17 setembro, 2015

Um FCPorto para portista crer, ou sofrer?

Não gostei do jogo produzido pelo FCPorto, sobretudo na 1ª. parte.  Mais uma vez, foi o individual que levou a melhor sobre o colectivo, que é coisa (como já disse no post anterior) que não me agrada. O futebol não é o ténis, onde cada jogador é responsável pelas próprias decisões, o futebol vive do entendimento entre onze jogadores com umas pinceladas de génio individual pelo meio. Do jogo, salvou-se o resultado e a postura mais agressiva da 2ª. parte.  Mesmo assim, continuo algo céptico em relação aos progressos deste sistema de jogo de Lopetegui, demasiado refém da contenção de bola lateralizada e atrasada, sem lhe extrair os resultados que o justifiquem. 

Não sou de fazer diagnósticos apressados, mas um ano parece-me suficiente para perceber se uma equipa nova, com as limitações próprias dessa juventude, evoluiu consideravelmente naquilo em que estava pior, e o que se continua a verificar, é a manutenção de um modelo de jogo tímido, sem movimentações estudadas, de triangulações monótonas, com os jogadores mais preocupados em não perder a bola do que enfiá-la na baliza dos adversários. Bem sei que esta época entraram novos jogadores e saíram outros, o que não sei, é se uma época é tempo suficiente para estabilizar um modelo de jogo, e se não o fôr, quantas épocas teremos de esperar para termos uma equipa preparada para lutar pelo título sem desculpas. Isto, levando em linha de conta a filosofia de contratações com jogadores emprestados. Este ano, valha-nos isso, o problema não se porá, pelo que já não há margem de desculpa para a época vindoura.

Tenho ainda na retina a humilhante derrota com o Bayern de Munique, no jogo da 2ª volta, onde ficaram plasmados no resultado (6-1) todos os defeitos da equipa do FCPorto, não obstante o poderio da equipa alemã, onde a falta de hábito em jogar rápido e de objectividade do sector avançado foram os que mais se notaram. Aquela mesma equipa, com outra velocidade e outras rotinas, podia perder o jogo, mas nunca  por tamanha diferença, sobretudo depois de ter conseguido um inesperado 3-1 no jogo do Dragão.  

Pois, são os mesmos defeitos, as mesmas desconcentrações que continuo a ver no FCPorto. E não digo isto por ter empatado, que em tese, até pode ter sido um resultado positivo, diria exactamente a mesma coisa se tivesse regressado com o 1-2. O que é preciso, é ganhar, dir-me-ão, mas que diabo, é preciso também ganhar com categoria (não confundam com balet).

O próximo jogo no Dragão tem de ser para ganhar. Se tal não acontecer, não creio que o futuro próximo do FCPorto seja sorridente. Mas, acabo como sempre: contrariem-me, provem-me que isto é tudo pessimismo. 


15 setembro, 2015

Coisas da campanha...ou

...é preciso ter mesmo muita lata
Paula Ferreira

O cabeça de lista da PaF tirou um coelho da cartola. Apertado pelos lesados do BES, quis fazer boa figura dialogando com quem o insultava e lançou a ideia, tosca, de abrir uma subscrição pública para que os que ficaram sem as poupanças de uma vida possam recorrer à Justiça. Parece brincadeira de mau gosto. E a prudência ou as boas maneiras não recomendam humor com quem está desesperado.
Revelando mais bom senso do que o homem que governa o país, os lesados do BES ignoraram as palavras do candidato da coligação PSD-CDS. Consideram a proposta "indigna de um estadista", palavras do advogado que representa os lesados. E ontem fizeram uma contraproposta: pedem a isenção de taxas e custos judiciais nos processos que vão acionar para tentar recuperar o investimento.
O candidato Pedro Passos Coelho tem agora de voltar a vestir a pele de primeiro-ministro e decidir a resposta a dar a estas pessoas. Uma coisa é lançar ideias na refrega da campanha, outra é decidir perante uma proposta concreta de gente que se diz enganada pelos reguladores, precisamente aqueles que deviam garantir a confiança. Gente que já pouco ou nada tem a perder e que não hesita chamar, olhos nos olhos, mentiroso ao primeiro-ministro.
Tudo parecia correr bem enquanto o governante estava no recato de S. Bento, com as notícias da retoma. Mas Passos Coelho teve de sair à rua, dar a cara pelas políticas que fizeram Portugal sair da crise. E mostrar porquê. Enfim, é a campanha dia a dia, que se encarregará de lembrar a Passos e a Portas que por trás dos números estão pessoas. As que deixaram de integrar a estatística do desemprego, não porque estejam empregadas, mas porque simplesmente esgotaram o prazo para receber o subsídio; os pais que viram os filhos emigrar em busca de emprego, após anos de sacrifício para lhes pagar o curso superior; os reformados que sentiram os cortes brutais; os professores sem escola...
Eles vão andar aí até 4 de outubro. Mais ou menos organizados. E não bastará à dupla Passos/Portas recorrer a Sócrates para justificar todo o mal que aconteceu aos portugueses. Como lhe dizia ontem uma idosa durante uma ação de campanha em Paço d"Arcos, "agora o engenheiro José Sócrates paga por tudo e mais alguma coisa". "Quer que pague eu?", replicou Passos. Apenas pelos quatro anos.

14 setembro, 2015

Uma cidade com vocação empreendedora

E hoje o Porto continua a ser uma cidade com capacidade empresarial, gosto pelo trabalho e vocação empreendedora. Veja-se como o Porto se multiplicou em negócios para aproveitar o atual boom turístico. Ou como o seu tecido produtivo está a evoluir para uma economia do conhecimento, em boa medida devido às startups inovadoras criadas nos ecossistemas de empreendedorismo da cidade.
Relativamente a este último ponto, importa sublinhar que o Porto dispõe de excelentes ecossistemas de empreendedorismo, mercê do número apreciável de instituições do ensino superior, unidades de I&D+i, incubadoras de base tecnológica e associações empresariais sediadas na cidade, como a ANJE – Associação Nacional de Jovens Empresários. Esta massa crítica alimentou um núcleo de empresas intensivas em conhecimento e com perfil tecnológico.
Mas o Porto tem potencial para desenvolver e atrair mais empresas inovadoras. Para além do conhecimento proveniente das universidades e do apoio das muitas infraestruturas de incubação, a cidade garante qualidade de vida. O Porto oferece um clima moderado, beleza patrimonial e paisagística, equipamentos culturais, mobilidade urbana, ambiente cosmopolita, boa gastronomia, segurança e baixo custo de vida.
Há, pois, um conjunto de fatores estruturais que o Porto possui e que fazem da cidade um polo de atração de capital humano, nomeadamente de empreendedores, gestores e investidores com capacidade para dinamizarem a economia local. Resta, agora, potenciar cabalmente esse conjunto de fatores.
Shark TankEste artigo foi escrito por João Rafael Koehler, presidente da ANJE, a convite do P24.

13 setembro, 2015

Arouca, 1 - F.C. PORTO, 3 - Melhor o resultado que a exibição

Image de FC Porto passa teste em Arouca (3-1)
Adeptos do FCPorto em Arouca

O facto de o FCPorto ter vencido este jogo com uma margem confortável não me fez esquecer as dificuldades do costume. Lentidão, demasiados passes para trás e para o lado, enfim, uma tremideira em progredir com a bola que não se compreende. Não creio que por reconhecer a manutenção deste tipo de futebol, me possam acusar de qualquer exagero, até porque duvido que muitos adeptos não tenham sentido o mesmo que eu, embora essa desagradável sensação tenha sido muito  atenuada pelo resultado vitorioso. 

