06 janeiro, 2009

O Trio de Ataque, da RTPN ("N", de Notícias...)



Hoje é dia do programa "Trio de Ataque", na RTPN ("N", de Notícias, como a RTP faz sempre questão de destacar, para não confundir com a anterior herética expressão : "N ,de Norte" que sobrou da defunta NTV). Mas, adiante.

Veremos se (como é de prever), o programa vai ser, pela enésima vez, insuportavelmente dominado pelo Benfica e pela recente derrota na Trofa, com a respectiva perda do 1º. lugar no Campeonato, ou se, é devidamente repartido em termos temporais pelos outros dois clubes (FCPorto e Sporting). Hugo Gilberto, o novo pivôt do programa, não veio acrescentar nada de novo à linha seguida por Carlos Daniel, muito maquilhada de fair-play, mas benficodependente, até dizer chega. Não tenho dados para o afirmar, mas palpita-me que a RTP escolhe a dedo os homens que fazem estes trabalhos, de forma a garantir o protagonismo da praxe ao clube da ave de rapina , fiel representante do centralismo ( como foi da ditadura).

É mais do que óbvio e notório, que os critérios para a selecção dos convidados da RTP (paga com o dinheiro de todos os portugueses) para programas deste género, nunca pautaram pela isenção ou pelo pluralismo. Quando, por exemplo, convida ex-jogadores de futebol, ou ainda no activo, para participarem em eventos deste tipo, vai sempre buscá-los à «cantera» dos clubes de Lisboa. A espaços, lá faz um convite quase sempre efémero a um jogador do FCPorto (o último, foi Jorge Costa) para lançar um pouco de areia para os olhos dos mais atentos, e depois, prossegue implacável e descarada, a sua saga sectária de anti-portismo.

O FCPorto - descontando os sucessos do passado, que também os teve, e muitos -, tem sido, nos últimos 30 anos, o clube português com mais êxitos conquistados, dentro e fora de portas, apesar de todas as trapaças, de todas as queixinhas e de todos os "apitos" (envenenados). O FCPorto, tem dado uma visibilidade ao país, a nível internacional, que o postiço "glorioso" jamais conseguiu, mesmo nos tempos arqueológicos do moçambicano Eusébio.

Só por estes factos, num país normal, que sabe viver as glórias do presente, num país coeso, sério e descentralizado, o Futebol Clube do Porto, independentemente do elevado número de adeptos que já tem, devia ter o respeito e a projecção mediática que indiscutivelmente merece. É por estas razões, que considero atrofiante a ideia estereotipada de que o futebol, para o povo, é desviante dos assuntos mais sérios. Os da política, não o são mais (para os mais cépticos,recordo que há um ex-ministro, actual conselheiro de Estado, que terá de prestar contas à justiça).

Não tenho a mínima dúvida de que, no fundo, ninguém acredita na envolvência efectiva de Pinto da Costa, nas novelas pré-fabricadas pelo processo "Apito Dourado", tal como as quiseram pintar. Nem mesmo os seus inventores (eles sim, com rabos de palha por todo o lado), já acreditam na eficácia da trama.

Felizmente para nós, portuenses/portistas (que bela simbiose), há mais vida - leia-se, justiça - para além da "al-Lixbûnâ (Lisboa, em árabe).

Existe ainda uma Europa. Fraca e enferma, é verdade, mas ainda com alguns valores. Valha-nos isso.

11 comentários:

  1. As gayvotas querem-nos lixar seja de que maneira fôr.Os golos do Trofense foram ilegais.Um foi marcado por um puto REGUILA sem idade para ser senior o outro foi marcado em excesso de velocidade - a 105 Kms./h-só podia ser a 50.O bruxo Alves já disse que este ano os lampiões nem à Europa irão... Com todo o speed a caminho do TETRA... Adolfo Dias

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  2. Meu caro Rui, se o portista do Trio de ataque não fosse tão politicamente correcto e de vez enquando, desse uns murros na mesa e chamasse os bois pelos nomes, as coisas melhoravam, assim, é como você diz...
    Umas vezes é porque estão na maior...na semana seguinte...é porque estão na pior.
    Acho que nem vale a pena perder tempo.Se houver qualquer coisa de interessante, amanhã, no site vê-se.
    Um abraço

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  3. Caro Vila Pouca,

    Compreendo onde quer chegar, Vila Pouca, mas, a RTP, quando tem pela frente portistas politicamente "incorrectos" ( como eram o Pedro Baptista e até o Pôncio Monteiro) arranja sempre maneira de os «despachar» e substituí-los por outros, mal eles comecem a mostrar as garras...

    Talvez também seja essa a razão que leva o Rui Moreira a ser mais sereno que os anteriores representantes do FCP, não sei.

    A verdade é que não deixa de lhes responder, à sua maneira. Eu atribuo essa postura a uma questão de temperamento, mas não a falta de coragem, que acho que a tem.

    Um abraço

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  4. Como era previsível, o programa de ontem, dedicou 3/4 de hora ao Benfica e às sua angústias existenciais. Os outros 3/4 foram divididos pelo Porto e Sporting. Muito
    democrático, sem dúvida.

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  5. o trio d'ataque dedicou metade do tempo ao benfica? ainda bem. quer dizer que no FCP está tudo normal, obrigado. Foi isso que resultou d programa.

    quanto à questão dos convidados
    do trio de ataque:

    até hoje foram lá, para além do Freitas Lobo que é um omentador extra, e salvo o erro ou omissão:

    Dirigentes de clubes:
    LF Vieira
    Dias da Cunha
    Soares Franco
    segundo sei, o presidente do FCP nunca aceitou o convite.

