16 outubro, 2009

John of God Pine Tree ou os comidos por lorpas

John of God Pine Tree, vulgo João de Deus Pinheiro, ex-ministro e ex-comissário europeu, prócere do cavaquismo e sem obra política notável, lisboeta retinto, ou melhor, verdínto, porque a alface é verde, fez-se eleger deputado, como cabeça de lista do PSD, por Braga. Participou em debates, analisou problemas do distrito, fez promessas. Deu até lustro ao ego dos bracarenses - os citadinos - falando-lhes de Braga e da sua importância como contraponto ao "portocentrismo" - é assim que se ganham votos em Braga.
Os debates em que o senhor interveio, a par com igual pára-quedista do partido irmão, foram transmitidos por TV's, rádios locais e até blogues. Não tenho memória de alguém lhe ter perguntado se o mandato era para cumprir ou se andava ali só a trabalhar para a manutenção dos seus níveis de militância fazendo o frete de andar a aturar os parolos lá do Minho durante duas semanas.
Os bracarenses vão ser agora representados por um jotinha que não foi capaz de arregimentar votos suficientes para se fazer eleger e que o povo claramente rejeitou porque impediu que o PSD elegesse deputados suficientes que cobrissem o lugar que o imberbe ocupava na lista.
Cada povo tem o sistema político que merece. Mas há quem mereça mais que outros.

4 comentários:

  1. Sinal dos tempos. Por quanto tempo mais?

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  2. Muitíssimo bem obervado!
    Aqui está um exemplo claro que este sistema eleitoral é uma trampa. Os bacanos indigitados pelos partidos aos círculos eleitorais fazem apenas uma perninha pela militância e, claro, pelo "tachito" lisboeta. Na sua generalidade nada têm em comum com o círculo para os quais concorrem, desconhecendo assim a complexidade e as dificuldades das gentes e das regiões.
    Os partidos brincam com as pessoas e estas não percebem ou fazem que não percebem.
    Veja-se o candidato (eleito) do CDS-PP ao círculo eleitoral do Porto: Ribeiro e Castro. Como se sabe, este sevandija é um daqueles que declaradamente odeia o Porto e os seus símbolos. Ainda assim, uns paspalhões votaram no partido que representava e elegeram-no.
    É pois imperioso, também, obrigar à efectiva representatividade das centenas (outra coisa a combater) de deputados pelos círculos a que se candidatam ao parlamento lisboeta-republicano.
    Tomem por exemplo o sistema inglês. Sabemos de situações em que, as populações "correram" com o seu representante nos comuns porque aquele não trabalhava em prol dos interesses dessas pessoas / regiões.
    Manter o que está, é permitir o aniquilamento das regiões em benefício das cúpulas partidárias, que vendidas ao eixo Lisboa-Cascais, só conseguem observar o país através do postigo lisboeta...

    Uma vez mais, parabéns pela excelência e oportunidade deste post. Há esperança para o Norte!

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  3. Este caramelo de joão de "Deus" não
    tem nada.
    Talvez lhe ficá-se melhor o nome
    joão "Pilátos" ou joão "Judas".
    Este Mouro é mais um artista
    português da política.

    Destes vendedores de Banha da Cobra
    já nós temos cá muitos.

    A este artista... com todo o meu
    desprezo.
    Desejo a todos um bom fim de semana.

    O PORTO È GRANDE VIOVA O PORTO.

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  4. O nivel da política portuguesa está numa espiral descendente e entrou numa fase de pouca-vergonha que se calhar é pior que a bandalheira que dizem ter sido os primeiros anos da República. Isto um dia dá um grande estouro e muita gente que não tem culpa nenhuma vai sofrer. Os responsaveis claro que se safam para o estrangeiro para gozar as suas contas numeradas.
    Bom fim de semana para todos.

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