De positivo, e contrariamente ao que mais valorizo no futebol, que é o jogo de equipa e a sincronização de movimentos entre jogadores, devo destacar a estreia auspiciosa de Jesús Corona, com dois golos oportuníssimos, a entrega de Aboubakar, de André André, a classe de Rúben Neves e finalmente o (ainda) tímido perfume de Imbula. Na minha opinião de mero espectador, foram eles que coloriram a exibição e contribuíram para que o resultado não fosse outro. Não porque o Arouca merecesse outro resultado - porque o FCPorto foi superior -, mas porque a equipa ainda mostra fragilidades a assimilar este sistema de jogo e se perde num vai-vem de monotonia que lhe pode custar caro quando tiver de aproveitar as poucas oportunidades que terá para marcar. 

De resto, como esperava, o árbitro, já conhecido dos portistas por não perder oportunidade para prejudicar o FCPorto, mostrou ao que ia. Exibiu cartões amarelos com a discriminação que se lhe conhece, uma série deles para os jogadores do FCPorto, alguns patéticos, intimidou o nosso treinador e só não foi mais longe porque não pôde. Já com os jogadores do Arouca assobiou para o lado a alguns deles que mereciam um apito bem sonoro...

Resumido: tudo está bem, quando acaba bem. Mas, fica o aviso: se a máquina não fôr definitivamente oleada, se os jogadores não perderem o medo de ter bola (às vezes é isso que me parece), se não tiverem fome de baliza, não pressionarem mais à frente e forem um bocadinho mais expeditos, podemos ter de replicar filmes já vistos... Se isto coincidir com a apatia do ano passado da Direcção portista em relação ao colinho dado ao Benfica, podemos vir a arrepender-nos.

11 setembro, 2015

O colinho e a "estratégia" suicida do silêncio

Esta não é a imagem do Dragão actual, bonzinho e lorpa

Faço minhas, as preocupações de Pedro Marques Lopes, plasmadas no jornal A Bola, no qual denuncia, sem os rodriguinhos e os jogos de cintura habituais de certos "adeptos", a sem-vergonhice que impera no futebol nacional.

Como eu, e um grande número de portistas, tenho a certeza que P. Marques Lopes preferia que fosse o presidente do FCPorto, ou alguém por ele mandatado, a denunciar a quem de direito, as obscenidades que já começam a configurar-se com a nomeação dos árbitros para os jogos relativos ao Benfica e nos regulamentos que regem os locais (estádios) dos jogos  previamente calendarizados.

Como bem refere e recorda P.M.Lopes,  a célebre deslocação do  jogo do Benfica com o Estoril para o Algarve, e mais recentemente, com o Arouca, transferido para Aveiro, a situação está a tornar-se escabrosamente insustentável e repetida demais para a podermos considerar inocente. Eu afirmaria mesmo que se trata de uma provocação! Não fossem estas habilidades mexer com coisas sérias (pelo menos, eu quero acreditar que ainda sejam), podíamos continuar a assobiar para o ar, se o remédio fosse tão simples como ignorar. Sucede, é que a época anterior bastou para provar aos dirigentes do FCPorto, que esse método não só não colheu, como resultou na perda de mais um campeonato, excluídos os erros próprios.

O grosso deste perverso problema é que, mesmo que tivessem sido levadas a cabo as denúncias desta situação, a tal figura a que chamo "quem de direito" (FPF + Liga) é na realidade uma abstracção, porque ela mesma foi completamente corrompida, e anda apostada numa desesperada fuga para a frente. Na dúvida, entre escolher o caminho da seriedade e sofrer a pressão dos colaboradores do regime (media), preferem apostar no mais "forte", ou seja, no clube protegido (e temido) por esse mesmo regime. 

Ora, se o diagnóstico é este, e não outro, será inadmissível se o FCPorto perder outra vez o campeonato "fora do campo", por falta de comparência... Se as instâncias reguladoras nacionais não cumprem a sua missão como se impõe, recorra-se então às internacionais, denuncie-se à UEFA, à FIFA, vá-se ao fim do mundo, faça-se tudo o que for preciso, menos calar. Com o FCPorto nenhum clube (até ver) requereu a mudança do estádio. Será por mero acaso? Nem sempre o silêncio é ouro...

Se a Direcção do FCPorto repetir o erro do ano transacto, se ignorar a indignação dos portistas com mais uma época de silêncio, interpretarei pessoalmente tal comportamento, não apenas como uma falta de respeito para com os adeptos em geral, como uma vexante manifestação de cobardia e de capitulação ao centralismo.

PS-O fanatismo e a clubite aguda tem destas ironias, Andam os media regimentais escandalizados com o BPN , com os negócios obscuros de Sócrates, e com a inoperacionalidade da Justiça, mas continuam ceguinhos e calados com estas perversões. Dá para radiografar a integridade da classe...

08 setembro, 2015

Clubes europeus aceitam proposta portista

Karl Rummenigge

"Todos os clubes participantes na Liga dos Campeões e na Liga Europa vão doar um euro por cada bilhete vendido no seu primeiro jogo 'europeu' em casa", anunciou hoje o alemão Karl-Heinz Rummenigge, presidente da Associação Europeia de Clubes (ECA).

Karl-Heinz Rummenigge, que foi também hoje reeleito como presidente da ECA por mais dois anos, disse ainda que foi uma resposta unanime ao convite lançado pelo FC Porto.


"Foi uma decisão unanime face à iniciativa lançada pelo FC Porto e os clubes devem assumir a responsabilidade de ajudar os refugiados, um problema sério e muito grave", acrescentou o germânico, que também é presidente do Bayern Munique.

Cada um dos oitenta clubes participantes nas competições europeias em 2015/16 comprometeu-se desta forma a doar um euro por cada bilhete vendido, cujo montante global, estimado entre dois e três milhões de euros, será entregue a um fundo criado pela ECA.

O primeiro vice-presidente da ECA, o italiano Umberto Eca, representante do AC Milan, disse também que os restantes 140 membros da associação não estão excluídos deste projeto, podendo participar de várias maneiras.

Com amigos destes...

