26 fevereiro, 2016

É só a minha opinião, amigos

Se me perguntassem, por altura da saída de Varela do FCPorto, se preferia que ele ficasse, diria rotundamente que não. Para um clube como o FCPorto, que almeja(va) competir sempre ao mais alto nível, não creio que este hábito de repescar jogadores em fim de carreira possa significar uma boa gestão de recursos humanos. Falo de Varela, como podia falar do Quaresma, jogador talentoso mas demasiado caprichoso para assimilar o (já saudoso) espírito de jogador à Porto. Até podem dar jeito, em circunstâncias extremas de necessidade, mas se nunca chegaram a interiorizar esse espírito quando chegaram e ainda eram jovens, não é na idade do retiro que o vão fazer. Isto, nada tem a ver com patinhos feios, porque ambos tiveram bons momentos no FCPorto, contribuindo para a conquista de campeonatos e troféus, mas sim com as suas próprias características.

Só citei estes dois exemplos, para ilustrar, aquilo que me parece ser uma das falhas da gestão, contratação e formação dos plantéis, nas aberturas de mercado das últimas épocas. Claro que há circunstâncias específicas que podem justificar estas situações, mas não me parece que tenha sido o caso. O que me parece, é que a pesquisa prévia de jogadores para as várias posições não está a ser feita com o cuidado habitual, nem da parte do clube, nem da parte do(s) treinador(es) contratados. Duvido que actualmente haja, no departamento de scouting do FCPorto, um critério de selecção de jogadores que comporte, para além do aspecto técnico e físico, a componente do carácter. 

Quando Brahimi chegou ao FCPorto, e o vi jogar pela primeira vez, logo pensei que ali podia estar um grande craque, no entanto, recordo-me bem da sua expressão de espanto quando marcou golos nas primeiras jornadas na conversão de um par de livres soberbos. Hoje, já não tenho a mesma opinião sobre ele, e percebo porque é que ele próprio se espantou do que fez.  A Brahimi, falta-lhe a inteligência dos grandes jogadores, de saber quando devem jogar para o colectivo, ou optar pela finta objectiva. Brahimi é um auto-deslumbrado que se acha melhor do que é, talvez também porque não teve mestre que o ensinasse a ser melhor. Parece (digo eu), que ainda nenhum treinador lhe disse que não é a agarrar-se à bola, rodopiar sempre da mesma forma, uma e outra vez, para logo a perder, que crescerá como jogador, ou será aquilo que pensa que é, sem ainda o ser. O espírito colectivo dele não é dos melhores, para poder identificar-se como um jogador à Porto. Como ele, há mais. Tello (já cá não está) mas também foi sempre um jogador apagado, e foi para o Torino. Sérgio Oliveira, tem habilidade, mas muito pouca alma. José Angel é um barrete.

Depois, temos jogadores que podem ser reabilitados do agora confirmado síndrome de Lopetegui, se houver talento,tempo e determinação para isso, porque estão irreconhecíveis. É o caso de:  Ruben Neves, Aboubakar, Corona, Evandro (acho-o interessante, mas sub-aproveitado), Martins Indi, e Bueno (lesionado). Herrera é imprevisível, ora está bem, ora liga o "complicómetro". Finalmente, temos aqueles que dentro da anarquia geral do nosso clube (refiro apenas o futebol sénior), são na minha opinião os mais fiáveis e aguerridos. Refiro-me concretamente a: Danilo, Miguel Layún, Maxi Pereira, Marcano, André André, Suk, (Marega?!) e  os guarda-redes. Da equipa B, gostaria que fossem paulatina e oportunamente lançados jogadores como:  Ismael Diaz (possante e jogador de equipa), Omar Govea (médios), Chidozie, Verdasca, Victor Garcia (defesas), Gleison (pé esquerdo fantástico) e André Silva (avançados).

O lançamento de jogadores B para a equipa principal, obedece aos cuidados que qualquer treinador experiente tem de ter para escolher o melhor momento para o fazer, mas, entre optar por séniores cujo rendimento foi por demais testado sem grande sucesso e arriscar meter alguns da B com provas dadas, sou apologista da segunda hipótese.

De resto, só a SAD e o respectivo presidente sabem o que pretendem fazer. Se vão enveredar outra vez pelo caminho suícida do experientalismo (Lopeteguisadas)  e do silêncio, ou se tencionam defender como lhes compete o FCPorto, e fechar negócios de jogadores com o cuidado e rigôr que se impõe. Se não estiverem para aí virados, então façam o favor de se retirarem e promover eleições.

PS-Não falo do jogo de ontem, porque agora é tarde demais para esperar milagres. Se ganharmos um trofeuzinho este ano, já fico contente. Ao que chegamos, Porto!



LANÇADO CONCURSO PARA OBRAS NO MERCADO DO BOLHÃO


A Câmara do Porto anunciou esta sexta-feira o lançamento do concurso público para “o desvio de uma linha de água que atravessa o mercado do Bolhão no subsolo”.
O concurso, a cargo da empresa municipal Águas do Porto, marca o arranque das obras de reabilitação do emblemático mercado, as quais irão arrancar no próximo verão.
Segundo a autarquia, através do seu portal oficial na internet, Porto.pt, os trabalhos implicam a “intervenção de uma tuneladora para desviar a linha de água que será encaminhada pela rua Sá da Bandeira, o que vai permitir uma intervenção no mercado mais segura e possibilitar a construção de uma cave logística no subsolo para cargas/descargas e áreas técnicas”.
O projeto de requalificação do Mercado do Bolhão em si, da autoria do arquiteto Nuno Valentim, terá concurso internacional lançado “nos próximos meses”. O valor total previsto é de 27 milhões de euros, 23 milhões dos quais comparticipados por fundos europeus.
(Porto24)
Image de Lançado concurso para obras no Mercado do Bolhão

24 fevereiro, 2016

5 Pontos para quem de direito reflectir

Ponto 1 - Sou dos que acreditam que a violência não se combate com violência, apenas, e só, nos países civilizados (nórdicos e pouco mais). Em países terceiro-mundistas, ou de fachada democrática só há uma naneira: responder à letra. A fachada nos regimes, é como a teoria das coisas, não serve para nada, excepto para isso mesmo: mascarar, ludibriar, enganar, iludir.

Ponto 2 - Na Europa dita comunitária, Portugal é um dos países em que a democracia se aproxima mais da fachada. Só serve praticamente para eleger assalariados do Estado, para depois fingirem que governam.

Ponto 3 - Há vários tipos, e fases de violência: a violência precursora, a que germina o mal, que provoca, que suscita raiva, e a violência consequente, a que atinge vias de facto. Uma, é o rastilho da outra.

Ponto 4 - Nem sempre é a violência de faca e alguidar, a mais infame. O pior dos crápulas, é aquele que - vestindo pele de cordeiro - incita o ódio, falando de paz e de bons costumes. A comunicação social é o meio onde pulula o maior número de difusores da violência precursora.

Ponto 5 - Não havendo confiança num regime de Justiça eficiente, sem capacidade para intervir rapidamente como elemento dissuasor da violência, e como garante da paz social, sou a favor da justiça pelas próprias mãos. A pior das chagas, é o sentimento de injustiça, é alguém sentir-se só como na selva, numa situação dessas. 

