22 julho, 2009

O Sr. Complicómetro

Suponho que por mais de uma vez não deixei dúvidas quando à minha paixão pela natureza através de alguns posts. Tenho uma particular predilecção pelas árvores, mas interessa-me e preocupa-me, toda a problemática ligada ao meio-ambiente. Serei por isso algo insuspeito para falar da polémica construção na orla do Parque da Cidade, que o Dr. Rui Rio - no seu fundamentalismo bacôco que o caracteriza -, decidiu empolar. É típico nele. Confunde rigor, com rigidez, e destreza negocial com intolerância. O perfil de um grande autarca tem de comportar, além da seriedade [condição exigível a qualquer pessoa de bem], a capacidade para tornear os problemas sem comprometer demasiado os interesses dos cidadãos que sustentam as cidades. Ainda hoje estamos por saber em que é que beneficiou a cidade e o próprio Rui Rio, com a afrontação feita ao FCPorto e aos seus adeptos, que também são cidadãos do Porto, e que estarão seguramente em maioria em relação a outros.
O resultado das decisões de Rui Rio, à excepção [relativa] das corridas da Boavista e dos aviões da RedBull, acabam quase sempre em desastre, ou fracasso. A teimosia irracional, leva-o a prejudicar mais a cidade do que o contrário. O consórcio proprietário de terrenos do Parque da Cidade, moveu uma acção à Câmara, que acabou por resultar numa condenação em Tribunal, que a obriga a pagar aos queixosos 30,4 milhões de euros! Um balúrdio! O vereador Rui Sá propôs um financiamento ao banco, aproveitando a baixa de juros, sem a alienação dos terrenos camarários, mas Rui Rio prefere dar 43,9 em imóveis que cederá para venda, e compromete-se a aprovar a construção para a frente da Boavista que havia sido deferido previamente pelo Nuno Cardoso.
Perante tanta indeterminação, a palavra/objecto com a qual Rui Rio liga melhor é esta: complicómetro. Descontando as obras oportunistas pré-eleitorais, com RR a decidir assim, como é que a cidade pode avançar?

7 comentários:

  1. Nem sabia dessa "performance" do "Rui.Ranheta", a verdade é que o Rui.Borbulhas.Sá aparece sempre a tentar dar uma mãosinha ao amigo de Viana, mas este parece dar-lhe sempre com os pés, uma relação de amor/ódio que merece um aprofundamento analítico...O fundamental é perceber porque razão o Povo do Porto tão "exigente" nas contas noutras situações, aqui passa distraídamente assobiando para os ninhos...

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  2. «...é que beneficiou a cidade e o próprio Rui Rio, com a afrontação feita ao FCPorto e aos seus adeptos, que também são cidadãos do Porto,...»

    Meu caro Rui, a cidade, nada o Rui Rio, ficou popular onde lhe interessava ser popular: em Lisboa.
    Você sabe que para ganhar popularidade fácil, nada melhor que se meter com o F.C.Porto e com Pinto da Costa.

    Em relação ao complicómetro, é a especialidade dele. Arranja confusões e mais confusões, para depois ter de sair de fininho, sem se notarem as vantagens para a cidade, das guerrnhas que ele arranja.

    Um abraço

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  3. Meireles,

    o Porto tem os inconvenientes de uma cidade cosmopolita, sem gozar das vantagens.
    Um deles, foi o da imigração súbita de gente de todo o país [principalmente de Lisboa] o que acabou por se reflectir no comportamento característico dos portuenses.

    Repare que até os políticos "pousam" por cá desde que a mama seja apetecível. Estou a lembra-me de um famoso Pires de Lima que - como todo o político que se "preze" - não hesitou em vir para cá ocupar o lugar da UNICER, antes que um gajo do Porto o fizesse... Ah, mas continua a residir em Lisboa!

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  4. Vila Pouca,

    eu sei, eu sei, mas objectivamente, e passados 2 mandatos, reformulo a pergunta: o que é que ele ganhou, se no fundo, no fundo, o que ele queria era o lugar da Manuela?

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  5. Como eu, nem me passa pela cabeça, ter na chefia de um governo, uma múmia paralítica, acho que a seguir vem o Rio.

    Abraço

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  6. Meus caros,

    O Porto so tem aquilo que merece.
    Depois de ter reeleito esta ave, prepara-se agora para a reeleger novamente. O sindrome do masoquismo esta na moda.

    Eu ainda vivia no Porto no ano em que este senhor ganhou pela primeira vez.

    Nesse dia disse para mim, "com tanta adversidade e estes gajos ainda dao tiros nos pés?!". E assim foi, o rapaz ganhou e logo logo, arranjou a guerrinha da praxe com o Pinto da Costa para aparar o jogo centralista. O objectivo é Lisboa, é ser secretario geral do partido, desde o primeiro dia. Enquanto isso nao acontece vai fazendo o jogo centralista que mais lhe convém e ganhando influencias, tempo e dinheiro como Presidente da Camara Municipal do Porto.

    Mas o povo é assim, burro, para nao destoar.

    Nem gosto de pensar muito nestas coisas. Sinto o meu cérebro a "descarrilar" da frequencia certa. Fico doente.

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  7. Soren,

    essa do masoquismo, assino por baixo.

    Mas, como já disse, há muita gente que vive [e nasceu] aqui que se está nas tintas para o Porto, se não fosse assim, Rui Rio nunca tinha ganho o 2º. mandato.

    Há muitos videirinhos em todas as profissões que obedecem como cachorros obedientes à ditadura de Lisboa, porque sabem que é lá que tudo se decide.

    E depois, há também a burrice de alguns.

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Abrimos portas à frontalidade, mas restringimos sem demagogia, o insulto e a provocação. Democraticamente...