23 outubro, 2008

Etnografar o Norte

Já sei que vou levar umas garfadas de alguns camaradas, menos dados a estas questões e mais concentrados nos números, mas não resisto a recomendar dois blogues que são indispensáveis na minha agenda blogosférica diária.

O primeiro é de leitura obrigatória para qualquer nortenho (de Aveiro a Valença (passando por Braga :-)) e chama-se Etnografando com Letras . Uma magnífica e apaixonada visão das terras galaicas e das suas gentes, cultura e tradições.

O segundo, com um interesse mais pessoal, recorda-me diariamente a terra onde passo parte do meu tempo: Paredes de Coura. É mantido pelo Eduardo Cerqueira, que pessoalmente não conheço.  Este blog, o Paredes de Coura - Território com Alma é inspirador e uma importante fonte de informações sobre o dia-a-dia deste vila do Alto Minho.



Off topic: tenho recebido alguns comentários, via respectiva caixa, no email e na Baixa do Porto relativos ao desafio da Avenida da Boavista. Posteriormente farei novo post com o resumo das ideias.

7 comentários:

  1. ora ai esta, fez bem em anunciar o "etnografando com letras" e falar em terras galaicas.

    Penso que se queremos que o Norte evolua, seja mais autonomo, seja regiao autonoma e deixe de ser uma colonia dos mouros, um dos primeiros, senão o mais importante é o da afirmação da nossa identidade.

    Se o Norte tivesse consciencia da sua identidade, que é Galaico, que tem outra cultura, outras musicas, que a nossa pronuncia é a verdadeira pois a lingua aqui nasceu, entre muitas outras coisas, estou certo que a luta por uma regiao autonoma teria sido muito mais forte e esse objectivo ja estaria alcançado.


    Ha regioes mais ricas e com boa qualidade de vida a exigir e revoltar-se contra a sua capital por causa da sua diferença de identidade (Flandres, Catalunha, Galiza, etc) e o Norte que é somente a regiao mais pobre da Europa e portanto devia ser a que mais se revoltaria e exigiria à capital, mas acontece o contrário, é a que menos acção tem.

    O caminho para um norte regiao autonoma, passa indiscutivelmente pela afirmação e consciencialização da nossa identidade.
    Por isso apelo a todos os blogueiros regionalistas que a promovam até que todos os nortenhos saibam o que são e deixem de pensar que são lusos e iguais aos do centro e sul.

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  2. Já agora deveriamos começar por nos referirmos ao Norte como deveria ser. Calécia

    O titulo deste post deveria ser "Etnografar a Calécia"

    Norte é um ponto cardeal, Calécia é o nosso nome (ja que Portucale nos foi roubado e usado para outros fins que não a nossa região)

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  3. Caro Torres,

    Determinação sim, mas com os pés na terra.

    Não será por anteciparmos substantivamente as etnografias que ganhamos a "corrida"...

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  4. Caro Torres,totalmente de acordo com o seu comentário. Em 31 de Julho postei um texto neste blogue em que mostrava que durante 800 anos o norte de Portugal e a Galiza constituiram uma única unidade administrativa e sobretudo étnica. Ficaram marcas que não se apagaram. Hoje continuamos a ser galaicos e não lusitanos.Um abraço.

    P.S. Calecia ou Gallecia?

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  5. Meus caros,

    a isso chama-se "partir a loiça toda". Se é para a partir já, partá-mo-la, mas depois não se queixem das consequências.

    Vamos a isso?

    Quem é o primeiro a avançar?

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  6. Caro Rui Farinas, foi com prazer que li o seu texto. É sempre bom ver mais uma pessoa que ainda esta de olhos bem abertos e defende o que é seu. A maioria como sabemos infelizmente trai a sua nação e defende o Minho ao Al-Gharb. Tivessem nascido do Minho a Marrocos e seria esse o país que defendiam, tivessem nascido colados a Castela e também seria esse o país que defendiam, sem sequer por em questao qual o seu verdadeiro país.
    Realmente é como os comentarios dizem, os traidores sao os outros não nós. E é como voce diz, se este Portugal artificial tem 800 anos, a Gallaecia tem muitos mais.
    E mais, é que este Portugal pode ter 800 anos, mas não constitui uma nação etnica, enquanto a Galécia sim em todos os aspectos, racial, cultural, etc.
    Durante 800 anos não se apagou a identidade Galaica do Norte porque poucas misturas, poucas migraçoes havia, agora com tanta migração, enfim... a verdade é que o que não conseguiram destruir em 800 anos, agora talvez destruam nums 50 ou 100 e sem hipotese de recuperar, pois a pronuncia, a lingua, a cultura, a arquitectura, etc até pode ser possivel recuperar no futuro, agora a identidade racial ja nao, ficara perdida para sempre.

    Mas enfim, vivemos numa epoca em que defender a identidade racial é crime. Parece que se pode defender o patrimonio genetico de tudo quanto é bicho (cães, lobos, cavalos, tartarugas, etc) mas no que toca ao patrimonio dos povos europeus ja nao se pode. Até os Amerindios podem pedir terras e proibir estrangeiros de entrar para assim preservar o seu sangue, mas na europa nao porque isso é racismo e nazismo e o que é correcto é acabar com os povos nativos. Enfim.. umas coisas evoluem, outras não.. o ser humano sempre teve um certo apetite para destruir. Quando acordar já será tarde demais para os varios povos europeus, não só nós Galaicos, como tambem Suecos, Dinamarqueses, Ingleses, Italianos e muitos outros povos.

    Quanto ao nome, pelo pouco que sei parece que o Norte deveria ser mesmo Calécia.
    Gallaecia é o nome para Galiza e "Norte" enquanto Calécia seria mais apenas para o Norte, pois parece que era o nome original. Enfim mas pouco sei do assunto.

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  7. ja agora se quiserem ver uns mapas da Galécia, podem ir a mapagal.blogspot.com

    O 1 mapa até indica os vários nomes que o Norte foi tendo ao longo da história.

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