Há riscos que vale a pena correr, mesmo que possamos dar uma imagem pouco simpática de nós próprios. Sem a mínima presunção, considero poder incluir-me nesse escasso número dos não alinhados com os preconceitos desta alegre democracia. Passo a explicar-me.
Não me incomodo mesmo nada se vierem um dia acusar-me de ser anti-democrata pelo facto de submeter a uma análise prévia os textos dos comentadores dos posts aqui publicados. Esta, é uma regra que não me perturba se outros também a aplicarem a mim.
Nas definições deste blogue, dispus de duas opções para os comentários recepcionados: mostrar ou ocultar. A opção que aqui seleccionei ficou obviamente definida em "mostrar comentários de qualquer pessoa". Além desta opção, ainda dispunha destas três: "para utilizadores registados no blogue", "utilizadores com conta google" e "só membros do blogue". Por fim, optei por activar a moderação de comentários antes de serem publicados, por uma razão muito simples: a de evitar a eventual degradação do blogue. Prefiro assim, mesmo que isso possa custar uma menor participação ou visibilidade ao blogue.
Se alguém quiser perceber quais seriam as consequências se tivesse optado pela não moderação de comentários, basta apenas dar um saltinho ao "Bússola", clicar nos comentários e pronto, é só ler a excelência de troca de mimos que por lá se produzem... Provoca, estimula a participação através de picardias pertinentes, mas o resultado é o insulto torpe e o ódio. Isso, aqui no Renovar o Porto, dispenso, porque já temos de sobra.
Aqui está um bom exemplo de como não precisamos de exceder os limites da inconveniência, de enveredar pelo ultraje, para nos sentirmos livres. Se há coisa que aprecio e não o escondo é a sátira o humor corrosivo, mas - como diz o povo -o que é demais é moléstia.
Mesmo assim, só uma única vez não publiquei um comentário pelas razões acima apontadas.
É assim mesmo que vejo a democracia, com moderação.
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Abrimos portas à frontalidade, mas restringimos sem demagogia, o insulto e a provocação. Democraticamente...