Mariana Mortágua
Ouvi com atenção a entrevista de Paulo Portas à TVI e confesso que, de todos os truques de malabarismo demagógicos a que o vice-primeiro-ministro já nos habituou, a insistência na ideia de um CDS "amigo das famílias" é a mais impressionante. Tempos houve, mais precisamente antes das eleições de 2011, em que o partido de Portas defendia a criação de um "visto familiar", e cito: "Qualquer iniciativa que seja aprovada em Conselho de Ministros requer (...) uma avaliação quanto ao impacto que tem sobre a vida familiar e o estímulo à natalidade".
Estamos em final de mandato e é tempo de perguntar: onde está o visto? Alguém sabe, alguém viu? Não existe, nunca existiu e foi levado na voragem de medidas que foram retirando rendimentos e direitos à esmagadora maioria das famílias.
Gasto o visto, Paulo Portas foi rápido a mudar a agulha. Agora, a quinta-essência da política de proteção da família é... o quociente familiar. Isto para além, é claro, da mil vezes prometida descida da sobretaxa em suaves prestações anuais.
Em Portugal, grande parte das famílias não ganha sequer o suficiente para pagar IRS. Mas todas sofreram, de uma forma ou de outra, os cortes no RSI (203 milhões), no abono de família (437 milhões), ou no do subsídio de desemprego, assim como o brutal aumento da conta da luz, que passou a pagar IVA a 23%.
Por sua vez, segundo um trabalho do "Jornal de Negócios", que usa dados da OCDE, quem paga imposto sobre o rendimento suportou, nestes quatro anos, um aumento de 40%, ou seja, 3900 milhões de euros. Brutal. E se acha que a devolução da sobretaxa resolve o problema, desengane-se. Mesmo que fosse eliminada por inteiro, os contribuintes apenas sentiriam um alívio de 800 milhões de euros. Os restantes 3100 milhões, que continuaríamos a pagar a mais, devem-se aos cortes nas deduções e benefícios fiscais (que em 2011 a Direita considerava um ataque inaceitável à classe média), e à diminuição dos escalões de IRS.
E querem saber que tipo de agregados foram afetados por esta medida? Todos. A começar por um casal, com dois filhos, que receba um rendimento médio, e que viu a sua despesa fiscal com o IRS aumentar 83% (muito mais em percentagem que uma família igual, mas com um rendimento acima de média).
Com tanta coisa, confesso que me ia esquecendo do quociente familiar. Quanto vale ao todo? 150 milhões de euros. Traduzindo por miúdos. Menos de 5 euros por cada 100 que PSD e CDS aumentaram o IRS. A demagogia tem destas coisas. Não precisa da realidade para nada.

04 setembro, 2015

Políticos e jornalistas, almas quase gémeas

Refugiados sírios em fuga

Não era desta maneira que em democracia imaginava ter de lidar com os governantes, mas não vejo outra alternativa. Ocupando lugares, que deviam estar apenas reservados a homens e mulheres íntegros, idealistas e excepcionalmente válidos, os governantes que temos conseguiram transformar-me num  irascível político-fóbico. Quando esta espécie de parasitas violam a minha privacidade, entrando-me pela casa sem avisar através da televisão, chame-se ele Passos ou Cavaco, a minha reacção imediata é procurar o comando para mudar de canal. Não suporto ouvi-los, e não perco um segundo da minha vida a ler o que escrevem. É como um choque eléctrico. Tudo é mais importante para mim, que a razão de existir dessa gente. É triste, não é? Mas é mesmo esse, o sentimento empedernido deste cidadão em relação a pessoas que, em circunstâncias normais devia respeitar, e em circunstâncias excepcionais, admirar. Nem uma coisa, nem outra. 

Ontem, a TVI dedicou um programa a entrevistar um desses inúteis: Paulo Portas. Com um moderador, mais três jornalistas para o interrogar, poder-se-ia pensar que iam preparados para o entalar com as próprias contradições, mas não. A ousadia dos nossos jornalistas não vai tão longe, limita-se a simular irreverência e a constatar, ou então a colar-se ao regime ... 

Numa época em que assistimos a um novo degredo, em que morrem homens, mulheres e crianças, apenas para fugirem da morte certa nos seus países de origem, em que a própria União Europeia, se mostra incapaz de evitar a emigração de portugueses, nada disto faz sentido. Portugal continua a ser um pais de emigrantes, mas os seus governantes dizem o contrário, que não, que o país está cada vez melhor e que o desemprego baixou. Não dizem nunca que o emprego (ridículo) a que se referem, é precário, temporário e sem quaisquer direitos sociais, talvez por ignorância, coitados...

Paradoxo dos paradoxos, ou país de fenómenos de simples explicação, o desemprego sobe, a qualidade de trabalho desce, mas as vendas de Porches e Ferraris aumentam... Lá está, os jornais constatam-no alegremente, e por aí se ficam. Talvez fossem mais úteis se procurassem saber quem são os donos desses brinquedos. É que, excluindo o primeiro prémio do Euromilhões, seria do maior interesse saber quem são, o que fazem e como pagarão aos eventuais empregados, patrões tão abonados. Esses, são temas tabu, para os jornalistas. Mas eles insistem. Teimam em querer convencer-nos que fazem tudo certinho.


02 setembro, 2015

Links para portuense ler

Cidadãos querem todos na rua contra a concessão de STCP e Metro do Porto

Acho muito bem

Um regresso ao passado com futuro

Tanta paixão ao Porto, começa a preocupar-me. Será que andavam todos a dormir, ou só agora foram ao oftalmologista? 

Eu sei, que o efeito Ryanair/Aeroporto/Metro do Porto e muitas outras coisas ajudaram. Mas pôrra, o Porto alguma vez foi uma cidade vulgar? Só lamento é que ainda haja muita urbe por restaurar/habitar. 

Esse é o único lado "feio" da nossa fantástica cidade.



28 agosto, 2015

Processo porta 18? Ou...



...neste cavalheiro nem a Justiça pode tocar?

O testa de ferro, como é habitual em casos como este, é quem vai (irá?) pagar as favas... E, previsivelmente, coerentemente com o novo figurino do JN, sulista, sensacionalista e anti-portista, a direcção trata de salvaguardar a imagem do presidente do clube do regime, antes que as represálias se façam notar. Que nome se terá de dar a esta espécie de fruta?

25 agosto, 2015

Os anónimos às vezes deixam cair a máscara

Por que será que isto não me espanta?

Nem sei como começar. É tanta a decepção com este país - e em particular, por razões de afinidade regional -, com a cidade onde nasci e fui criado, que a minha vontade era deixar de me preocupar com estas coisas e alistar-me no clube dos videirinhos. Mas, para desgraça de certos migueis de vasconcelos que visitam o Renovar o Porto a coberto do anonimato para me insultar, tenho uma má notícia para lhes dar: não vão ter sorte. Eu vou continuar.

Quase apostava que sei quem é o autor desses comentários anónimos, mas como ainda não o posso provar, vou manter comigo (por enquanto), as suspeitas...

Tenho a certeza que a maioria dos leitores que me visitam com regularidade podem testemunhar como vi com entusiasmo a notícia da compra do Porto Canal pela FCPorto Media, SA. Mesmo antes de tal acontecer, já acompanhava com curiosidade, o Porto Canal, porque apesar das conhecidas limitações técnicas e financeiras, sempre abrangia temáticas e áreas geográficas que me eram caras. Assim aconteceu desde o início, ainda o canal era dirigido por Bruno de Carvalho, um ex-candidato à presidência do Benfica... Quando soube do interesse do FCPorto em adquirí-lo, pensei cá para os meus botões, que finalmente o Porto e a região nortenha ia livrar-se das amarras centralistas e melhorar toda a programação e informação.  Pura ilusão. Júlio Magalhães, o homem escolhido pela directoria do FCPorto, foi e é, um autentico flop como director geral. Eu só o conhecia da TVI,  não tinha má opinião sobre ele, ainda que apenas fundada na imagem bonacheirona de apresentador descontraído.