Começo pelo ponto 4. Ninguém duvidará que neste momento, sem ainda terem decorrido  24 horas da visita dos super-dragões à tasca do pai do árbitro Jorge Ferreira, já Portugal inteiro está a par da ocorrência e a comentá-la consoante a forma tendenciosa como foi difundida. Da televisão aos jornais, as vozes do regime, com maior o menor subtileza, logo trataram de enfatizar o caso, colocando o árbitro no papel de vítima, e os dragões, no de carrascos. 

Os portistas andam há tempos a queixar-se da falta de atitude de Pinto da Costa face às arbitrariedades de que o FCPorto tem sido alvo, ao ponto de - como é o meu caso -, acharem que é tempo de eleger outro Presidente precisamente por isso, e ao fim de meia temporada a sermos desrespeitados e lesados por más arbitragens, eis senão quando um árbitro decide finalmente marcar um penalti a favor do nosso clube, e passamos num ápice a ser o emblema eleito pelos media como o batoteiro-mor do futebol nacional. Até aqui, estiveram todos calados. Viam o que todos víamos (mesmo os que não querem ver): o Benfica a ser levado ao colo pelas instâncias dirigentes da arbitragem (Federação), e o Porto, a ser roubado (sim roubado) de todas as formas e feitios e não se lembraram da abrir os telejornais a denunciá-lo, nem os jornais de dar honras de 1ª página aos pobres coitados dos árbitros (esses inocentes incompreendidos).  Foi preciso um longo jejum sem beneficiarmos de uma grande penalidade, para subitamente se virarem todos contra o FCPorto. Mas, haverá dúvidas sobre a honerabilidade desta gente? Julgam que nós somos como eles? Além de vígaros, estúpidos?

Alguma vez estes gajos se preocuparam com o que nos andam a fazer? Alguma vez estes gajos esperam que me associe a eles qualquer que seja a causa? Nunca! Semeiam ódio, levam de volta o desprezo, a repugnância! E, digo mais. Se, perante a incompetência e os critérios discriminatórios dos órgãos que tutelam o futebol as cúpulas do Governo lavam as mãos como Pilatos, então, usemos o chavão da terra do árbitro-vítima e passemos à prática: façamos justiça à moda de Fafe.

Se não gostam de ler estas coisas, actuem, provem-nos que servem para alguma coisa! Não estejam à espera de uma desgraça para depois virem para as câmaras de televisão armados em pacifistas, quando deviam era demitir-se por serem corresponsáveis pelo lixo que se instalou no futebol e na comunicação social lisbonária. 


PS-Como é que estes gajos da APAF têm o desplante de fazer este tipo de declarações, senão personalizando o que há de mais repugnante no ser humano, que é, a HIPOCRISIA? 

23 fevereiro, 2016

Anónimos com os neurónios no anus

Passam por aqui certos "melros", muito cheios de verdades (as suas) que não conseguem esconder a mixórdia de que são feitos:  fanatismo, baixo nível intelectual e raiva. 

São tão estúpidos, que nem sequer se dão ao cuidado de começar a comentar com um pouquinho de moderação, o que faz com que nem sequer me dê ao trabalho de ler o resto. Para quê, se já sei ao que vêm? Só tenho pena é de não poder ver a cara deles (sempre protegida pelo anonimato),  no momento em que clico para eliminar os dejectos daquilo que julgam sair de um cérebro, e sai de uma outra coisa qualquer... Pode até dar-se o caso de serem produtos de uma aberração da natureza, e terem dois anus, em lugares distintos.

Estas "coisas" anónimas pertencem ao grupo de portugueses que nos envergonham onde quer que estejam, e nos fazem passar pelas piores humilhações aos olhos dos povos civilizados que nos visitam. São daqueles que pegam de estaca a puxar da bandeira nacional, a cavalo ou de mota, desde que à frente da selecção esteja um treinador do (tipo Scolari), que não convoque jogadores do FCPorto, mesmo que tenham acabado de brilhar a nível nacional (e internacional), ou que dê entrevistas a dizer que o Porto fica lá longe, para cair em graça nas hostes centralistas plantadas no regime.  

São os mesmos que saem a terreiro para tratar de Jhiadista o Presidente da Câmara do Porto, só por denunciar a intenção da TAP cancelar vôos de interesse económico e estratégico para uma parte considerável do país (Porto, Norte e Centro). Os mesmos que, a nível desportivo, acham que só eles têm o direito a reinvindicar tudo, árbitros, justiça, privilégios, proibindo os outros portugueses do direito a zelarem pelos seus interesses quando têm razões para isso. Contestam tudo que não entre directamente no seu minúsculo mundo de conveniências. Depois, ainda se acham no direito de nos dar lições de cidadania como se fossem exemplos imaculados, quando não passam de miseráveis.  

Mas, não há imbecilidade que não traga vantagens, que é: dar-me garantias de que o que escrevo, os incomoda, e se incomoda, é porque sabem que estou a falar verdade.

Clicar na imagem para ampliar
Já agora, talvez seja pedir muito aos imbecilóides com o anus na mona, que leiam o que aqui escreve este "mafioso" senhor, que é apenas o Reitor da Universidade do Porto, a mais prestigiada do país (é mentira, já sei!), de onde estão sempre a sair os melhores cérebros, para ver se também ele está a dizer patetices. Mas, é inútil, quando os neurónios estão no sítio errado, o melhor mesmo é continuar a ignorá-los. 

22 fevereiro, 2016

Assobiem a quem merece assobios, não aos jogadores

Como atrás referi, não acredito que para ganhar campeonatos, a garra e a mística, bastem. São aspectos muito importantes, mas que não resolvem tudo. Foi o caso do jogo de ontem. A equipa transcendeu-se, virou um resultado adverso, mas os problemas ainda lá estão. 

A uma equipa descomandada (equipa/clube), técnica e tacticamente perdida, é uma crueldade lançar para cima dos jogadores o fel do nosso descontentamento. A seguir ao Presidente, e aos elementos da SAD, são os "calhaus" dos pipoqueiros e assobiadores, que mais me incomodam neste Porto miserável. Burros, são incapazes de compreender a génese de uma hierarquia. Ofuscados pelos êxitos do passado, onde só episodicamente perdíamos - sem com isso deixarem de ver bom futebol -, não têm coragem para dirigir os apupos a quem os anda a pedir nos últimos anos, e os merece: o Presidente/SAD.  Em vez disso, de procurarem apoiar a equipa e tentarem compreender os porquês do seu desnorte, preferem baralhá-la mais, num sádico e apressado coro de assobios, enquanto os verdadeiros responsáveis sorriem nas bancadas como se nada daquilo lhes dissesse respeito.

Se é esse o melhor padrão de exigência destes "portistas", então talvez seja melhor irem assobiar lá mais para o sul, para a cidade dos eucaliptos, e levarem consigo toda a estrutura mandante. Sim, porque hoje, parece que, à excepção dos super-dragões*, os amigos do presidente encontram-se nas redações dos pasquins de Lisboa, ou na Madeira, e os mal amados, são todos os portistas como eu que não gostam do que está acontecer.

Posso enganar-me, e não me importava nada que isso acontecesse, mas não acredito que Pinto da Costa regresse aos bons velhos tempos. E não acredito, porque se esta estranha mutação fosse apenas um momento infeliz, um descuido pontual, Pinto da Costa já tinha voltado à normalidade, e o seu distanciamento face a factos de maior relevância teria acabado. Tudo continua na mesma. O silêncio permissivo de PC com a protecção que continua a ser dada ao Benfica mantem-se, e os prejuízos ao FCPorto também. Esses prejuízos ao nosso clube em contraponto com os benefícios ao Benfica, são causados, ora descaradamente, ora co.m subtileza. Eles não são burros, mas mesmo assim, a arbitrariedade é por demais descarada. Pinto da Costa continua a deixar que o FCPorto seja lesado, dentro e fora do campo. Mas não deve. Assim sendo, só quero que deixe o clube e promova eleições, pois agora está a prejudicá-lo. Nesta altura, a sua anunciada recandidatura à Presidência é uma má notícia. Por quê? Porque a passividade de hoje, é certo, vai manter-se no futuro, e os problemas do FCPorto também.

