a coisa era "urgente" e sabe-se lá quem estará no Governo em 2015.
É um contrato justo: a Liscont cobra os lucros e o Estado (a Grande Porca bordaliana, a de inesgotáveis tetas) suportará eventuais prejuízos, ou, nas palavras do TC, "o ónus do risco do negócio passa para o [Estado]". O Estado pagará ainda 1,3 milhões em advogados, consultores & assessores para a montagem e gestão da ampliação do terminal; e até se, durante as obras, calhar serem descobertos vestígios arqueológicos, será (adivinhem quem) o Estado a pagar a paragem dos trabalhos. Só de má-fé é que alguém pode concluir que tudo isto não é de interesse público e do mais transparente que há.
[Manuel António Pina/JN]
*Vai ficar-me gravado para sempre na memória, esta expressão de Jorge Coelho no programa A Quadratura do Círculo, antes de assumir a sua anunciada ida para administração da Mota.Engil: "mas, eu não sou um homem rico!"
Promiscuidade é isto, Sr. Dr. Rui Rio, e se ela é praticada com pessoas do partido A, ou do partido B, é irrelevante. Todos, têm o rabinho trilhado. Era desta promiscuidade, entre políticos e empresas (de Contrução Civil e Bancos) que eu gostava de o ouvir falar, como fez com o FCP. Mas, a sua discrição, nestes casos é sepulcral... A sua seriedade sofre de pardidarite aguda, tem de ir ao médico.
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