O campo de jogos do Ramaldense está em risco de desaparecer, o que coloca em risco a viabilidade do clube. Os proprietários do terreno querem reaver a sua posse plena e a Justiça já lhes deu razão. É um triste problema. O Ramaldense é um antiquíssimo clube da nossa cidade, inúmeras vezes campeão nacional de hoquei em campo. Sem parque de jogos deixará de existir e algumas centenas de jovens que ali treinam e competem em várias modalidades, serão lançados à rua. Mas, por outro lado, parece legítima a pretensão dos proprietários. O progresso urbanístico das cidades que não têm área exterior para onde se desenvolver, é feita à custa do edificado do passado. Há a obrigação colectiva de salvaguardar o que tenha interesse histórico ou artístico, mas não é o caso do campo de jogos do Ramaldense, que até tem um exterior pouco atractivo. Assim, em minha opinião, poderia ser sacrificado.
Como resolver esta contradição? Penso que há um modo muito fácil de enunciar mas talvez difícil de realizar. Os proprietários do terreno vão fazer uma fortuna com a sua venda para fins imobiliários. Deveriam ser obrigados a ficar com o encargo da substituição do campo. Não muito longe dali existe um parque desportivo que em tempos pertenceu à extinta FNAT. Não sei que uso tem hoje em dia, mas talvez esteja sem utilização ou em sub-utilização. Poderia ser cedido ao Ramaldense?
Ignoro se a CMPorto está envolvida nesta questão. Se não está, devia estar. Afinal de contas está em jogo a continuidade de um clube desportivo que é património da cidade e que o Porto não deve deixar desaparecer. São razões mais do que suficientes para que a Câmara se envolva na procura de uma solução justa e equilibrada.
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Como ex-atleta do Ramaldense - o meu pai era o sócio nº7 -, só me resta lamentar o estado a que o clube chegou.
ResponderEliminarA solução Inatel, parece-me óptima, mas para isso era preciso que o clube de Ramalde tivesse importância, para que alguém capaz de mexer os cordelinhos, se interessar e resolver.
Um abraço