Para o ano, teremos de começar tudo de novo, recolocar jogadores e contratar outros. Isto, já para não falar do treinador. Se o rigor fôr o que tem sido até aqui, os resultados serão iguais. Só que, há um problema:
teremos candidatos credíveis para ocuparem o seu lugar? Se os há, estarão dispostos a hipotecar o prestígio do FCPorto, com mais temporadas como esta, para se candidatarem?

*
O JN, o mesmo jornal que "honra" Pinto da Costa com o seu nome no Conselho Editorial, não hesita em noticiar os desacatos violentos no jogo entre Vila Caíz e o Canelas 2010 da Divisão de Honra da A.F.do Porto. Cito: "pela frente, o conjunto da casa tinha a equipa dos distritais do Porto que mais tinta faz correr. A liderança da prova ajuda, os 8 elementos dos Super Dragões que a integram (com Fernando Madureira ou Macaco, à cabeça) também, mas o que mais os tem posto na ordem do dia são as faltas de comparência dos adversários -no fundo, um voto de protesto contra as ameaças e agressões de que se queixam".

Não é difícil intuir que os jogadores do Canelas foram provocados, aliás consta também da notícia, mas, mais uma vez, o odioso da ocorrência vai nitidamente para os superdragões. Não advogo a violência, mas às vezes não há outra alternativa. Só que, até esse recurso,  devia ser dirigido a outros protagonistas, e não a pequenos adversários . Talvez ele se justificasse mais noutros palcos... 


21 fevereiro, 2016

Como é que chegamos aqui?

Como é que, algures pelo caminho dos últimos anos, perdemos a independência?
Como é que permitimos, todos, povo e governantes, o que se está a passar?
E não me venham com a dívida. A dívida ajuda e muito, mas não é a questão central. A questão central é que ao abdicarmos de soberania, abdicamos também de democracia.
E estamos agora governados por uma burocracia anónima, sem legitimidade eleitoral, que responde aos seus donos e nós não somos donos de nada. Nem sequer de nós próprios. 

(Fonte: JPP/Abrupto)





19 fevereiro, 2016

O FCPorto da decepção

Sinto-me como num beco sem saida. Quase me falta a vontade para falar dos jogos do FCPorto, quando vejo, não uma equipa, mas um grupo de homens completamente perdidos, parecendo querer rivalizar com o presidente e toda a directoria portista na busca de saber quem é que faz mais disparates. Este FCPorto está irreconhecível. Quando falta liderança, o resultado é este, não pode ser outro.

Aqui chegados, acho que nem vale a pena falar dos jogadores, da sua qualidade indvidual, ou da falta dela. Neste momento, todos parecem maus. Assim mesmo, se houvesse tempo para jogadores e treinador, ainda podíamos recuperar alguns deles, sobretudo aqueles poucos que no meio desta trapalhada toda se esforçaram para dar o seu melhor, sem contudo deixarem de fazer a sua asneira da praxe. É impossível contrariar a força moral do mérito com remendos de lideranças moles.

O meu portismo não se compadece com paixões fanáticas, ou actos de fé, alimenta-se de competência e de dedicação. Não é isso que acontece no FCPorto de hoje, nos seus responsáveis máximos, no seu presidente. No meu clube a competência já não mora no futebol, vive dele, e está agora mais virada para a orientação financeira de cada um, antes que a árvore das patacas do passado deixe de render. 

É por isso, que me faz certa confusão ver por essa blogosfera dentro, fazerem-se apelos à garra, ao portismo, e chavões do género, como se isso fosse possível no FCPorto de hoje. Se o Presidente não tem garra, quem a vai ter? As coisas mudaram, e a actual SAD/Presidente não soube adaptar-se aos novos tempos, sem perder a famosa mística que se alimentava de um bairrismo sadio. A importação maciça de sul-americanos não explica tudo, porque podia ser perfeitamente ultrapassada com uma pre-adaptação aos hábitos da casa com jogadores míticos do clube.  

Neste momento, só quero uma coisa: mudança de liderança. Cadê os candidatos?

Pobre Porto.

15 fevereiro, 2016

Do discurso de Lopetegui ao de Luís Castro

FC Porto B em grande: cinco talentos à espera de Lopetegui
Aqui, neste grupinho, há mesmo muito talento
Julen Lopetegui já cá não está, e como tal, não é agora que vai mudar o que devia ter mudado quando cá esteve. Suponho que, neste momento, ele próprio deverá  começar a ter dúvidas sobre as ideias que teimosamente tentou implantar no FCPorto. Enfim, até podia estar cheio de boas intenções, o que é certo é que o seu futebol não resultou.

Dele, ficou - quero crer - a imagen de um homem honesto, e um projecto de futebol mal conseguido, que levou os jogadores a perderem a confiança em si próprios, traduzida numa forma de jogar ambígua e cada vez mais regressiva. Se houve um ponto em que estive inteiramente com ele, foi quando tinha de defrontar sozinho essa escumalha da comunicação social portuguesa que o atacou com questões provocatórias, e tratou discriminatoriamente (o basco), sem poder contar com o apoio directo e pessoal do líder do FCPorto.  Aí, não foi ele que falhou.

Havia contudo um aspecto que não me agradava em Julen Lopetegui, que era a linguagem demasiado lisonjeira como falava dos adversários nas conferências dos pré-matchs. Às vezes - e essas vezes passaram depois a ser sempre - parecia que o FCPorto era uma equipa de 2º escalão, e as equipas (visitantes e visitadas) opositoras colossos recheados de virtudes. À força de tanto repetir esse tipo de discurso, mais receoso que respeitador, dei por mim a pensar se não era por aí que começava a tremideira mental dos seus pupilos, mesmo antes dos jogos começarem.

Pois bem, como disse antes, Lopetegui já cá não está, e só lhe posso desejar sorte melhor nos próximos desafios que tiver pela frente. Há no entanto algo que espero não passar de uma impressão errada. Luís Castro, o técnico da equipa B, nesse aspecto do discurso, tem algumas semelhanças com Lopetegui. Fala sempre de um modo demasiado temeroso dos adversários que vai defrontar e isso nunca dá bons resultados, quando é preciso puxar dos galões.

Na primeira fase do campeonato da 2ª.Liga, o FCPorto B (que acompanho sempre que posso), ainda exibia um estilo de jogo muito parecido com o de Lopetegui, de bola para trás e para o lado, estilo esse que prevaleceu quase toda a temporada passada. Foi com satisfação e curiosidade que  verifiquei que no início da época actual esse estilo foi mudando para melhor. Os jogadores, partindo da defesa procuravam avançar, colocando a bola nos médios, ou laterais, que entretanto se desmarcavam em movimentos que baralhavam os adversários, e quando eram marcados, em vez de passarem para trás, como os séniores, fugiam com a bola para espaços vazios em sintonia com os colegas que abriam outros espaços para a receber. Isto, sempre no sentido da baliza. Não me espanta por isso que chegassem paulatinamente ao 1º. lugar, onde ainda se mantêm, agora apenas a 2 pontos do Chaves...