    Dirigentes institucionais:
    Vitor Pereira
    Herminio Loureiro
    Ricado CostaJoaquim Evangelista

    Treinadores:
    Fernando Santos
    Manuel Cajuda
    Paulo Bento
    Manuel José
    Jesualdo Ferreira (então no Braga, de saída para o Boavista)
    Domingos Paciencia
    Toni
    Ulisses Morais
    etc

    Jesualdo Ferreira - enquanto treinador do FC Porto - recusou o convite por não estar autorizado.

    Jogadores e ex-jogadores:
    João Vieira Pinto, Fernando Gomes (que por acaso foi do FC Porto) e alguns mais...

    tentou-se V Baía, enquanto jogador do FC porto, para vir falar, como o seu colega, sobre a selecção e a sua exclusão. Não terá sido autorizado.

    O FCP entende não colaborar com o programa. é uma opção que respeito.
    Pinto da Costa prefere a SIC? é a sua opção.

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  6. Caro Rui Moreira

    Seja benvindo!Não é apenas dessa maneira que eu vejo as coisas. Acho, que não nos devemos contentar com a arbitrariedade da RTP só porque o excesso de cobertura dado ao Benfica traduz a anarquia reinante no clube e os faz cair no ridículo.

    Nós temos o DIREITO de ser tratados com equidade e respeito, nós somos os campeões nacionais em título! Honestamente! Não o Benfica.

    Não faço ideia do que leva Pinto da Costa a optar pela SIC e também não aplaudo a preferência. Mas há uma diferença: a SIC é uma estação privada e a RTP é do Estado, paga também com o dinheiro dos portistas!

    Actualmente, a menos sectária até é a TVI. De resto, que venha o diabo e escolha.

    Não me referia só à RTPN, mas à RTP, que usa e abusa em maçar-nos com as questões do Benfica e quase nos ignora.
    Além disso, o seu colega de painel benfiquista,está constantemente a provocá-lo com constantes insinuações pouco abonatórias dos sucessos do FCPorto e isso começa a cansar. Obrigá-lo a justificar, com provas, as acusações que continua a fazer talvez não fosse má ideia, já era tempo...Eu fá-lo-ia, mesmo que fosse a última vez que participava no programa.

    Um abraço

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  7. eu respondo ao APV lembrando-lhe o calabote, o clube do regime.
    perguntando-lhe que batota fizemos para termos os titulos europeus que temos.
    à minha maneira, naturalmente.

    quanto à TVI, acho que se está a esquecer das transmissões televisivas do ano passado.

    um abraço do
    Rui

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  8. Lixbuna vêm da expressão Visigótica(de Olisipona Romana e antes Nativa)
    (Al)Ashbuna era a Árabe(adaptação do nome Lusitano original e romano, e godo Lishbona). Portanto mais rigor.
    Mas é algum desprimor a vasta herança moura em Espanha e Portugal? Embora o nome não seja árabe.
    Nome Arabe mesmo é Majrit "fonte de Águas" (embora povoado prévio Celtibérico) Capital de Espanha.

    Historiador

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  9. A conquista muçulmana
    Afonso Henriques

    Após três séculos de saques, pilhagens e perda de dinâmica comercial, Ulishbuna seria pouco mais que uma vila no início do século VII. É nesta altura que, aproveitando uma guerra civil do Reino Hispânico Visigótico, que os árabes liderados por Tariq invadem a Península Ibérica com as suas tropas mouriscas, em 711. Olishbuna foi conquistada pelas tropas de Abdelaziz ibn Musa, um dos filhos de Tariq, assim como o resto do Ocidente.

    Lisboa foi então tomada no ano 719 pelos mouros provenientes do norte de África. Em árabe chamavam-lhe al-Lixbûnâ. Construiu-se neste período a cerca moura.

    Wikipédia (sem rigor...)

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  10. "Mais uma vez Lisboa, conhecida pelos árabes como al-Ushbuna, torna-se um grande centro administrativo e comercial para as terras junto ao Tejo"...,em breve a expressão àrabe ou Berber que utilizavam o Arabe alteraria o Ulishbuna(derivado do visigodo e pré-visogodo para (Al)Ushbuna(ou Aushbuna como se especula) Al-Ushbuna.
    A Lixbona e Olishbona é do tempo Suevo e Godo( e prévio ao tempo destes povos(Olissipo-Ulissipo - Olisipona Pré-Romano e romano) - seja como for é provável que continuasse a ser assim chamada pelos Moçarabes e Reinos Cristãos a norte sem interrupção, pese a ocupação Árabe, Reconquistadores Cristãos que utilizavam o nome mais Godo e Pré-mouro que mouro: Lisbona ou Lixbona (com a supressão do "U" ou "O" na fonética)

    Sevilha sim ficou marcada pelo Árabe: Hispalis-(H)Isbilla-Sevilla- mas não deixa de ser pré-Arabe como Mértola(menos marcada por alterações) e muitas outras.

    Outras são mesmo nomes Arabes.

    A norte há mesmo os Mafamudes e não só mas muito fruto do sincretismo Cristão a norte e a sua mundividência nesses tempos de contacto, confronto, mas também de trocas entre das duas culturas nas sucessivas zonas de fronteira.

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  11. Como se podem queixar do dominio do benfica em tudo que é programa televisivo ou tudo que tenha a ver com desporto(jogado ou falado), se mesmo em blog's do e sobre o Porto o assunto mais falado é o benfica?

    Quanto ao trio de ataque que em tempos era o melhor programa desportivo esta completamente fora de controlo, onde o que se descute 90% do tempo é qual o clube mais prejudicado pelas arbritagens, onde cada um puxa a brasa á sua sardinha...

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