Antes de prosseguir a minha exposição, considero importante para mim e para os leitores colocar-me no lugar do actual director-geral do PCanal, para tentar descobrir como teria agido caso me convidassem para um cargo da mesma responsabilidade e tão mediatizado. Como qualquer mortal ao cimo da terra, a questão do salário seria para mim muito importante, e teria naturalmente de estar relacionada com o tipo de recursos logísticos e orçamentais que me fossem oferecidos. Como não sei em que princípios assentou a contratação de Júlio Magalhães, nem faço ideia se lhe foi exigido um projecto, não me é possível detalhar nem escalonar responsabilidades. O que sei, é o que qualquer espectador interessado e atento pode avaliar com os seus próprios olhos e a conclusão não é positiva. Se fosse eu o autor do projecto, e se este fosse aprovado, é porque me tinha sido garantido à priori o capital combinado para o concretizar. Se me falhassem com as condições estipuladas contratualmente, incluindo as de ordem financeira referentes ao projecto, só tinha um caminho a seguir: sair pela porta grande e agradecer o convite.

Como nada tem sido comunicado aos sócios (eu não sou, mas já fui),  e devia ser, porque o FCPorto é dono maioritário do Porto Canal (detém 82,4% das acções), a partir daí a porta para a especulação ficou aberta. Logo, ninguém de ambas as partes pode queixar-se com o que os próprios accionistas semearam. É que, há uma coisa que parece ainda não ter sido bem assimilada: a propriedade de um canal com ambições generalistas nas mãos de um clube de futebol pode ser incompatível com os interesses do clube e até com a descentralização. Por mais que queiram separar as águas entre serviço público e de clube desportivo, haverá sempre um dia que o choque de interesses será inevitável. E se falarmos de descentralização ou de regionalização, as contradições serão mais evidentes. Melhor teria valido, digo eu, apresentarem-se frontalmente como canal desportivo, porque o que está agora a acontecer é um regresso ao déjà vu, é mais um faz de conta. Inicialmente, fui a favor da ideia de uma televisão mista de informação generalista e desportiva, mas pensando que nunca desistiriam de enfatizar as causas da nossa região, agora assim é retroceder.

Além de mais, a política descentralizadora que teoricamente está a ser realizada pela direcção do Porto Canal, com a abertura de delegações um pouco por todo o país, está a ser feita ao contrário, isto é, sem primeiro acautelar os alicerces e a solidez da sede. Quando a própria sede do Porto Canal emudece e fecha as portas a Rui Moreira, o autarca-mor da 2ª cidade do país - criando outro foco de especulação - e convida autarcas de outras cidades para comentar, algo não anda bem... E quando a sede tem de recorrer tantas vezes a gravações de programas e entrevistas, muitas delas com figuras sobejamente conhecidas através dos canais de Lisboa para preencher os tempos de emissão, não se pode dizer que as coisas estejam no bom caminho.

E repito, é nos detalhes que se podem prever as coisas importantes. E os detalhes mostram-nos coisas que preferíamos não ver, como falhas frequentes de imagem, adereços como mesas e balcões danificados dias e dias seguidos, imagens distorcidas dos comentários, programação descoordenada, camera-mans (ou womans) cometendo erros de enquadramento e focagem (o mais recente, constava de uma reportagem sobre a pesca da sardinha, e as imagens filmadas mostravam repetidamente que eram carapaus). Enfim, um sem número de coisas e coisinhas que impossibilitam o espectador interessado de acreditar que são supervisionadas pelos respectivos responsáveis, incluindo, os accionistas.

Sei que isto não é simpático para os visados, mas é a realidade. E seria melhor que em vez de se deixarem melindrar por verem expostas situações concretas de laxismo, tivessem a humildade de as reconhecer e reparar. Deviam era canalizar essas frustrações para outras latitudes, essas sim as fontes certas dos nossos problemas  tão nefastas para a nossa região e para o próprio país.. Reagir prestando vassalagem a tudo o que vem da capital, é o sintoma mais servil que o norte pode evidenciar, e não o contrário. Eu, para defender a minha cidade e região (sou nortenho assumido), não me inibo de apontar o dedo a quem a ataca, seja essa entidade sulista, ou nortenha. Não me sinto mais português por tratar com pinças de delicadeza pessoas ou instituições que andam há muitos anos a prejudicar-nos. Se eles não gostam de ouvir certas coisas, nós também não temos de gostar do que nos têm feito, nomeadamente, através dos media.

Se o Porto Canal pretende ser uma imitação do que abunda em Lisboa, então não precisa de ir primeiro a Roma, pode atalhar caminho e instalar já a sede em Lisboa. Já me chega o Público, e agora o JN, como maus exemplos de empresas de comunicação "sediadas" no Porto mas com todo o poder na capital. Para esse peditório de hipocrisia e de capitulação, nunca darei. 

PS - A  propósito da vulgaridade de certos programas  pirosos e plagiadores no PCanal, o canal  lisboeta Q, "Altos e Baixos"conhecido pela ironia e crítica mordaz, já descobriu uma fonte de inspiração para trabalhar: o Porto Canal...O que mais me constrange é ver o nome do FCPorto ligado a tanta mediocridade. Aquilo é tudo, menos Porto.

24 agosto, 2015

RECADO A UM GRANDE COBARDE ANÓNIMO ...

QUANDO TE BARBEARES PELA MANHÃ E TE OLHARES AO ESPELHO, COSPE NO QUE VÊS, POIS JÁ TENS MUITA SORTE EM AINDA PODERES RESPIRAR. 


ISTO, CASO NÃO SEJAS UM BATRÁQUIO...



Porto Canal, será mesmo um orgão de comunicação social?

Portistas fazem aposta na tecnologia. 
"Mais transmissões em directo, incluindo de outras equipas do Norte, maior atenção às modalidades, equipa B e camadas jovens, investimento tecnológico para a passagem para o HD, mantendo o orçamento de dois milhões de euros": esta é uma parte da planificação do Porto Canal, segundo Júlio Magalhães, o seu director-geral, com entrada em vigor "no início de Outubro". 
Além disto, "a emissão passa a abrir às 8 da manhã" e haverá "aumento da produção própria diária de 12 para 16 horas e as restantes com programas". Tudo de acordo com a estratégia de expansão segundo uma política "de âmbito nacional e não de cariz regional", pois, além das seis delegações já existentes, "uma delas em Lisboa", a ideia é, "dentro de alguns anos, chegar a todo o País". 
Referindo-se ao canal como "generalista" de "conteúdos muito variados, como cultura, cinema, história, entre outros", Júlio Magalhães destaca a opção feita pela CP "por conteúdos do canal para os seus comboios Alfa". 
Quanto a audiências, "0,3 a 0,4 no plano nacional; no Norte, 0,6 ou 0,7, por vezes um ponto percentual. No último sábado foram mesmo dois pontos", indica. Com uma equipa "que engloba 40 profissionais, 18 dos quais jornalistas", o director lembra que "o Porto Canal nasceu num tempo de crise, mas nunca despediu e o objectivo é reforçar". Além dos estúdios na Senhora da Hora, vão começar obras no Estádio do Dragão para mais instalações.
Nota de RoP:
A ser verdade o que aqui é anunciado (e tenho reservas, porque já fui defraudado várias vezes com declarações de Júlio Magalhães), impressiona esta mania doentia de "informar" através dos meios mais improváveis, no caso no  Económico Digital, o que pode explicar tudo. Para Júlio Magalhães, é no Diário Económico que os nortenhos e os portuenses buscam informação...
Mas, não é apenas Júlio Magalhães quem tem todas culpas do cartório, porque ele é apenas um director incompetente, são os accionistas/administradores que o designaram para o cargo. E são responsáveis por não se dignarem informar e esclarecer regularmente - já nem digo os adeptos - , mas sobretudo os sócios do FCPorto do que têm projectado para o canal,  porque são parte interessada no negócio, particularmente por não vislumbrarem qualquer evolução, quer na programação, quer nos conteúdos informativos. 

