Na continuidade do meu post anterior, recortei este artigo do jornal Público de hoje (para o ler, basta clicar sobre o mesmo) para que ninguém tenha dúvidas de quão apertadas são as teias dos grandes interesses económicos e quão difícil é para as autoridades judiciais e políticas realizar o seu trabalho até apurarem a verdade dos factos.
Como facilmente se percebe, tanto as instituições bancárias envolvidas (BPN e BdP) como as empresas de auditoria recusam-se a enviar informações e obedecer à intimação do grupo parlamentar de inquérito a coberto da almofada branqueadora do "sigilo profissional". As auditorias chegam ao cúmulo de afirmar não disporem de arquivo dos respectivos relatórios de actas e reuniões dos conselhos de administração! Pergunta-se: para que prestam as auditorias e o pomposo Conselho Nacional de Supervisores Financeiros?
E qual é o papel do Estado em todo este imbrógio? Será para se subjugar a estes poderes ocultos que os liberais vivem a reclamar menos Estado, melhor Estado? O aparelho do Estado é ineficaz e pesado, mas o da Banca ainda o é mais. E caro. É chegado o momento de abranger o discurso até aos Banqueiros. Menos Bancos, melhores Bancos. O que é que nós queremos, afinal?
Até faz algum sentido que os funcionários da Assembleia da República sejam obrigados a jurar segredo sobre o que sabem das investigações, mas já não faz sentido nenhum que o público não tenha conhecimento assíduo e claro sobre evolução das mesmas. Até ao "arquivo" final, pelo menos.
Como facilmente se percebe, tanto as instituições bancárias envolvidas (BPN e BdP) como as empresas de auditoria recusam-se a enviar informações e obedecer à intimação do grupo parlamentar de inquérito a coberto da almofada branqueadora do "sigilo profissional". As auditorias chegam ao cúmulo de afirmar não disporem de arquivo dos respectivos relatórios de actas e reuniões dos conselhos de administração! Pergunta-se: para que prestam as auditorias e o pomposo Conselho Nacional de Supervisores Financeiros?
E qual é o papel do Estado em todo este imbrógio? Será para se subjugar a estes poderes ocultos que os liberais vivem a reclamar menos Estado, melhor Estado? O aparelho do Estado é ineficaz e pesado, mas o da Banca ainda o é mais. E caro. É chegado o momento de abranger o discurso até aos Banqueiros. Menos Bancos, melhores Bancos. O que é que nós queremos, afinal?
Até faz algum sentido que os funcionários da Assembleia da República sejam obrigados a jurar segredo sobre o que sabem das investigações, mas já não faz sentido nenhum que o público não tenha conhecimento assíduo e claro sobre evolução das mesmas. Até ao "arquivo" final, pelo menos.
Meus caros, parece que vai nascer mais um jornal, mas não quer nada connosco. É mais uma coisa sulista e elitista.
ResponderEliminarUm abraço
Ah, ó Rui, você parece bruxo: o Trio de Ataque passou mais de metade do programa a falar do clube que nós sabemos.
Não é preciso ser bruxo, basta olhar para o relógio.
ResponderEliminarForam 3/4 de hora, só, a falar daquela aberração em forma de clube de futebol. É demais.
Que jornal é esse? Se é mais um pasquim, é para ignorar.
Por vezes tenho dúvidas de que os jornalistas escrevam mesmo o que escrevem, ou que saibam o que estão a escrever.
ResponderEliminarOs Bancos, auditores e demais instituições financeiras, obedecem a Leis aprovadas pela AR e promulgadas pelo PR.
A do sigilo bancário é uma delas, talvez fosse bom lê-la, ou então alterá-la para acabar com ele.
Ah! Já agora, depois não se queixem de que viram a vossa privacidade violada, os vossos negócios divulgados pela concorrência, ficarem sujeitos a cartéis e organizações de malfeitores, etc., etc.
Já agora, qual é o nº das v/ contas bancárias, querem enviá-las à AR, é que isso também é auditado e está nos documentos solicitados.
P.S.: Não me façam rir sobre essa do juramento dos funcionários da AR, pois essa deve ser ironia, ou os jornalistas só são informados pelos políticos.
Caro Teófilo,
ResponderEliminarTem alguma razão. Mas, no fim de contas acaba por vir de encontro ao que penso sobre as "virtudes" deste regime democrático. É o perfeito ciclo vicioso em forma de política.
Sabe-se como começa (às vezes nem isso), mas nunca como termina.
Então, pergunto: é, ou não, urgente tratarmos da saúde da Democracia?
Eu penso que sim, que a democracia anda doente, mas também não é só por cá, é síndrome que se espalha um pouco por todo o lado.
ResponderEliminarÉ preciso que a política se altere dando lugar aos mais novos, mas sem educação penso que fica muito difícil chegar lá, pois os mais novos não são atraídos por ela porque dela não têm conhecimento na escola.
É a pescadinha de rabo-na-boca.
Talvez a alteração americana possa dar algum contributo, ou o aprofundar da crise.
Esperemos atentamente.