16 maio, 2009

Acusação tardia. Simples coincidência?

Elementos de claque do Benfica acusados de associação criminosa e tráfico de droga

Presidente Luís Filipe Vieira denunciado à Comissão Disciplinar da Liga e ao Conselho Nacional Contra a Violência no Desporto

Cerca de quatro dezenas de elementos da claque do Benfica No Name Boys foram acusados de vários crimes e o presidente do clube, Luís Filipe Vieira, foi alvo de uma participação à Comissão Disciplinar da Liga de clubes por apoiar aquele grupo de adeptos. A certidão foi também remetida para o Conselho Nacional Contra a Violência no Desporto, entidade junto de quem a claque se deveria ter legalizado, identificando todos os seus membros.
O mais conhecido grupo de apoiantes do Benfica foi alvo de uma aparatosa acção policial há cerca de meio ano, através da operação Fair Play, desencadeada pela Unidade Especial de Combate ao Crime Especialmente Violento (UECCEV) do DIAP de Lisboa com a colaboração da Polícia de Segurança Pública. Das mais de três dezenas de detidos, três ficaram presos preventivamente, quatro em prisão domiciliária e pelo menos dois proibidos de frequentar recintos desportivos.
A acção policial saldou-se ainda na apreensão de armas proibidas, material pirotécnico e mais de dez quilos de haxixe e 115 gramas de cocaína. O libelo sustenta que a claque era financiada através da venda de ingressos para os desafios e de substâncias estupefacientes, nomeadamente haxixe e cocaína. Foram ainda recolhidos indícios da venda e revenda de armas de fogo, nomeadamente de TASER (armas que atingem as vítimas com choques eléctricos), que teriam uma potência superior às usadas pelas forças de segurança.
A investigação abrangeu várias situações relacionadas com actos de violência de que foram vítimas adeptos do FC Porto e do Sporting. E ainda confrontos com forças de segurança e apreensões de droga. O inquérito acabou por agrupar factos ilícitos que estavam dispersos por outros processos. Nos casos da suspeita de tráfico de droga e de armas, as autoridades realizaram escutas telefónicas.
Através das escutas, recorde-se, a PSP pôde reunir elementos que a ajudaram a identificar a autoria moral e material do incêndio ateado ao autocarro que transportou a claque dos Superdragões, que se deslocou a Lisboa, em 21 de Julho de 2008, para apoiar a equipa de hóquei em patins do FC Porto que jogava contra o Benfica. Na origem deste acto esteve, segundo a acusação, o ódio contra o FC Porto, realçando a premeditação do acto, uma vez que o autocarro tinha sido antes seguido por uma viatura ligada aos No Name Boys.
Cerca de cinco meses antes, elementos daquela claque benfiquista terão provocado danos no complexo desportivo do Sporting, Alvaláxia XXI. Destruíram cancelas, derrubaram um sinal de trânsito e pintaram as paredes da sede da Juve Leo com os seus símbolos. A acusação relata também a agressão de que foi alvo um jornalista de um diário desportivo, quando se encontrava em serviço junto ao complexo desportivo do Benfica, no Seixal. Depois de apedrejarem a viatura do jornalista, os elementos da No Name Boys retiraram do seu interior um taco de bilhar com o qual destruíram o vidros e provocaram diversas amolgadelas, lançando depois uma tocha incendiária que, frisa a acusação, só não consumiu a viatura porque caiu fora. Além dos danos materiais, o jornalista acabou por ficar ferido na sequência do incidente.
O facto de agirem sempre em superioridade numérica, munidos de tacos, facas e outros utensílios, é também assinalado noutras situações. Numa delas, a vítima foi um elemento da claque Juve Leo, do qual conheciam a sua morada, ligações familiares e outros elementos da sua vida pessoal, a partir de um ficheiro criado no seio da claque.
Uma das situações relatadas ocorreu na madrugada de 25 de Fevereiro do ano passado, na Amadora, onde esperaram um jovem junto à sua residência. Este, apercebendo-se da cilada, tentou fugir em direcção à esquadra da PSP, mas não o conseguiu. Acabou por ser alvo de várias agressões, que culminaram com diversas queimaduras no corpo provocadas pela utilização de tochas incendiárias. A vítima teve que ficar cerca de um mês em recuperação. Apesar de as agressões serem imputadas a um grupo numeroso, apenas três dos seu elementos acabaram por ser identificados pelas autoridades.
[Fonte: Público]

1 comentário:

  1. Domingo, 17 de Maio de 2009
    Tixier: Jesus já "contrata" para o Benfica !
    Damien Florian Gérald Tixier, ex-defesa lateral esquerdo da União de Leiria, é hoje aos 28 anos, jogador do Le Havre Athletic Club Football da Ligue 1 Francesa e descaiu-se ao jornal gaulês "Aujourd'hui Sport" e deixou escapar que:
    "Jorge Jesus telefonou no sábado ao meu agente para se inteirar da minha situação. Aqui estou esquecido, além disso sempre afirmei que partiria se um dos grandes de Portugal me quisesse! Ele é um super-treinador. Sabe o que quer e não tem problemas em dizê-lo. Tem um lado de José Mourinho. Já nessa altura dizia-nos que queria treinar um grande. E frisava: "Vocês também têm essa ambição, certo?" Eu cá tenho! Tenho qualidades e capacidades para atingir esse objectivo!"
    Recorde-se que Tixier já foi jogador de Jorge Jesus em Leiria na temporada de 2005/06, onde realizou 37 jogos em temporada e meia, marcando um golo, o que mostramos abaixo frente ao FC do Porto. Esta temporada o defesa gaulês tem sido quase sempre titular, participou em 23 jogos, tendo jogado 1972 minutos, com 1 assistência para golo e visto 6 cartões amarelos. Sendo assim é bem verdade que: "aqueles que têm alguma ciência, sabem mais que os outros" ...
    Mas a verdade é que não se percebe bem como é que uma pessoa que é treinador do Sporting de Braga e que vai ter hoje um jogo que diz ser importante, na luta pelo 3º lugar, tem ainda tempo para telefonar a sondar jogadores para o plantel do Benfica da próxima temporada! Pergunto: É para isto que António Salvador lhe paga? Não me parece ...

    In "futebolartte"

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