23 agosto, 2015

Que FCPorto queremos para este ano? Mais do mesmo?


JULEN  LOPETEGUI

Não há portismo sem sentido crítico. Quero com isto dizer que, como portuense e portista que não se limita a gostar do Porto pelo que faz, ou não faz, o seu clube mais representativo, comunico aos leitores mais sensíveis que não terei esta época a tolerância e a paciência que tive na que passou. Sou censor severo da crítica irracional, ou do assobio estérico, mas nunca deixarei de escrever o que penso para agradar, ou desagradar a alguém.

Durante o decorrer da temporada passada estive sempre com o treinador Lopetegui, nomeadamente quando o deixaram sozinho frente a uma comunicação social hostil ao FCPorto, ignorando o facto de este desconhecer a realidade portuguesa e o relacionamento do nosso clube com os media. Uma falha clara e de algum modo estranha de Pinto da Costa, que nos tinha habituado a atalhar caminho sempre que alguém ousasse prejudicar o FCPorto. E não aceito a desculpa da idade. Se já não se sente com capacidade para dar o corpo às balas, só tem uma solução: é mandatar alguém da sua confiança para o fazer.

Mas não foi só nesse aspecto que estive com Lopetegui, foi também quando toda a gente questionava a rotatividade que ele decidiu aplicar na composição das equipas. Pareceu-me natural e sensato que o fizesse, visto ser tudo novo para ele quando cá chegou. Além de que a originalidade é para mim uma virtude, não um defeito. Há quem goste muito de evocar fábulas como se de matemática se tratasse quando se fala de futebol. Abusa-se delas. Termos como, "no futebol não há nada para inventar" , deviam ser banidos do vocabulário futebolístico, porque ao usá-lo, sem se darem conta, estão a negar a revelação de novos talentos, daqueles jogadores que arrastam multidões ao futebol, como Pélés, Maradonas e Messis. No futebol, como na arte, há tudo ainda para inventar. 

Um ano de adaptação a um clube como o FCPorto, é mais do que suficiente para o conhecer e para ganhar embalagem ganhadora. Um ano, note-se, se levarmos em conta as novas engenharias contratuais em que a necessidade de realizar capital obriga o clube a vender os melhores jogadores e a admitir outros emprestados, com, ou sem opção de compra. Nestas condições, porventura incontornáveis, os riscos de insucesso são maiores, quer para o treinador, quer para o próprio clube. Mas cabe sempre ao treinador (o contratado) aceitá-las, ou não. Se as aceita, já não pode (não deve) defender-se à posteriori de eventuais dissabores com o argumento da perda de jogadores fulcrais. No caso vigente, saíram 7 ou 8, mas entraram outros tantos igualmente promissores. Portanto, para resumir, Lopetegui já não tem margem de manobra para falhar.

Já tinha aqui referido, no jogo de abertura contra o Victória de Guimarães, que ainda tinha visto alguns "vícios" do passado recente. Ontem, voltei a observá-los (para pior), e o resultado foi o que se viu... Em que ficamos: serão os jogadores que não carburam, ou é o treinador que não consegue deles extrair o melhor rendimento? Uma coisa eu sei. No seu sistema de muita posse de  bola, falta o mais importante: pô-lo funcional. É preciso passar bem, evoluindo na direcção atacante com desmarcações muito bem treinadas, com os jogadores a trocarem posições mas com (como agora se diz) critério, ou seja, com objectividade, não na para as linhas laterais (como costuma fazer Brahimi), mas para o centro da baliza. É visível e notório que Brahimi não é um extremo, não gosta de descer o corredor para cruzar, a sua posição no terreno favorita (no meio) está mal explorada.

Queria evitar de entrar pelos campos técnico-tácticos, mas alguma coisa está a falhar neste modelo de jogo de Lopetegui que não consegue pressionar logo pela linha atacante. Os jogadores da frente simulam a aproximação aos adversários quando a bola está em seu poder, mas sempre muito distantes, o que os obriga a recuar (os que recuam), misturando-se com os médios, só passando a controlar o jogo desde esse sector. As probabilidades de roubar a bola aos adversários nestas condições são mais remotas e menos passíveis de sucesso porque raramente conseguem desorganizar e surpreender os defesas. Isto é tão óbvio que até no Dragão pudemos ver várias equipas a pressionar confortáveis. Portanto, sou levado a concluir que esta história da posse de bola e com este estilo de jogo não traduz obrigatoriamente domínio. 

Como já tenho dito outras vezes, esta é a minha percepção do futebol que continuo a ver nas equipas de Lopetegui. Vale o que vale, mas é a minha opinião, aquela que me parece mais realista. Por isso, se Lopetegui não encurtar a distância que lhe falta para olear a equipa e formar os jogadores para uma dinâmica de futebol de ataque produtiva, duvido que tenha paciência para sofrer o que sofri  a época passada (já disse que não sou masoquista). E cheio de razão.


PS-Por favor, poupem-me com a ladainha do "ainda estamos a começar". Já nos chegou que o Presidente decidisse falar quando já nada podia resolver.

17 agosto, 2015

Mas, será possível manter o "casamento" entre o JN e o Porto Canal?

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Proença de Carvalho (Administrador do JN)
Como já aqui foi referido em várias ocasiões, perdi a confiança na nova administração e direcção do Jornal de Notícias. Os sinais são por demais claros, e só estranhava (e ainda estranho) que o Presidente Jorge Nuno Pinto da Costa, deles não parecesse ter-se apercebido e mantivesse o seu nome na caixa reservada ao Conselho Editorial do jornal. Mesmo que, há poucos dias, tenha finalmente produzido declarações de suspeita sobre a nova linha editorial do JN, a verdade é que Pinto da Costa ainda deve estar à espera de um flagrante delito para se decidir a tomar uma decisão. Compreende-se que para um homem com as responsabilidades e compromissos do presidente portista seja difícil radicalizar decisões, pois é sabido que no mundo dos negócios gravitam todo o tipo de pessoas com interesses cruzados com as quais é preciso saber lidar de molde a não os comprometer. O mal está mesmo aí, nos compromissos, ou se quisermos ser práticos, no dinheiro. A questão é que às vezes pode perder-se a razão por não se querer perder negócios...


Afonso Camões (Director Geral do JN)
Deixei - como aqui afirmei em post há uns dias  - de comprar diariamente o JN, embora para acompanhar a sua marcha sensacionalista, rumo ao centralismo, continue a consultá-lo gratuitamente num qualquer local público, online,  ou in extremis, a comprá-lo apenas e só quando tal se justifique. O hábito antigo e rotineiro de comprar o JN para o ler, isso acabou. É triste, mas a verdade é que os portuenses não têm um único jornal ou órgão de comunicação social que não tenha soçobrado ao centralismo, incluindo o Porto Canal, do FCPorto. E quando digo soçobrar, estou apenas a dizer que mais um jornal do Porto e da região norte perdeu autoridade,  prestígio e a pouca autonomia que ainda tinha.