Sei que não é fácil o trabalho de Luís Castro, sobretudo quando se vê obrigado a fazer adaptações com a saída de alguns jogadores para rodarem noutros clubes, ou então para reforçarem o plantel da equipa principal. Enquanto nos adversários séniores, o plantel é quase sempre o mesmo, independentemente de uma ou outra lesão, a competitividade dos jogadores é mais objectiva: a subida ao escalão principal. Por isso, há razões de sobra para louvar o trabalho do Luís Castro.

Ainda assim, nos últimos jogos, os jovens da B têm perdido alguns em casa, também muito por culpa das arbitragens, que tal como fazem aos A's, tudo lhes serve para prejudicar o FCPorto, e também pela passividade dos dirigentes portistas . Mas, como nós costumámos dizer, para vencermos, temos de ultrapassar 3 adversários e não 1, como devia ser: a equiva rival, os árbitros corruptos e uma comunicação social igualmente corrupta. Este estigma, mais do que injusto, é revoltante, não devia acontecer, num país onde tantos se queixam da corrupção, mas vivem bem com ela sempre que podem.  

É dentro deste espartilho, do qual só nos livraremos quando a integridade chegar aos organismos do poder, ou quando começarmos a fazer estragos daqueles que doem... Temo, que só lá cheguemos pela pior destas alternativas. É neste cenário que importa ter ao comando da nau, um líder forte (como já tivemos). E abaixo do líder, treinadores onde além dos conhecimentos técnicos/tácticos saibam motivar, empolgar os seus jogadores. 

Penso que é só isso que falta a Luís Castro: saber motivar os jovens com um discurso de confiança onde vejam sempre nos adversários uma oportunidade para se transcenderem, e não uma montanha de bichos-papões cheios de Messis.

Não digo que se passe do mutismo submisso, para a arrogância. Isso ainda é pior e não leva a lado nenhum. Basta olhar para os clubes da 2ª circular e para as figurinhas tristes que andam a fazer... Falo apenas de perseverança, de espírito conquistador. Na equipa/plantel B do FCPorto, há talentos mais que embrionários, seguros. Só estão à espera de uma oportunidade.   

TAP: Rui Moreira solicita reunião urgente com o Governo

TAP: Rui Moreira solicita reunião urgente com o Governo
RUI MOREIRA

A Câmara Municipal do Porto enviou um comunicado ao Governo a acusar a TAP de fazer desaparecer a Portugália Airlines (PGA) e de entregar os voos à empresa privada White. Rui Moreira solicitou portanto uma reunião de carácter urgente, que se realizará esta quarta-feira, em Lisboa, com o Primeiro-Ministro. Entretanto, o site oficial da autarquia revela que os relatórios de Contas da Portugália desmentem alegados prejuízos com os quatro voos que a TAP vai cancelar.

O Presidente da Câmara do Porto, quer ter António Costa como aliado na controversa situação da redução de voos da TAP no Aeroporto Francisco Sá Carneiro. Este encontro econtará com a presença de Pedro Marques, Ministro do Planeamento e das Infraestruturas e ficará marcado pela suspensão de voos que a nova administração anunciou logo após de a TAP ter sido vendida, pelo anterior Governo, ao consórcio Atlantic Gateway.

A autarquia lembra que a “Portugália custou ao Estado 140 milhões de euros, pagos há oito anos ao BES” e mesmo assim “os seus voos serão entregues à privada White sob a designação TAP Express, sem qualquer capital público envolvido e sem a avaliação da Autoridade da Concorrência”. “Enquanto isso, o Porto perde 70% dos seus voos TAP e o número de lugares disponíveis em rotas como Madrid ou Genebra baixa radicalmente, além de Roma, Milão, Bruxelas, Barcelona e Londres verem frequências reduzias a zero ou parcialmente”, pode-se ler em Porto.pt. Estes voos desaparecem a 27 de março deste ano.
A câmara salienta que os voos que a TAP pretende suprimir a partir do Porto são quase todos efetuados pela Portugália e defende que "toda esta operação, que antes estava na esfera pública e passou agora a ser operada por privados, não está incluída no controlo do Estado, nem sequer a 50%, se a reversão parcial da privatização for concretizada, como anunciou o Governo. Foi, por assim dizer, uma espécie de subconcessão, mas cujas regras e contornos não foram públicos e que não foi controlada ou autorizada pela Autoridade da Concorrência”, pode-se ler em Porto.pt.

Relatórios de Contas desmentem alegados prejuízos com os quatro voos que a TAP vai cancelar

O site da Câmara Municipal do Porto revela, esta segunda-feira, que ao contrário do que a companhia aérea tem sustentado para justificar as alterações à operação a partir do Aeroporto Sá Carneiro, a Portugália “não apenas é lucrativa como a sua operação e procura são sustentáveis”.

De acordo com os relatórios dos últimos oito anos, a Portugália “dá normalmente lucro, que em 2013 foi superior a cinco milhões de euros e em 2012 tinha sido de mais de 10 milhões”, refutando assim “a ideia de que os voos descontinuados no Porto eram deficitários”.

“Ao contrário da operação da TAP, centrada no "hub" em Lisboa, que em 2016 deu 46 milhões de euros de prejuízo. Muito graves são os resultados das empresas brasileiras do Grupo, criadas pelo ainda presidente da comissão executiva da empresa. Só a TAP - Manutenção e Engenharia do Brasil perdeu mais de 22 milhões de euros em 2014, que elevaram os prejuízos do grupo para 85 milhões de euros nesse ano”, avançou o Porto.pt.


Acusação omite cargo de diretor do Benfica em caso de tráfico



A acusação do Ministério Público contra o ex-diretor do Benfica José Carriço, por tráfico de estupefacientes e detenção ilegal de arma, omite este cargo dirigente que o arguido ocupava no clube.

A procuradora-adjunta que dirigiu o inquérito criminal e assina a acusação identifica José Carriço com a profissão de "assistente colaborador", sem nomear a respetiva entidade patronal.

OS MENINOS DA PALERMO LISBONÀRIA ANDAM A TRABALHAR MAL...

13 fevereiro, 2016

Os contratos de milhões dos 3 grandes "vão ser anulados"


Segundo o jornal SOL, os acordos de direitos televisivos da NOS e MEO com os três 'grandes' vão ser chumbados pela Autoridade da Concorrência.
O jornal SOL avança este sábado com a notícia de que os contratos milionários dos três 'grandes' referentes à venda dos direitos televisivos vão ser anulados devido ao chumbo da Autoridade da Concorrência.
De acordo com a referida publicação, que inclui o tema na primeira página, a Autoridade da Concorrência já tinha manifestado dúvidas sobre os contratos de Benfica e Sporting com a NOS e do FC Porto com a MEO, optando agora por chumbar os contratos e obrigar a uma renegociação.
Os contratos em questão são de longa duração. O Benfica tinha a expectativa de vir a receber no total 400 milhões de euros por 10 anos devido ao acordo com a NOS - válido por três anos e renovável até um total de dez - enquanto o FC Porto chegou a acordo com a MEO por 457 milhões pelos mesmos dez anos. O Sporting, por fim, acordou com a NOS um bolo total de 515 milhões, referentes a 12 temporadas.

