Por respeito aos portuenses, exponho de seguida um link de um post da minha autoria, datado de 14 deDezembro de 2007, onde caricaturava a figura do filhote do "insuspeito" Diogo Freitas do Amaral, sem sequer imaginar o grau de parentesco que poderia existir entre ambos. Fi-lo na altura, por achar insultuoso para o Porto e para os portuenses, o conteúdo de um artigo por ele publicado no Diário Económico, que também transcreverei na íntegra, para terem uma ideia da independência da prole de Freitas do Amaral.
O post era este
O artigo deste improvável candidato ao Nobel de literatura, rezava assim:
“A Chicago dos anos 30”
É como se o Porto se estivesse a tornar numa arena de bandidos que um dia já foram mais poderosos, e hoje perderam o tino e a razão. Aqui há uns anos, quando regressou ao Porto já como treinador do Chelsea, José Mourinho trouxe uns seguranças com ele. Tinham existido uns problemas com alguns adeptos do FC Porto, um deles cuspiu-lhe durante um jogo em Inglaterra, e Mourinho temia que as coisas pudessem dar para o torto. Quando lhe perguntaram porque é que trazia seguranças, Mourinho respondeu simplesmente: “quando vou a Palermo tenho de tomar cuidado”. Assim, sem tirar nem pôr. O homem que durante dois anos e meio treinara o FC Porto, levando-o a dois títulos de campeão nacional, uma Taça de Portugal, uma Taça UEFA e uma Liga dos Campeões, um palmarés nunca antes conseguido por nenhum treinador, esse mesmo homem, que conhecia muito bem o Porto (cidade), referia-se à Invicta como Palermo!
Palermo…As associações com a mafia eram evidentes. Mourinho estava bem consciente do que se passava nos ‘bas fonds’ da cidade, e sabia que esses ‘bas fonds’ se tinham aproximado em demasia do poder no FC Porto. Na época, os SuperDragões andavam de braço dado com Pinto da Costa, e também com Carolina Salgado, com quem o presidente do FC Porto vivia. Os homens fortes da claque tinham assento na tribuna de honra do Dragão e jantavam com o presidente. Contudo, toda a gente, incluindo Mourinho, sabia que essa tropa de choque era composta por gente perigosa, gente que andava armada, cometia crimes, e não tinha qualquer tipo de escrúpulos.
Os tempos passaram, e agora, ao examinar a longa lista de assassinatos que têm acontecido na “noite” da cidade do Porto, é inevitável mas lá estão as relações aos SuperDragões. Alguns dos mortos, e alguns dos supeitos, pertencem ao mesmo grupo que rodeava o presidente do FC Porto na época em que ele foi chamado ao tribunal de Gondomar e levou os SuperDragões para intimidar os juízes. A sensação que fica é que estas proximidades são perigosas, e que um dia ainda acabam mal. Entretanto, as mortes sucedem-se no Porto. Primeiro foi um segurança, depois um porteiro, depois um dos mais conhecidos empresários da noite, e por aí fora tem continuado a matança. Seis são já os corpos, crivados de balas, de pistola, ‘shotgun’ ou metralhadora. Sim, leu bem, metralhadora. À porta de casa, à porta das discotecas, no meio da rua, grupos armados param carros, ajustam a mira e matam quem desejam matar, com violência. Fala-se em “ajustes de contas”, em “guerras da noite”, mas a verdade é que a lista de mortos não pára de aumentar.
Alguém mais inspirado, julgo que do PSD, veio dizer que o Porto parecia “a Chicago dos anos 30”. A metáfora não é totalmente desajustada. Palermo, Chicago, tudo lugares míticos do crime, o que significa que para a psicologia do Porto isto é algo de traumatizante. Para mais, a PJ parece não querer intervir. Até agora, ainda ninguém foi preso. Seis meses depois de começarem os homicídios, a PJ não se decidiu ainda a intervir. A mensagem que passa é “deixem-nos matar-se uns aos outros”. É como se a PJ soubésse que o que se está a passar é uma guerra dentro dos ‘gangs’ pela supremacia na noite do Porto e preferisse estar sentada no alto do monte, observando a guerra à distância, enquanto os ‘gangs’ se matam entre si.
É verdade que, até agora, os crimes ainda não atingiram o público. O alarme social é mais distante. Ninguém que frequente a “noite” do Porto teme pela sua segurança ou pela sua vida, porque os ‘gangs’ não querem gerar o caos social, mas apenas lutar entre si. E, sendo assim, o perigo é menor. Não se trata de gente que mate indiscriminadamente, ou que queira pôr o negócio da noite em risco. Bem pelo contrário. Os assassinatos são cirúrgicos, operações especiais cujo único objectivo é eliminar mais um membro de um ‘gang’ e não assustar a malta que vai à discoteca.
Seja como fôr, fica uma ideia de um Porto criminoso, um Porto perigoso. É como se a cidade se estivesse a tornar numa arena de bandidos que um dia já foram mais poderosos, e hoje perderam o tino e a razão.
Domingos Amaral,
Director da revista “Maxmen”
Nota:
Pressinto que aqueles senhores que escrevem nos jornais e que entram pela nossa casa, através da TV ou da rádio, garantindo-nos que trabalham para nos informar, vão ignorar esta circunstância. De repente, a bisbilhotice que os caracteriza vai fazer greve. Apostam? Aqui está, mais uma amostra da diferença entre a independência da blogoesfera e a dos media tradicionais.
O meu comentário anterior sobre o tiroteio em Loures - parecia o far-west- aplica-se totalmente aqui. Sao artigos destes, que instigam ao ódio e à violência, que depois dão origem a autocarros incendiados.
ResponderEliminarJá imagino as conclusões do Freitas:culpa do presidente do C.Justiça.
Um abraço
Dragão V. Pouca não tenha dúvidas ,com um elitista, liberal e CENTRALISTA destes o parecer é esse mesmo.
ResponderEliminarUm abraço.
Repito o que já disse: o pai não é o filho, mas toda a gente sabe quanto pesam os laços de sanguinidade nas decisões das pessoas. Por que diabo terá este de fugir à regra?
ResponderEliminarSe ele me estivesse a ouvir, dizia-lhe:
-Sr.Dr.Freitas do Amaral, surpreenda os portugueses, prove-lhes que ainda há homens honestos em Portugal!!!
Abraço
Sabe uma coisa curiosa,caro Rui Valente? Os dois artigos do Domingos Amaral não me causaram a mais pequena irritação. São de tal modo baixos que atingiram o zero absoluto da baixeza. Revelam um ódio tão doentio ao FCP e à cidade,são tão fantasiosos e afastados da realidade que só podem ser obra dum desiquilibrado mental,e como tal perdem toda a credibilidade. São inofensivos.Perigosos são os outros,os que parecem escrever com juizo e isenção,para enganar incautos.
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