Foi assim, "vacinado" contra manhas centralistas, que quando lia a página dedicada ao "CRIME" do JN de hoje, onde se noticiava em duas páginas o apertar do cerco da Justiça aos seguranças da noite, dei comigo a pensar: "palpita-me que isto ainda vai sobrar para o FCPorto ... Ergo o olhar para a o alto da página direita (5) e não é que o pressentimento bateu certo?  Não podia falhar, lá estava: "Segurança: O patrão da noite do Porto e os seus homens foram vigiados em diversas ocasiões, a guardar as costas ao presidente do FCPorto, Pinto da Costa, apesar de não estarem legalmente autorizados a fazê-lo. Também o ex-presidente do Sporting, Godinho Lopes era cliente da SPDE". Na mesma página e em destaque noutro artigo do mesmo âmbito, lá estava outra vez o FCPorto na baila, agora assim: "Nos últimos anos, a SPDE tornou-se famosa pelos serviços de segurança e protecção pessoal prestados ao FCPorto,aos dirigentes, treinadores e futebolistas do clube...". Mais à frente, ainda relacionado com o caso dos seguranças: "o caso conta com mais arguidos , entre os quais o vice-presidente e director geral do FCP, Antero Henrique, que numa busca domiciliária, tinha 70 mil euros em dinheiro vivo".

Tudo isto é objectivo e nada é inocente. Se o problema para o JN passa pela ilegalidade, não se consegue aceitar que, por exemplo, nunca tenha tido a mesma preocupação com as claques do Benfica, quer com as suspeitas pesadíssimas e já antigas que gravitam à volta de Luís Filipe Vieira e dos capangas que o acompanham desde sempre. É estranho, mas o JN assobia para o ar. Tudo por acaso. Desperta e pula de tesão quando o nome do FCPorto ou alguém a ele ligado pode ser posto em causa. Mas para mim tudo isto não é novo. O que estranha e muito, é a permissividade do FCPorto e o seu inócuo canal de televisão.

Do corpo administrativo do Grupo Global Media de que faz parte o JN, nenhum é do Porto e o Director do JN é natural de  Castelo Branco e... adivinhem: benfiquista. Surprise? Nem por isso.

16 agosto, 2015

FCPorto melhor, mas com tiques chatinhos


Em poucas palavras direi o que penso do jogo do FCPorto com o Victória de Guimarães.

Primeiros cinco, seis minutos irritantes da equipa do FCPorto. Tal como na época passada, permitimos que a equipa forasteira pressionasse alto no sentido de aproveitar a habitual lentidão organizativa do FCPorto para assim tirar partido do efeito surpresa. Algo que o treinador e os jogadores do FCP já deviam esperar, visto que foi assim que a maioria das equipas jogaram no Dragão e nos complicaram a vida. É para mim, à imagem do que sucedia o ano passado, o maior calcanhar de Aquiles do FCPorto, dar a iniciativa da pressão alta aos adversários. É uma situação que urge corrigir, sob pena de começarmos a repetir dissabores passados, mesmo em nossa casa. Por essa razão, as linhas do meio-campo começaram o jogo muito recuadas dos avançados e só a partir dos 10 minutos conseguiram contrariar as ofensivas do adversário.

A partir daí, o FCPorto conseguiu realizar um jogo interessante, sem ser propriamente brilhante, com o fabuloso Aboubakar, o empenhado Varela em conjunto com Danilo e posteriormente André André, a fazerem a diferença. Destaque também para Casillas, que não sendo muito solicitado cumpriu quando lhe era exigido.

Uma victória justíssima, mas com muito coisa a corrigir. 

13 agosto, 2015

Caro Lopetegui...


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... por que será que depreciei estas suas recentes declarações?

  1. Rivais mudaram menos, e reforçaram-se bem...
  2. Metade dos titulares saíram...
  3. A pressão é a mesma desde o primeiro dia...

porque:
  1. quis dizer [involuntariamente] que o FCPorto se reforçou muito em quantidade, e mal em qualidade?
  2. se está a desculpar para uma eventual escorregadela no primeiro jogo?
  3. lida bem com derrotas?

Não quero chegar ao fim da noite de sábado com a convicção que as suas palavras pressagiavam algo de pouco brilhante, porque se assim fôr, é porque nos estava a dizer (sem o dizer) que ainda não acredita no plantel que tem, o que não é bom sinal. 

Caro Lopetegui: contrarie-me por favor. Diga aos seus pupilos que o jogo de abertura é para ganhar. Que é o jogo da vida deles, que têm de deixar a pele em campo, e que a victória é o único resultado possível no Dragão. Os portistas odeiam empates em casa e não admitem uma única derrota. Diga-me apenas que estava mal disposto quando falou. Não havia necessidade...


Saudade de uma Democracia que ainda não existe


Recordo, com saudade e simultaneamente tristeza, o ano de 1995 e a manifestação de repúdio promovida por várias figuras públicas da cidade do Porto (Câmara, actores e gente ligada à cultura) contra a venda do Coliseu do Porto à IURD (Igreja Universal do Reino de Deus) cuja determinação e sentido cívico evitou a concretização do negócio e que um ícone cultural da cidade fosse parar às mãos de oportunistas sem escrúpulos.

Passaram-se 20 anos, e quando muitos pensavam que a ousadia de açambarcar património aos portuenses jamais se repetiria, foi exactamente o contrário que sucedeu. Desde então, o Porto perdeu emissoras de rádio, o jornal Comércio do Porto, o jornal Público, e mais recentemente, tudo aponta para que perca o Jornal de Notícias, na forma e no conteúdo... O Primeiro de Janeiro ainda existe, mas é como se não existisse, tal a irrelevância da sua popularidade, pelo que, constitui um verdadeiro caso de estudo saber o que explica tão estranha sobrevivência... Podia também falar do longínquo Norte Desportivo, dos Bancos, das Companhias de Seguros que entretanto se extinguiram, ou que passaram para a capital, enquanto isto a que ainda chamam democracia percorre o seu lento percurso de abstracção até à autofagia final.     

Já não é novidade para ninguém que a principal responsabilidade para tal colapso se deve às políticas centralizadoras de sucessivos governos, consentidas pela inexistente resistência de cidadãos, políticos, jornalistas e empresários da região, a essas mesmas políticas. O poder político sabemos, está na capital, é um facto. Mas nem todos que governaram o país desde o 25 de Abril são de Lisboa, é preciso dizê-lo (alguns são do Porto e do Norte), o que não isenta os lisboetas das suas responsabilidades em matéria de centralismo, que para quem ainda conhece mal o significado, quer dizer: discriminação! Discriminação política, económica, social e também desportiva.

Bem, aqui chegado, que posso eu dizer que já não tenha dito antes? Que relevância tem a opinião de um cidadão como eu por mais razoável que ela seja numa democracia postiça? Nenhuma, excepto usar a palavra como purga, já que não posso defecar políticos regularmente, ou dar-lhes voz de prisão justamente, como gostaria (além de Sócrates, há muitos, e de outros partidos a dever-lhe companhia na prisão).

Dizia ontem a filha de Marcelo Caetano, Ana Maria Caetano, em entrevista à RTP, que não acreditava na Democracia. Vindas da sua boca estas palavras, até me podiam chocar. Mas não. Para falar verdade, descobri nela uma franqueza e uma dignidade que não vejo nos que passam o tempo a bater no peito tecendo encómios à Democracia, mas que não se coibiram de a abastardar todos estes anos [41!] com esquemas, homicídios e jogos de corrupção. Quase lhe dei razão, e digo quase porque no fundo da minha boa fé, me recuso a aceitar como utópica uma Democracia edificada por cidadãos e políticos de carácter. Essa Democracia é possível, é tolerante, é legal, mas não permissiva nem idealista. Utópica, e socialmente corrosiva, é a que os políticos que tivemos e temos ainda defendem. Uma democracia protectora para eles (ditadura liberal) e tremendamente dura e ineficiente para a população.

