25 março, 2008

Padroeira da Justiça ou Revolucionária?



Será impressão minha, ou a Procuradoria Geral da República está completamente tomada pela portofobia?
Os jornais, dizem-nos que a criminalidade em Lisboa não está melhor que a do Porto. Todos os dias temos provas dessa evidência. Contudo, talvez pela força espiritual da nova Padroeira da Justiça (que já não é Santa Joana), o senhor procurador parece fazer questão de se revelar particularmente preocupado com as asneirolas que por cá se fazem. Será só impressão minha?
Agora, o Ministério Público quer apurar responsabilidades do caso "Carolina Michaeles", mas ainda não é público que este caso venha a merecer as honras do costume. Ansiamos pois, por conhecer qual será a nova "equipa especial" que irá ser criada para proceder às respectivas investigações.
Que será de Lisboa já sabemos, estranharemos é se não fôr. Os nomes dos investigadores é que ainda não conhecemos. Já agora, também daria jeito sabermos se vão baptizar o caso com um bonito nome, do género "Apito Dourado"ou "Noites Brancas", como gentilmente costumam brindar este tipo de ocorrências na nossa cidade...
Estes requintes decorativos com pinceladas de suspense quase hitchcockianos, só podem dever-se ao estilo sui generis da Procuradoria Geral exprimir a elevada consideração e respeito pelo povo do Porto. De outro modo, que outra coisa poderíamos nós pensar?
Apesar da boa intenção, não posso deixar de fazer um reparo. O estilo, lembra-me aquelas pessoas muito desleixadas que só se lembram da higiene quando alguém lhes diz que há muito lixo à sua volta.
Quando assim acontece, o mais provável, é que acabem, sorrateiramente, por colocá-lo debaixo do tapete.

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