Casillas igual ao estatuto, ajudou à victória

Foi uma autêntica lufada de confiança para os portistas, a victória do FCPorto no campo do seu principal rival. Ontem, os jogadores conseguiram ultrapassar os fantasmas dos últimos jogos que tantas consumições nos têm causado e deram uma bofetada de luva branca ao presidente e a toda a SAD, saindo da capital do eucalipto com 3 pontos preciosos. Devo confessar que, nas actuais circunstâncias, não contava com este resultado. Houve erros? É claro que os houve, não seria de esperar outra coisa, com tão pouco tempo de Peseiro no clube. Casillas deu sinais de estar a sair do estado apático que o contagiou também a ele e anulou com grandes defesas alguns dos erros defensivos do sector mais recuado que temos vistos ultimamente. Chidozie não comprometeu, esteve melhor que alguns titulares. A aposta neste jovem talento foi um acto de coragem de Peseiro que temos de louvar, até porque não tinha muitas alternativas.Espero é que Peseiro corrija quanto antes o posicionamento de alguns atletas e acabe com aquele vício de receber a bola sempre virados de costas para o adversário (Brahimi usa e abusa desse movimento) porque é demasiado evidente e fácil de controlar pelas outras equipas. Espero igualmente que o novo treinador os convença que nós não nos contentamos com as victórias ao Benfica. As outras equipas merecem o mesmo empenho, a mesma concentração, porque só assim podemos ainda almejar ganhar o campeonato. E mentalizá-los também que se não houver essa vontade, se não dermos mais velocidade aos jogos, se não olharmos bem antes de passar a bola, estaremos a protelar a solução dos nossos problemas. Até porque, os outros vão continuar a beneficiar do manto protector dos árbitros.Finalmente, fiquei também contente por verificar que a tão apregoada máquina avassaladora dos vermelhos, afinal não é grande coisa, sobretudo quando deixa de contar com o bracinho protector dos árbitros.  

11 fevereiro, 2016

Rui Moreira ameaça TAP com boicote nortenho

Image de Rui Moreira acusa TAP de suprimir voo noturno estratégico entre Lisboa e o Porto
TAP colaboracionista do centralismo

Há uma escalada na “guerra” da Câmara do Porto à estratégiaanunciada pela TAP para este ano, no que envolve o Aeroporto Francisco Sá Carneiro, e o presidente da autarquia, Rui Moreira, garante que as duras críticas que tem feito não vão parar. “Não é o momento de inverter a estratégia”, disse esta quarta-feira na reunião do executivo, em que deixou claro que as próximas batalhas podem chegar mesmo a um apelo ao boicote. A polémica já ultrapassou, entretanto, fronteiras, com o alcaide de Vigo, Abel Caballero, a pedir “uma investigação” à União Europeia por causa das declarações de Moreira sobre afutura ligação Lisboa-Vigo da TAP.
Com a garantia de apoio de todas as forças políticas representadas no executivo, Rui Moreira não aceitou a sugestão do vereador Amorim Pereira, do PSD, para que a região pare “de correr atrás do prejuízo” no caso da TAP e se concentre nas companhias que querem, de facto, estar no Porto. “Fazer exigências é uma guerra perdida. Devemos negociar com as companhias aéreas que estão interessadas no Porto: a British Airways, a Lufthansa e as low-cost”, disse o social-democrata. “Ainda não chegou o tempo de nos calarmos e conformarmos. Poderá chegar o tempo de apelarmos à população da Região Norte para não voar na TAP, mas esse tempo ainda não chegou”, contrapôs Rui Moreira.
Referindo-se às recentes alterações ao capital da companhia, que fará aumentar o capital do Estado para 50%, o presidente disse “querer acreditar” que ainda se pode “reclamar alguma coisa”, mesmo defendendo que toda a estratégia da companhia aérea, centrada em Lisboa, tem objectivos bem definidos — construir um novo aeroporto na capital, fazer o TGV e “uma nova Expo do lado sul”. “Isto já não se resolve com a regionalização, isto é um problema de regime”, defendeu o autarca, argumentando: “Temos sido uns carneiros e temo-nos iludido com promessas sucessivas. Lembro o TGV e todas as versões para o Norte. O que se vai construir vai ser Lisboa-Madrid, não tenho dúvidas. O Porto de Leixões está prestes a esgotar a capacidade, mas não é aqui que se vai investir, é no Barreiro. E vão fazer a terceira ponte [sobre o Tejo], não tenho dúvidas. É um objectivo do regime”, disse.
Durante o debate no executivo foi o próprio Rui Moreira a informar os vereadores de que a polémica ultrapassara as fronteiras do país, ao anunciar que o alcaide da cidade galega de Vigo, Abel Caballero, tinha pedido à União Europeia que investigue as declarações do autarca portuense sobre a anunciada ligação Lisboa-Vigo — um anúncio feito na terça-feira pelo governante espanhol e que está reproduzido na edição desta quarta-feira do diário galego Faro de Vigo. “[Caballero] até pode chamar a PIDE”, insurgiu-se Moreira, afirmando que não aceita “lições” do outro lado da fronteira e que mantém as críticas que suscitaram a indignação galega. “A ligação Lisboa-Vigo é um insulto ao Porto e pretende destruir o aeroporto do Porto”, reiterou.
E esta não é a única pedra no sapato do autarca. “Não me conformo com a ponte aérea [Lisboa-Porto]”, defendeu Rui Moreira, declarando aos vereadores que esta ponte aérea – que começa a 27 de Março, com voos de hora a hora, desde as 5h30 e as 22h25 –  “é muito interessante para um accionista que tem aviões parados no Brasil e não sabe o que lhes há-de fazer”, numa referência a David Neeleman, proprietário da Azul e um dos donos da TAP. “Não é o interesse da TAP que está a ser privilegiado, quem está a ser privilegiada é a White”, concluiu o autarca.
Os aviões da White Airways vão operar a maior parte dos voos da ponte aérea e são alugados à Azul Linhas Aéreas Brasileiras, a empresa de David Neeleman, que é um dos novos donos da TAP. Rui Moreira questionou se a companhia portuguesa iria agora funcionar em regime de “outsourcing”.
O Estado português vendeu 61% do capital da TAP, a 12 de Novembro de 2015, ao consórcio Atlantic Gateway, liderado pelos empresários Humberto Pedrosa e David Neeleman. A operação foi concluída ainda pelo anterior Governo PSD-CDS, e contra a vontade do PS, que viria a a formar Governo, duas semanas depois do negócio, com o apoio de uma maioria parlamentar de esquerda. Na altura do negócio – que o novo Governo entretanto alterou, com o compromisso de recomprar parte do capital até ficar com 50% para o Estado –, Neeleman prometeu fazer concorrência à Easyjet e à Ryanair, duas companhias low cost. "Vamos fazer uma Ryanair em cada nave", disse o empresário na altura, acrescentando que haveria "tarifas mais baratas".

