26 março, 2009

O 5º. Canal aberto

A ERC (Entidade Reguladora para a Comunicação), excluiu à pouco dias a Telecinco e a Zon do concurso para o quinto canal aberto. Esta decisão, despoletou imediatamente uma série de protestos e afirmações tempestuosas das partes interessadas, culminadas com a ameaça de acções em Tribunal. Para que conste, as partes interessadas, são, como não podia deixar de ser, da região de Lisboa.
Entretanto, surge um novo óbice a estas duas irrefutáveis e mui lisbocêntricas candidaturas. É que, o detentor da tutela para a comunicação social, Augusto Santos Silva (um homem do Norte), disse que o Governo pode decidir legalmente a reafectação desse canal sem concurso público, desde que se trate de um canal para o Estado.
Assim sendo, e se o Governo decidir accionar esse "legal" poder reafectivo, e entregar o 5º. canal ao Estado, não é previsível que se disponha a fazêlo no Porto, sabendo nós da sua vocação hiper-centralista para controlar os media. Mais uma vez, o Governo apresentará aos portuenses a enésima prova dos argumentos vigaristas que lhes andou a vender antes das eleições quando lhes promenteu a descentralização.
Meus senhores, fixem e anotem no vosso caderno de apontamentos, uma a uma, a falta de palavra desta gente e preparem-se, como deve de ser, para lhes responderem à altura, nas próximas eleições legislativas, mas não se esqueçam que da parte da oposição «eleitoralmente respeitável», a pantominice é exactamente igual.

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