17 outubro, 2009

Será que só nos resta a revolução?

Quando o povo de um determinado país viveu com a euforia que se viu o 25 de Abril de 1974 e se juntou espontânea e solidariamente ao Movimento dos capitães [mais tarde designado por Movimento das Forças Armadas, MFA], estaria longe de imaginar que os crápulas do regime que pensava ter sido derrubado iriam, 35 anos mais tarde, continuar a dominar esse país, escondidos atrás da máscara da Democracia.
Esse tempo está a esgotar-se, e a máscara derreteu-se como manteiga em fogo. Eles já perceberam isso mas, como as leis que molduram esta Democracia são uma autêntica salada russa de contradições, vão ganhando consciência do escudo protector que tal constitui para abusarem do poder que detêm, e então, ninguém consegue pará-los. Roubam, mentem, sacrificam os povos nas suas barbas e borrifam-se para o que possam deles pensar, porque são por génese, corruptos.
A pergunta que levanto é a seguinte: se um povo, ou parte significativa desse povo, não consegue por via democrática, acabar com um sistema que os humilha e mina a existência, o que é que lhe resta além do recurso à força? Mais: os defensores do status quo, os que votam na degradação da democracia não serão também co-responsáveis?

1 comentário:

  1. Como diziam os "Pais Fundadores" da Revolução Americana, há alturas em que um povo tem de se separar de outro.
    Precisamos de um Movimento de Libertação de Portugal Norte (Condado Portucalense e não só até Gaia e pouco mais).
    Ontem, já era tarde e quem se opuser responderá por isso ou que emigre para o sul.

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Abrimos portas à frontalidade, mas restringimos sem demagogia, o insulto e a provocação. Democraticamente...