Nota de RoP:
Tudo acontece ao Norte. Agora falo do Norte, não apenas do Porto, porque isto que está a acontecer com a TAP é demasiado grave, e interessa a todos os nortenhos. O Rui Moreira tem razão. Esta decisão da TAP tem como objectivo principal justicar a construção de uma nova ponte no Tejo e um novo aeroporto. É uma vergonha! 
Se ao menos Direcção do Porto Canal soubesse o que realmente importa para a região, já tinha, há muito, promovido programação vocacionada para assuntos desta matéria (TAP) . Mas não. Acabou com o único programa que tinha (Pólo Norte), sem dizer água vai, água vem (como é costume), e entretem-se a imitar os canais de Lisboa. Apesar de fazerem constar que são amigos, a verdade é que Rui Moreira não vai ao Porto Canal e continuamos sem saber porquê... Alguém entende isto?
Agora, também temos que lidar com o problema "NOS". O FCPorto nem sequer procurou defender os interesses dos portistas vinculados com a NOS. Lavou as mãos como Pilatos, como se não tivesse nada a ver com o assunto. É claro que tem. Não sendo a operadora, o FCPorto é parte interessada, logo devia acautelar esta situação e incluí-la nas negociações. Interessou-lhe só o dinheiro. Os vermelhos e verdes, podem não ter o mesmo retorno financeiro, mas trabalharam melhor as conveniências dos adeptos.
Os clientes da NOS vão ficar privados do Porto Canal, resignados a aceitar esta ilegalidade, sem sequer saberem se podem apresentar queixa com garantias de desvinculação gratuita, caso o entendam fazer. 
Agora, a direcção do FCPorto, directa, ou indirectamente,  só nos cria problemas, angústia e uma grande revolta. Onde isto chegou.

10 fevereiro, 2016

O meu tema, de momento, é só o FCPorto

Na insípida entrevista que deu ao anódino Júlio Magalhães, no Porto Canal, Pinto da Costa disse, entre outras banalidades, que não frequentava as redes sociais. É curioso, porque usou exactamente a mesma expressão que o director do Porto Canal na resposta dada a um mail que lhe enviei reprovando a programação e o alinhamento editorial da estação. Depois disso, já se passaram quase 2 anos (18-02-2014), e a nova grelha veio confirmar que quem estava enganado não era eu. Foi uma resposta que desmascarou a sua aparente modéstia, pois revelou-se incapaz de reconhecer a realidade e de assumir as suas próprias responsabilidades. Naturalmente, respondi-lhe à altura do que escreveu (ainda tenho comigo o email)...

Não sei a que redes sociais aludiam ambos, porque há diferenças entre elas. Se estavam a referir-se a facebooks e twiters, até podia concordar, porque, parecendo paradoxal, considero essas redes algo impessoais e pouco íntegras, dado o excessivo tráfego que suportam caoticamente, as mais das vezes para puro exibicionismo. Já me aconselharam a reproduzir o Renovar o Porto nessas redes, mas rejeitei a ideia, exactamente por pensar que pouco ganharia com uma maior exposição. Os blogues são muito mais credíveis, porque quem os gere é facilmente identificado e tem de assumir as responsabilidades do que diz, podendo também controlar melhor todo o lixo anónimo a que estão expostos.

Por isso, ignorar a blogosfera nos tempos que correm, equivale a ignorar o pensamento real do povo. Os blogues são mais populares e autênticos que os jornais e televisões, disso não restam dúvidas. Pode-se gostar, ou não, mas não custam dinheiro, nem são submetidos ao crivo da censura estratégica. Quando digo isto, claro, coloco reservas, que é o direito de calar a boca aos mal educados que não têm dignidade para se identificarem. É isso que faço e continuarei a fazer, conservando inalterável o meu sentido democrático, que sei que o tenho.

Pinto da Costa e Júlio Magalhães só podem entender-se agora, à luz da actual mudança de personalidade do presidente portista, nada condizente com o líder atento e interventivo de outrora. Há uns anos atrás, estou convencido que Júlio Magalhães não seria o homem escolhido para director do Porto Canal, nem este avançaria sem um projecto bem estruturado e ambicioso. A programação seria mais selectiva, rigorosa e politicamente pragmática. A cidade e região, seriam melhor apoiadas, não fugindo às questões mais pertinentes, como a discriminação de que é alvo, e a contestação oportuna aos abusos de toda a ordem. Com seriedade e de forma pedagógica, reservaria as horas de maior audiência para produzir os programas mais polémicos, pró-activos, mandando às malvas esse venêno chamado politicamente correcto, que só nos tem atrofiado.

Isto, digo-o, pensando que Pinto da Costa tinha essa faceta de lutador, que não era hipócrita, porque se era e já não quer ser um líder, então mais vale meter-se no aconchego do lar e deixar de vez o clube. Porque, se ele não lê blogues nem outras redes, se é indiferente às reacções dos adeptos no próprio estádio, pergunto: onde e através do quê, é que toma conhecimento do que está a passar-se? Na Bola? No Record? No Correio da Manhã? Onde?

Os adeptos (alguns) compreenderiam melhor o que está a acontecer se reparassem nas semelhanças entre a vacuidade do Porto Canal, que continua sem supervisão, e o FCPorto. Quem dirige, não controla, não dá sinais de corrigir o que está mal em tempo oportuno. Notam-se erros da mesma natureza, quer no clube, quer no canal. Só assim se entende a declaração de Júlio Magalhães ao "patrão" na sensaborona entrevista quando lhe disse que estava grato pela "liberdade" que lhe dava... Como não, se durante anos, o canal viveu de repetições exaustivas, sem imaginação nem maturidade, e com ele muito ausente? Fosse eu o proprietário, podia ter a certeza que não vinha fazer declarações públicas a gabar-se de chegar tarde aos estúdios. Só que Pinto da Costa, deve ver menos o Porto Canal que eu, e menos ainda interessar-se pela competência de quem o dirige.

Ontem, escrevi em Post Scriptum que Bernardino Barros defendia melhor o clube na TVI, que no Porto Canal. Alguém terá dúvidas? É o único, mesmo no Porto Canal, que ainda vai dizendo alguma coisa de jeito no sentido de chamar a atenção às cúpulas do FCPorto para o silêncio estúpido a que se remeteram, mas obviamente não pode ir mais longe, senão mandam-no embora.

Tudo isto traduz praticamente o que é FCPorto actual. Falo de Pinto da Costa, porque é o primeiro responsável, é ele o Presidente, mas estendo essas culpas a toda a estrutura da SAD, porque suponho ser também composta por pessoas dinâmicas, e não por monges. O FCPorto não é um convento, embora possa parecer. Todos os elementos da SAD, pactuam com o que se está a passar, como tal, são co-responsáveis. Dêem as voltas que derem, a contratação de  jogadores, do plantel, e dos treinadores, são da exclusiva responsabilidade de quem manda, não caíram no clube de paraquedas.

É uma perda de tempo apontar as espingardas para o alvo mais fraco. Podem ter a certeza que me irrito tanto ou mais que todos vós com as asneiras de alguns jogadores, mas não posso nunca dissociar essas asneiras das praticadas por quem está lá no topo. O problema só será resolvido a partir do topo. Não se iludam.

PS-Acabo de ser informado que a NOS vai deixar de transmitir o Porto Canal. Ler aqui. Nem de propósito, face ao teor do meu post de hoje. Esta notícia deixa-me reacções ambivalentes. Por um lado, acho que a direcção do FCPorto não merece a nossa preocupação, uma vez que também não se preocupou connôsco quando optou pela MEO. Por outro, é o FCPorto que está em causa. 

Às tantas, a SAD, lá do alto da sua mansa altivez, decidiu apostar no nosso amor ao FCPorto, isto é, considerou que perante estes factos todos, trataríamos de mudar de fornecedor... No entanto, há outro problema. É que, os clientes da NOS, como é o meu caso, víncularam-se a esta empresa, com o Porto Canal incluído nos respectivos pacotes. 

Pergunto se isso não nos dará o direito a reclamar, uma vez que no vão privar de algo que já constava do contrato?   

Esta SAD agora, só nos arranja encrencas. É só tiros no escuro.   

