A propósito de 2 posts anteriores do RV, este e este convém ler o que o público diz hoje sobre o assunto:
Lino preferiu o desconto ao cluster
"O ministro das Obras Públicas diz que poupou 57 por cento na compra de 16 Airbus e assume
toda a liderança no processo."
"À ausência de compensações para a indústria, Mário Lino contrapõe o maior negócio de sempre de uma empresa pública com a poupança alcançada"
Contrapartidas: como se faz?
"Contrapartidas são uma forma de compensações. Por se entender que as grandes compras públicas de equipamento militar ou civil originam exclusivamente despesa pública - não gerando riqueza para as respectivas economias - e perda de moeda, os países compradores passaram a associar estas operações a oportunidades de negócio para a sua indústria e de desenvolvimento económico, pois trazem grandes importações de tecnologia. "
e mais importante...
Como negoceiam os países?
"Vários países europeus, especialmente desde o final da II Guerra Mundial, fizeram das grandes compras públicas instrumento da sua política industrial e de cooperação internacional."
O que acontece noutros países?
"Nos que utilizam contrapartidas dentro da sua política industrial, elas são aproveitadas para benefício das PME, para a criação de novas empresas de base tecnológica, para capacitá-las para concorrer no mercado internacional e para criar áreas de excelência a nível mundial."
Quais são os bons exemplos?
"Espanha, Reino Unido, Finlândia, Polónia, Israel e Japão. A CASA espanhola, que chegou a ser mais pequena do que a Ogma e hoje pertence ao grupo EADS, cresceu desse modo, até ao último grande salto: participar no núcleo industrial do avião militar da Airbus, o A400M. A Nokia finlandesa deve uma boa parte do seu crescimento ao facto de o Governo ter procurado contrapartidas com elevada transferência de tecnologia para a sua indústria civil. Também os travões do comboio-bala, inovação tecnológica dos japoneses, foram desenvolvidos a partir de tecnologia dos caças aéreos."
"Nos que utilizam contrapartidas dentro da sua política industrial, elas são aproveitadas para benefício das PME, para a criação de novas empresas de base tecnológica, para capacitá-las para concorrer no mercado internacional e para criar áreas de excelência a nível mundial."
Quais são os bons exemplos?
"Espanha, Reino Unido, Finlândia, Polónia, Israel e Japão. A CASA espanhola, que chegou a ser mais pequena do que a Ogma e hoje pertence ao grupo EADS, cresceu desse modo, até ao último grande salto: participar no núcleo industrial do avião militar da Airbus, o A400M. A Nokia finlandesa deve uma boa parte do seu crescimento ao facto de o Governo ter procurado contrapartidas com elevada transferência de tecnologia para a sua indústria civil. Também os travões do comboio-bala, inovação tecnológica dos japoneses, foram desenvolvidos a partir de tecnologia dos caças aéreos."
Cá na mercearia, é no poupar que está o ganho. Assim sobram uns milhões para dar ao Humberto Bernardo
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