Receio bem que os nortenhos, e em particular os portuenses, continuem a priorizar o clube de futebol como fonte de energia reivindicativa, porque pode consolar mas não resolve os seus (nossos) problemas. Continuamos a lamentar-nos da discriminação (eu incluído), mas nada conseguiremos mudar se não formos mais interventivos e corajosos na quota parte que nos cabe. Há demasiada gente acomodada ao desconforto, à liberdade condicionada pela ameaça de desemprego. Mas, é por aí que as coisas têm de começar. Há que aprender a dizer não.

  

12 agosto, 2015

Anonimato (repetição)

Foi em 03 de Julho do ano passado que publiquei este post. Hoje, decidi voltar a publicá-lo para refrescar a memória dessa espécie abjecta de gente que se identifica como "Anónimo", mas que gosta de ser tratado como gente, na esperança que compreenda de uma vez que o insulto furtivo é o auto-reconhecimento da própria cobardia. E, não vale a pena, porque vão directamente para o lixo. 

11 agosto, 2015

Seis dias, €762 euros: como um turista experimenta o Porto e o Norte

O turista que chegou por via aérea e visitou o Porto e o Norte de Portugal entre abril e junho fica uma média de seis dias, prefere hotéis no Grande Porto, experimenta a gastronomia e gasta uma média global de 762 euros.
Um estudo a que a Lusa teve acesso sobre o "Perfil dos Turistas do Porto e Norte de Portugal - 2.º trimestre" indica que a maioria dos turistas que visitou a região é casada, vive em agregados familiares com duas a três pessoas, tem idades entre os 26 e os 50 anos, pertence às classes média e média-alta, tem rendimentos familiares mensais entre mil a três mil euros e formação ao nível do ensino secundário ou do ensino superior.
Os turistas que ficam a pernoitar no grande Porto preferem alojar-se em hotéis (40%), pensões (21,1%) e casa de familiares e amigos (28%).
O turista fica em média de seis noites na região e gasta uma média global de 762 euros, sendo que pela estadia gastou uma média de 389 euros, um valor inferior ao alcançado no trimestre homólogo, em 2014, que se situava nos 487 euros. Aquele decréscimo reflete a diminuição dos tempos de estada média na região.
Os turistas brasileiros são os que gastam mais no Porto e Norte de Portugal - com um consumo médio de 98 euros por pessoa e noite - e são também os que permanecem mais tempo na região. Já os luxemburgueses, belgas, suíços e franceses são os gastam menos, variando entre 33 e 51 euros.
A maioria dos turistas dormiu na cidade Porto (45,2%), Gaia (19,6%) ou Maia (13,1%), principalmente os que viagem de férias ou em negócios, embora os que vêm visitar familiares e amigos pernoitaram em Matosinhos (9,8%), Valongo (6,5%) ou Gondomar (5,3%).
Depois do Grande Porto, os turistas elegem Braga como a cidade onde preferem pernoitar. Guimarães, Póvoa de Varzim, Viana do Castelo, Chaves e Espinho são as outras localidades com mais incidência de pernoita.
Experimentar a gastronomia é a principal atividade praticada por 96% dos turistas que visita a região, revela o estudo mais recente sobre o perfil do turista que veio ao Porto e Norte de Portugal. Passeios de carro (67%), observar a paisagem (57%), gozar a animação noturna (53,1%), fazer compras de artesanato (44,0%), visitar o Vale do Douro (34,6%) e visitar monumentos, como as Caves do Vinho do Porto (27,3%), são outras das atividades mais praticadas na região.
O principal atrativo que os turistas destacam na região é a "hospitalidade", logo depois os "voos de baixo custo" das companhias aéreas, o "alojamento", a "gastronomia", "os vinhos e as paisagens". Um dado do estudo a destacar é que a maioria dos turistas inquiridos (71%) já tinha visitado a região norte de Portugal, com exceção dos turistas em negócios (56%), que nunca tinha visitado a zona.
O principal motivo para os turistas estrangeiros visitarem o Porto e Norte de Portugal é o facto de estarem de férias e a principal razão que os traz à região é sem dúvida a "beleza natural", seguida do "Vale do Douro" e "gastronomia", lê-se no estudo, que refere que as outras motivações são a "visita a familiares/amigos e os negócios", designadamente para "reuniões de trabalho" ou "vendas de serviços".
Os principais mercados emissores de turistas estrangeiros ao Porto e Norte de Portugal continuam a ser a França, Espanha, Suíça, Alemanha e Reino Unido. As companhias aéreas mais utilizadas para a viagem destes turistas são TAP (31,6%) e a Ryanair (29,2%), seguida pela Easyjet (13,3%) e depois Transavia (5,5%) e Lufthansa (5,0%).
O estudo foi realizado pelo Instituto de Planeamento e Desenvolvimento do Turismo (IPDT) no segundo trimestre deste ano - abril, maio e junho -, em parceria com a Entidade Regional de Turismo do Porto e Norte de Portugal e o Aeroporto Sá Carneiro. Os inquiridos selecionados para a amostra foram 418 turistas, que se encontravam na sala de embarque do aeroporto a aguardar pelo voo.
(fonte:Lusa)

10 agosto, 2015

Eu, treinador de bancada, penso de que...



...nada me impede - como diria o saudoso professor Hernani Gonçalves que tive o prazer de conhecer pessoalmente no final dos anos oitenta - de dar uns "bitaites" sobre o que penso acerca das tarefas de um treinador de futebol, sem que isso me torne numa espécie de José Mourinho frustrado.

Vem isto a propósito das prestações da equipa do FCPorto na pré-temporada e dos jogos que pudemos observar durante o respectivo estágio e que, pelo que vou lendo na blogosfera portista, anda a preocupar muitos adeptos. Do meu ponto de vista, e pelo que li, não me parece que essas preocupações sejam exageradas, apesar de ainda agora estar a começar o campeonato. Há limites para tudo, até para a paciência e  dar tempo ao tempo.

Como muitos desses adeptos, essa inquietação prende-se com o modo (ainda) algo instável de jogar da equipa do FCPorto e com alguns vícios verificados na época passada, que parecem manter-se, e que trouxeram alguns amargos de boca ao nosso clube, não obstante a boa prestação na Champions League, o mais grave dos quais foi a impossibilidade de conquistar qualquer troféu.

De positivo para a nova temporada, além da contratação de alguns bons jogadores, é não vermos tanta contenção de bola na rectaguarda, nem tantos passes lateralizados ou atrasados, apesar de, aqui e ali, se notar uma certa tendência para emperrar o jogo nas laterais. Dado, mais uma vez, termos contratado cerca de 8 novos jogadores, excluindo os que transitaram da equipa B, receio que para o treinador isso possa significar uma tarefa acrescida em termos de adaptação ao seu estilo de jogo, facto que tive oportunidade de enunciar pouco antes da época terminar como um eventual problema.

Acho muito interessante os comentários portistas que vou lendo sobre esta matéria (alguns dos quais subscrevo), para ultrapassar a questão relacionada com a (ainda) baixa profundidade do jogo portista e que explica a falta de golos. Uns, reclamam um ponta de lança de créditos firmados, outros, bons extremos, que saibam subir e cruzar com qualidade para a área, e outros um médio ofensivo para desbloquear as defesas contrárias e com isso criar desequilíbrios. Para mim, acho que algumas destas opiniões são aceitáveis e se justificam. O mistério para mim, é desconhecer o que pensa Lopetegui e a estrutura directiva sobre este assunto, já que a este nível, não sei até que ponto o treinador pode "burilar" tecnicamente os jogadores que tem para as tarefas, em que o plantel, chamemos-lhes assim, está mais "manco".