08 fevereiro, 2016

É inútil fazer de conta que temos líder


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Agora, mais a frio. Desculpem se me recuso a inverter a ordem da pirâmide hierárquica, mas tem de ser assim. Foi assim que me ensinaram, é assim que deve ser.  Se o fizesse, estaria a ir contra as minhas convicções e a contribuir para adensar os nossos problemas, que já não são poucos. Sempre que se trata de avaliar uma organização, da mais sofisticada à mais simples, seja ela desportiva, empresarial ou política, a escala das responsabilidades mede-se na descendente. 

Pode afirmar-se, sem risco de equívoco, que o FCPorto acumula em si mesmo essas três vertentes (desportiva, empresarial e política), e nem creio ser preciso explicar porquê. É talvez por essas razões conjuntas que escrevo mais do FCPorto do que seria natural, caso vivessemos num país eticamente justo e respeitador dos valores da democracia. Não vivemos. E é por saber que não vivemos num país desses, que considero inqualificável o comportamento de Pinto da Costa e do corpo directivo do FCPorto.

Podem-me dizer que não é a Pinto da Costa que compete resolver problemas do fôro político, mas isso é não compreender uma realidade indesmentível: na sociedade contemporânea quase tudo é político, pouco sobra da generosidade e do desprendimento. Não falo de política no sentido partidário, mas sim do modo como avaliámos a própria política e os efeitos daí decorrentes. 

Pinto da Costa foi (foi) um competentíssimo dirigente desportivo que elevou o FCPorto ao  mais alto nível do futebol mundial, com recursos desproporcionais aos êxitos conseguidos contra adversários nacionais e estrangeiros económica e politicamente mais favorecidos. Lutou internamente contra a macrocefalia da capital e a discriminação consequente. Essa, foi a faceta política de Pinto da Costa que devia ser da responsabilidade dos vários governos.  Realizou negócios excelentes na compra e venda de jogadores e treinadores, com idênticos resultados no âmbito desportivo, provando habilidade na área empresarial do futebol.

Foi a  trilogia Desporto/Empresa/Política, porventura dissimulada, mas eficaz, que fez dele o líder do futebol português mais temido e invejado pelos adversários e respeitados pelos portistas. Provam-no, as perseguições com julgamentos na praça pública de que foi alvo, tendo como objectivo acabar com a supremacia nacional do FCPorto. 

O certo, é que, não obstante a absolvição no vergonhoso Processo Apito Dourado (para a Justiça Desportiva e Comunicação Social), os seus delatores continuaram (e continuam) a difamá-lo e a discriminar o clube como queriam, numa despudorada falta de respeito pelas decisões dos tribunais. Se foi por desgaste físico ou psicológico que Pinto da Costa mudou, não sei, o que posso dizer é que a vil estratégia resultou. Pinto da Costa claudicou. O silêncio, à mistura com o distanciamento dos adeptos, são a prova magnânima do que agora está a acontecer no escalão principal do futebol.

Na vulgar entrevista que deu ao Porto Canal, Pinto da Costa afirmou sentir-se em boas condições de saúde para se recandidatar à presidência, mas as alterações do seu comportamento apontam o contrário. Nada  nos garante que ele esteja consciente dessa mudança, e o que é mais grave, poderá não ter a noção do mal que está a fazer a todos os portistas, que são a alma do FCPorto.

Afinal, o que se passou ontem no Dragão no jogo com o Arouca, não foi mais do que o reflexo de outro triste episódio da capitulação do dirigente portista.

Seria mais cómodo, menos comprometedor, estar aqui a falar da aselhice de José Angel, da atitude inenarrável de Maicon, ou da recontratação de Varela, mas isso seria virar ao contrário o pico da pirâmide hierárquica a que me referi no início. Era estar a lançar para cima dos jogadores e do(s) treinador(es) erros e competências de outros departamentos, que em primeira instância pertencem à área administrativa. É daí que nasce a fonte de toda a instabilidade ilustrada no rosto dos jogadores. 

Ontem, pela enésima vez, os jogadores e treinador provaram o fel amargo do que é jogar num clube sem alma para se respeitar nem coragem para se defender das arbitrariedades e dos ladrões que enchameiam o futebol português.

Meus caros, esqueçam a garra, essa coisa de jogar à Porto, porque isso, para já, não existe. Veremos na próxima sexta-feira se estarei enganado e tudo não passa de pessimismo derrotista...

Off topic:

Gostei de ouvir Bernardino Barros, ontem na TVI24. Não se coibiu de usar, alto e bom som, o verbo roubar, quando se referia ao lance de golo anulado ao FCPorto pelo fiscal de linha. De tal modo, que o ex-árbitro Pedro Henriques se tomou das dores da classe, mostrando-se muito ofendido pelo uso da expressão, mas teve de engolir em seco. Não deixou de mandar um recado ao silêncio do FCPorto, o que se aplaude, tendo em conta o medo que se instalou nas hostes portistas.

O curioso (ou, nem por isso), é que Bernardino está mais à vontade na TVI que no Porto Canal. Por que será?


07 fevereiro, 2016

Vale tudo, a jogar contra o FCPorto!

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Pinto da Costa

Mais um golo limpinho, limpinho, anulado ao FCPorto! Autor? Pinto da Costa... perdão Rui Costa (árbitro da partida), os nomes confundem-se mas vai dar ao mesmo...

Não digam que eu não previa isto. Disse várias vezes que o mau futebol não ia acabar (ninguém faz milagres), e  que os árbitros na dúvida iam continuar a prejudicar o Porto. 

E siga a rusga, que a roubalheira vai continuar, e vai ser já no antro da ladroagem, na Luz.

Os lorpas, sim lorpas, que dizem dirigir o FCPorto permitem tudo, são bons rapazes, polidos, morcões e uns cobardolas inqualificáveis.

Qualquer adversário se agiganta no estádio do Dragão. Fazem teatro, param o jogo com lesões simuladas. Vale tudo. E, acho que fazem bem. Nesta terra, quem não chora, não mama. É bem feito.

Estou farto de Pinto da Costa, da sua comandita e da falta de respeito que está a mostrar pelos portistas. 

