02 julho, 2008

Em poucas palavras...

... é possível descrever o verdadeiro interesse dos governantes pelos problemas dos cidadãos: nenhum!
Ninguém que já tenha navegado pela Web para pesquisar sites ou blogues temáticos sobre as questões da regionalização teve qualquer dificuldade em perceber que este é um assunto da maior importância para os portugueses. Mesmo em Lisboa, há quem (aparentemente, pelo menos), esteja interessado no aprofundamento do tema.
Assistimos a toda a espécie de debates, chatos, economicistas, herméticos, politiqueiros, repetitivos, mas falar sobre a Regionalização é que, nickles! Mais do que um tabu, é uma fobia. Os jornalistas, ou, melhor dizendo, as direcções redatoriais das televisões e dos jornais, também não se têm revelado muito entusiasmadas em promover a discussão sobre tal matéria. Com calma e com tempo. Obviamente que não estou a referir-me a realitys shows do tipo "Prós e Contras", porque esses, em vez de esclarecerem, confundem e branqueiam. Falo de programas com gente idónea, empenhada e sem o folclore dos arraiais. Falo de outros, mais sóbrios e conclusivos.
Mas, não se espantem - caso venha a referendar-se outra vez a Regionalização se for rejeitada de novo, que depois apareçam por aí resmas de "especialistas", estupidamente bem remunerados, a explicar-nos por que é que o "não" falhou. Na perspectiva da comunicação social, é desses experts que o bom povo precisa, e de um bom fardo de palha, também...
Decididamente, o importante na vida, é representar. Para os governantes, sim, mas também para os media.

2 comentários:

  1. Se os convidados para debates e os fazedores de opinião são sempre os mesmos e contra a regionalização, como é possível haver um debate sério, com o assunto a ser tratado sem o estigma - é sempre o mesmo - da criação de novos tachos? E de fantasmas que servem para desviar as atenções do essencial?
    Um abraço

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  2. Esta geração politica não tem nem dá esperança de futuro para este pobre país.

    É preciso criar novas fontes e novas maneiras de abordar a questão sócio-politica, para debater e criar as reformas que necessitamos, sendo uma delas a regionalização.

    Mas, caros amigos, só lá vamos com a criação do Partido "Regional" . Infelizmente é esta a realidade.

    Abraço

    Renato Oliveira

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