Já no que concerne a equipa B, constituída por jovens com grande margem para evoluir, não penso o mesmo. O treinador tem outro tipo de responsabilidades, é mais um corrector de hábitos, e movimentos. O treinador dos B tem naturalmente menos pressão, dispõe de mais tempo, e porventura de mais liberdade para "educar" os seus pupilos, para lhes corrigir os defeitos e as tendências para fazerem as coisas à sua maneira, para o individualismo exagerado, para jogarem sem levantar a cabeça, para recearem rematar de primeira, etc., etc., etc. Tudo isto, repito, até prova em contrário, é um dos trabalhos básicos mas fundamentais de qualquer treinador do escalão  júnior. Ora, não é essa conclusão que retiro quando vejo as equipas de Luís Castro a jogar. Sigo amiúde os jogos da B, e noto pouca ou nenhuma evolução de ano para ano no modo de jogar de alguns jogadores, com demasiados toques, pouca objectividade e uma parcimónia irritante para atacar a bola na hora H. O ano passado, estive desde o início à espera de ver esses vícios corrigidos com o avançar da época, e fiquei completamente defraudado. 

Não conheço o Luís Castro, por isso, não tenho nada contra e até tenho uma óptima impressão dele enquanto pessoa, mas sinceramente, não posso deixar de apontar-lhe o dedo acusatório pela lenta evolução de muitos jogadores da cantera portista com talento para dar e vender, mas que precisam urgentemente de alguém que lhes diga o que devem e não devem fazer, e que os saiba disciplinar como mandam os livros, caso não lhe obedeçam...

Se porventura estiver enganado, se a um treinador de júniores não é exigido o trabalho que atrás enunciei, espero que alguém mo comunique, porque nesse caso, até eu sirvo para treinador.  


09 agosto, 2015

Sara Carbonero cita Almeida Garrett: “Saudade é o delicioso pungir de acerbo espinho”

SARA CARBONERO a bela musa da inveja lisbonária


Mesmo antes de saber que iria viver em Portugal, já a palavra "saudade" a tinha conquistado, escreve Sara Carbonero no seu blogue na revista "Elle". "Trata-se de um estado de ânimo e descreve emoções difíceis de expressar, sendo usada para expressar uma certa nostalgia, embora seja mais do que isso", explica Carbonero.
E para que dúvidas não restem do seu conhecimento e interesse pela literatura portuguesa (e também pela brasileira, já que num texto anterior citara Paulo Coelho) cita Almeida Garrett: "saudade é o delicioso pungir de acerbo espinho", é a "presença da ausência".
Passaram apenas cerca de 15 dias desde que chegou ao Porto, mas Carbonero parece ter já cedido à aura "boémia" e "beleza inquestionável" da cidade, que descreve como um lugar de "caminhantes", "onde se pode observar entardeceres e tomar um café", lê-se também no texto.
A mulher de Casillas diz estar ansiosa por poder percorrer as ruas da cidade, visitar as suas igrejas e passear "relaxadamente" entre as "casas coloridas da Ribeira". Compara ainda a Ponte de D. Luís à Torre Eiffel, em Paris, dizendo que ao caminhar sobre a primeira se tem a sensação de estar sobre a "emblemática torre francesa".Mas o percurso que mais deseja fazer é aquele que a levará à Livraria Lello. "É uma das livrarias mais bonitas do mundo", escreve Carbonero, e nem o facto de não se poder tirar fotografias no seu interior a parece desencorajar. "É um desses lugares que ficam gravados para sempre na nossa memória e na nossa retina", seja pela sua escadaria de madeira, seja pelas estantes altas cheias de livros e a "mistura de estilos neogótico e art nouveau".

Ah! Parece que temos outra vez Presidente. Será para valer?

Pinto da Costa

Retomo o trabalho no Renovar o Porto apresentando aos leitores e amigos os melhores cumprimentos, esperando que tenham passado umas boas férias, e desejando aos que ainda não as gozaram que as aproveitem da melhor maneira possível (que se lixe a austeridade).

Para começar, nada melhor que falar do FCPorto, que esta tarde mesmo se apresentou aos adeptos no magnífico estádio do Dragão repleto de gente.

Numa primeira análise, parece-me que vamos ter um conjunto de jogadores suficientemente bons para formar uma grande equipa, embora me pareça persistir ainda alguma falta de profundidade atacante no último terço do campo, principalmente no aspecto da concretização. Quer Aboubakar, quer Dani Osvaldo raramente foram bem servidos pelos extremos para poderem chutar à baliza nas melhores condições, não sendo por isso de espantar a falta de golos. 

Ainda é cedo, é verdade, mas de hoje a oito, já é a sério, e as ocasiões de golo têm de ser muito mais frequentes para podermos amealhar os três primeiros pontos do campeonato. O sector defensivo pareceu-me consistente, os médios versáteis e talentosos, embora algo presos a desmarcarem-se e com os movimentos ainda mal definidos. Temos uma semana para afinar a máquina, uma semana para desligar de vez o complicómetro para chutar à baliza e para ensinar os rapazes que a melhor maneira para o conseguir quando a bola teima em não entrar, é atacar, atacar, atacar, e... rematar. A posse da bola pela posse da bola, porque sim, não chega para fazer golos. Continuo a achar que a equipa ainda sente algum desconforto quando pressionada e parece-me que continuamos a pressionar com pouca consistência, apesar da tal posse de bola...

Vamos confiar que no próximo sábado tudo isto não passe de recordações próprias de princípio de temporada, que o Guimarães saia do Dragão sem causar qualquer tipo de problemas e que os árbitros comecem a ganhar vergonha na cara, que é coisa que parecem ter perdido. Por incrível que pareça, os cartões amarelos mostrados exclusivamente a dois jogadores do FCPorto num jogo amigável, podem indiciar a manutenção do colinho com os clubes da capital, e a continuidade da discriminação para com o nosso clube.

Finalmente, e por falar em vergonha e de árbitros, fiquei contente por observar que finalmente Pinto da Costa já percebeu que o Jornal de Notícias  já não é fiável... Finalmente reconheceu que é um jornal pouco interessado no Norte e ainda menos no FCPorto. Modéstia à parte, senhor Pinto da Costa, eu já tinha chegado a essa conclusão praticamente desde que a actual Direcção/Administração do JN tomou posse, sendo a primeira causa do meu divórcio enquanto leitor assíduo desde uns anos a esta parte. 

Hoje, no Porto Canal, Pinto da Costa foi admitindo que agora o JN anda pouco interessado em focar o que de positivo se passa no FCPorto e mostra-se mais propício a explorar tudo o que possa afectar a imagem do clube... Talvez seja o momento, caro Presidente, de pedir para riscarem o seu nome do Conselho Editorial do jornal para que pelo menos as pessoas percebam a coerência das suas declarações, digo eu.

Mas, seja como fôr, é bom tê-lo de volta, caro Presidente. É bom que continue atento ao que se passa também fora das 4 linhas, "onde se fazem as coisas pelo outro lado" e se ganham campeonatos.