Negativo. A este propósito apetece-me contar-vos o que aconteceu comigo há cerca de 20 anos.
Circulava eu numa estrada secundária, que seguia de Torrados para Felgueiras, quando, ao passar por um entroncamento e, apesar de ter tomado as devidas precauções, uma camioneta chocou contra a minha viatura, vinda da estrada que entroncava com a que eu percorria. Como conhecia relativamente bem aquela zona, por lá ter de me deslocar frequentemente, sabia que tinha prioridade sobre a outra e, pelo que percebi, o camionista também.
Para além de um corte na cabeça nada mais sofri, mas o mesmo já não aconteceu ao meu carro que ficou com o lado direito completamente amolgado. O homem, reconhecendo a asneira, saiu imediatamente e veio ao meu encontro para ver se me tinha sucedido algo de mais grave. Controlado o susto, não foi difícil chegarmos a um acordo no local e, chamada a GNR, dirigimo-nos ambos para Penafiel para apresentar a devida participação na companhia de Seguros do motorista. Ali chegados, o motorista assinou uma declaração de culpa.
Passados alguns dias há uma peritagem das companhias de seguros e constata-se que o sinal STOP que era suposto existir na estrada onde circulava o camionista já lá não se encontrava!
Conclusão: entram os advogados. Depois de muitos incómodos, o melhor que consegui foi a partilha dos prejuízos com o causador do meu acidente. Tudo isto porque (e aqui, é que o caso tem relação com a notícia linkada), nunca se chegou a apurar sobre a quem cabia as responsabilidades pela manutenção e sinalética da referida estrada! Ora se dizia que era da D.G.E, ora que era das Estradas de Portugal, ora que era da Câmara, ou da DNE. Resultado desta confusão: eu é que me tramei.
Daí que, ninguém me convence - nem o mais erudito advogado - que estas constantes alterações da nomenclatura de organismos deste tipo, servem principalmente para os desresponsabilizar de obrigações perante os cidadãos.
Agora esta, é só mais uma. Cansaram-se da DGV para passar a chamar-se IMTT (Instituto de Mobilidade e Transportes Terrestres). E ainda temos a Brisa, a Junta Autónoma de Estradas, etc., etc.,
Vão ver, que ninguém vai assumir a responsabilidade pelo desaparecimento de milhares de cartas de condução. A empresa "responsável" (Microfil) já vai "avisando" o IMTT que devolveu todos os pedidos de carta de condução...
Pedalar pela natureza
Positivo. Há poucos dias pude inteirar-me da beleza desta ecovia minhota. É altamente aprazível e recomenda-se.
O habitual espectáculo
Negativo. Assisti anteontem a um excelente debate entre o jurista Carlos Abreu Amorim e João Teixeira Lopes, onde era colocado o dedo na ferida, como a crónica aqui linkada. A polícia de investigação (PJ) também não resistiu ao apelo do mediatismo. Toda a gente quer ser vedeta. A descrição já foi chão que deu uvas. Os exemplos dados pela Procuradoria Geral só podiam dar nisto. Bonito.
Primeiro voo não regular para Cuba vai partir do Porto
Positivo. É pena que estas boas notícias não sejam acompanhadas com a devida oportunidade pelo Município portuense. Nunca se viram tantos turistas no Porto como agora, e não é só durante o verão. Os vôos low cost foram, sem dúvida, os grandes impulsionadores deste fenómeno. Infelizmente não está a ser convenientemente aproveitado e receio bem que os turistas que cá vêm não voltem. Ninguém gosta de revisitar cidades a cair de pôdres.
Demolição do Aleixo passa com gritos na rua
Negativo. Este é um problema iminentemente social. As questões económicas e todas as partes envolvidas (imobiliárias, câmaras, construtores,etc.) não deviam nunca, sobrepôrem-se a realidades humanas tão sensíveis. Sou um entusiasta da urbanidade e da qualidade de vida, mas não a qualquer preço. Primeiro, há que resolver com dignidade a recolocação habitacional daquela gente, e só depois, o resto.
Cluster de indústrias criativas na calha
Positivo. E os centralistas deixarão a "criança" crescer?
Acho interessante a historia do acidente, porque há coisa de 15 anos um colega de trabalho queixou-se de uma situação muito semelhante: -Um cruzamento, acidente, ele tinha prioridade sobre o outro, havia uma placa de Stop que posteriormente desapareceu ou foi removida do local...Resultado: O meu colega teve que arcar com a responsabilidade das reparações.
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