25 março, 2009

UEFA põe ponto final

Não queria estragar a ideia do Rui em deixar o post anterior em cima o resto do dia, mas tenho visto isto hoje ao longo do dia. Penso que o Jogo foi o único a chamar o assunto à primeira página:

"O Comité Executivo da UEFA ratificou ontem a alteração ao regulamento de competições, designadamente a parte da admissão dos clubes para as provas europeias, substituindo a alínea d) do ponto 1.04, a tal que chegou a colocar em perigo a presença do FC Porto na edição deste ano da Champions. Recorde-se que, antes da mudança agora ratificada, lia-se na alínea em causa que um clube que "esteja ou tenha estado" ligado a actos de viciação de resultados seria automaticamente excluído das competições europeias.

Sem datas definidas, esse "esteja ou tenha estado" gerou discussões sobre retroactividade e obrigou mesmo o Tribunal Arbitral do Desporto (TAS), em resposta aos recursos apresentados, não só a legitimar a presença dos dragões na Champions, mas também a solicitar que a UEFA esclarecesse a norma.

A partir de agora, segundo o que foi ontem aprovado numa reunião que decorreu em Copenhaga, na Dinamarca - e sem prejuízo de outras sanções disciplinares -, serão punidos com o afastamento de um ano os clubes que tenham estado ligados, directa ou indirectamente, a actos ilícitos posteriores a 27 de Abril de 2007. A referência a Abril de 2007 explica-se por ter sido essa a data da revisão estatutária da UEFA, facto que serviu de baliza temporal à norma agora adoptada.

Por outras palavras, os portistas, punidos pela Comissão Disciplinar da Liga por factos ocorridos em 2004, não podem, de futuro, ver o acesso à Champions negado com base nesses casos.

Este é o ponto final de um processo que começou em Maio e que sofreu algumas voltas e reviravoltas, conforme se percebe pela cronologia da página ao lado, onde O JOGO faz o levantamento das datas mais relevantes, incluindo as partes da justiça desportiva portuguesa, que serviram de ponto de partida para todo

Os argumentos apresentados pelo FC Porto, na defesa pela legitimidade de participar na actual edição da Champions, acabaram por vingar. O caso dos portistas, recorde-se, tinha sido reenviado para o Comité de Disciplina da UEFA, mas, em função da alteração agora confirmada, o processo deverá ser arquivado."

3 comentários:

  1. Ó Miguel,

    esteja à vontade, eu não queria exagerar.

    Deve saber como as pessoas fogem dos textos muito longos, então prefiro não as "afugentar".

    Um abraço

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  2. Vamos lá ver se é desta que os conspiradores metem o rabinho entre as pernas, ou se já se preparam para urdir outra cabala.

    Eu só não sei é, do que estará o «absolutamante nada respeitável» Ministério Público à espera para pôr um ponto final nesta palhaçada. O que dá, é a impressão que faz muita questão de participar no circo.

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  3. Parecia-me perfeitamente claro que a UEFA teria que dar uma saída ao imbróglio que ela própria criou ao suspender ainda que momentaneamente o FCdoPorto...E teria de encontrar uma solução que não pusesse em risco "emblemas com um peso tremendo" nas instâncias Internacionais...Estou a falar claro de Milan, Fiorentina, Juventus, etc...Essa contradição tão gritante teria que encontrar uma saída e esta foi a solução menos má e muito ponderada. Mas eu não queria ter passado por todo este sofrimento e humilhação, não esqueço, nunca esquecerei estes anos -demasiados para a minha saúde- de angústia e luta...Sabemos que toda esta urdidura teve uma arquitectura pré-delineada bem conhecida, mas temos que reconhecer que lhes demos muito o flanco e creio que infelizmente ainda continuamos a dar. Temos que mudar em muito os nossos procedimentos, temos que conquistar um patamar superior em termos de comportamento e essa deve ser uma das nossas prioridades, mudar mentalidades.Existem agora condições excelentes para realizarmos um trabalho ainda mais profícuo. Temos extraordinárias estruturas, temos extraordinários meios para podermos garantir um trabalho seguro e ascensional. Temos mesmo assim de melhorar esse pormenor tão necessário e vital, a nossa qualidade humana!

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Abrimos portas à frontalidade, mas restringimos sem demagogia, o insulto e a provocação. Democraticamente...