04 fevereiro, 2016

TAL-Transportes Aéreos de Lisboa




Rafael Barbosa
(JN)
1 Cerca de 190 mil passageiros e uma taxa de ocupação média dos aviões de 90%. São os números que resumem o êxito das ligações aéreas da TAP entre o Porto e as cidades de Bruxelas, Milão, Roma e Barcelona, durante o ano passado. Números que confirmam a importância da TAP no bom desempenho dos negócios e do turismo na Área Metropolitana e na Região Norte. E um indicador de que talvez valesse a pena a TAP aumentar o número de ligações a partir do Aeroporto Francisco Sá Carneiro. À semelhança, aliás, do que vêm fazendo várias companhias aéreas, nem todas "low cost". Acontece que nem tudo o que parece é. Pelo menos para os novos donos da TAP. Não só não vão reforçar a presença a Norte, como já anunciaram que, no final de março, as quatro ligações à Europa (só entre o Porto e Bruxelas voaram 53 mil pessoas) vão acabar. As rotas são deficitárias, diz a companhia. Acredite quem quiser. Os presidentes da Câmara e da Associação Comercial do Porto, Rui Moreira e Nuno Botelho, vieram a público lavrar o seu protesto. Mas é uma denúncia que arrisca ser inócua e gera evidentes embaraços. Por uma simples razão: a TAP é agora uma companhia privada, que toma "decisões apenas em função dos seus interesses". E pelos vistos é do interesse da TAP levar os passageiros do Porto para Lisboa, e só daí para a Europa e o Mundo. Como é do interesse da TAP - agora que a sua presença se reduz a quase nada - desviar do Aeroporto do Porto as suas centenas de milhares de clientes galegos, com uma ligação entre Vigo e Lisboa. Suponho que alguns defensores nortenhos da privatização da TAP (nem que seja por omissão) já estejam a morder os lábios. Porque, como sempre, num país dramaticamente centralista, serão o Porto e o Norte os primeiros a pagar a fatura.
2 Não há muito a dizer sobre o facto de o Governo PSD/CDS ter permitido um aumento de salário de seis para 16 mil euros mensais ao indivíduo que nomeou presidente da Autoridade Nacional de Aviação Civil. É bastante dizer que é um insulto que alguém num cargo público leve para casa o mesmo que 30 portugueses que ganham o salário mínimo. Como não há muito a dizer sobre o facto de o mesmo indivíduo ter sacado um aumento com retroativos, ou seja, um "prémio" extra de 30 mil euros. Basta acrescentar que é um truque manhoso. Já se percebeu, também, que está toda a gente contra. Até o PSD e o CDS, uma vez que a culpa, segundo dizem, é da troika. O que é uma aldrabice. Não havendo muito que dizer, há uma pergunta que vale a pena fazer: quando é que os deputados do PS, BE e PCP (não vale a pena contar com os do PSD e CDS, que pelos vistos só fazem o que a troika manda) produzem uma lei que ponha fim a este triste espetáculo? De preferência, com retroativos.

Nota de RoP:
Talvez esteja na hora de António Costa avançar com a promessa de intervir neste negócio da TAP, antes que seja tarde. É uma boa oportunidade para provar que a descentralização que prometeu não fique outra vez pela intenção. E é bom também que o bloco PC/BE apoiem o governa nesta decisão. Os privados, são isso mesmo: privados. Não querem saber do interesse público. O senhor dinheiro é o primeiro e único valor que levam em conta. O resto, é conversa da treta, uma "nunomelada", ou uma "pauloportada", vai dar ao mesmo.

03 fevereiro, 2016

Gratidão de engraxar, é para oportunistas

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Diácono Remédios
Não havia nechexidade,  diria o diácono Remédios, interpretado pelo inefável Herman José... A inspiradora casual desta engraçada frase foi sua mãe, que lhe telefonou no intervalo de um programa, justificando-a por considerá-lo "um bom artista".  É para outros "bons artistas", mas sem a piada, nem a inteligência do Herman, que pretendo dirigir-me, quando digo não havia nechexidade. De facto, preferia não ter de dar explicações tão básicas.

Comentar com educação e fundamento, mesmo que discordando da opinião de terceiros, fica bem a qualquer pessoa, ainda que essa suposta pessoa a dê a coberto do anonimato. Agora fazê-lo, aproveitando o anonimato para insultar, e impôr, à custa de insinuações torpes e cínicas, as suas ideias, torna tal pessoa em pouco mais que nada, numa espécie de parasita social, invisível e inútil. Eu próprio, frequentemente, não me furto de comentar acintosamente temas e decisões com as quais discordo sobretudo quando lesam a dignidade pública. Desde políticos, e  jornalistas, a agentes desportivos. Mas faço-o, explicando porquê, através dos meus textos, dando a cara e o nome. Também já tenho louvado outras pessoas, embora algumas delas posteriormente me tivessem decepcionado...

Não é segredo para ninguém que detesto párias e gente desonesta, sobretudo quando desempenham cargos de alta responsabilidade. É por isso que às vezes digo que não servia para juíz, de acordo com os preceitos labirinticos da Justiça tradicional. Nunca aplicaria para um mesmo crime, a mesma pena a um criminoso poderoso, que a um criminoso pobre em casos de furto e corrupção. A pena maior ia naturalmente para o mais poderoso, e nem vou perder tempo a explicar porquê, até porque na justiça convencional o rico é sempre beneficiado. Logo: uma justiça arbitrária, que protege os mais fortes, é uma justiça suspeita.

Mas, não foi para falar de justiça que evoquei a frase do Herman. É para explicar a certos anónimos que a crítica, como o louvor, são opções opinativas que variam de pessoa para pessoa consoante os critérios de análise de cada indivíduo. O que devemos evitar dizer, quando não gostámos da opinião de alguém acerca de quem quer que seja, é contra-argumentar dizendo coisas do género: por que não vai você fazer melhor? Além de redutora, esta resposta traduz da parte de quem a dá um baixo sentido de cidadania, e uma total incapacidade para sustentar com argumentos idóneos o seu pensamento.

Dou-vos o caso de Pinto da Costa. Todos os que me visitam regularmente, sabem o que escrevi e denunciei, sobre a pouca vergonha que a comunicação social fez ao presidente portista. Tive o cuidado de escrever, que se houvesse algo de objectivo nas acusações que lhe imputavam, que devia pagar por isso, mas ao mesmo tempo também exigia que as investigações se estendessem a dirigentes de outros clubes, pois aquilo que vinha a público, das "frutas" e dos árbitros, era tão pueril no mundo do futebol, que não podia crer que só Pinto da Costa pudesse ser o único "envolvido". O certo, é que ninguém o condenou, a não ser o grupo vergonhoso de capangas da Comissão de Disciplina da Liga, descarados benfiquistas, e em contraste, hoje vemos dirigentes próximos de Luís Filipe Vieira ligados ao tráfico de estupefacientes e o Benfica a oferecer calmamente vouchers de refeições e camisolas como se fosse a coisa mais transparente do mundo... Mas, para a comunidade portista tudo isto é sabido, por isso passo adiante.

Estas chamadas de atenção do que fiz no passado, associadas ao apreço que sempre tive pela liderança forte e competitiva de Pinto da Costa, fez de mim um fervoroso admirador das suas qualidades. Nunca o escondi, nunca me poupei a elogiá-lo. Fí-lo, porque o merecia. Ponto. Esse mérito podia ser intemporal, e era assim que gostava sempre de o recordar. Mas... Mas, lamentavelmente, Pinto da Costa assim não quis, mudou, mudou muito, e para pior. Essa mudança, está a traduzir-se na pior fase do FCPorto dos últimos 30 anos, e ele pensa que os adeptos, só porque o admiravam antes, lhe permitem tudo, até a pior das coisas: a indiferença patenteada num silêncio nunca visto antes.

Sobre este assunto, já disse o que tinha a dizer,  não preciso de escrever um livro. Mas, foi esta desconsideração, a par de atitudes inimagináveis há uns anos atrás - como abrir as portas na festa dos Dragões de Ouro a gente que ODEIA o FCPorto - que entornou o caldo e me fez colocar um ponto final na consideração que tinha por ele. Não me conhece pessoalmente, e que importa isso? Pessoalmente também não o conheço a ele. Agora, o que quero que entendam, é que ninguém está acima dos meus próprios padrões de valores. Nem Pinto da Costa, nem ninguém. Penso pela minha cabeça e não me importo de estar só nessa "empreitada". Por isso, não me chateiem com lições de portismo, porque não vejo grandes exemplos porque me conduzir, ou mudar.  


02 fevereiro, 2016

Miguel Relvas, diz-lhe alguma coisa?





Mariana Mortágua
Banco Efisa, diz-lhe alguma coisa? Era o antigo banco de investimentos do BPN e que está parado desde 2009. Está longe de ser um banco relevante no sistema, mas tem uma mais-valia: uma licença bancária para operar em Portugal, Moçambique, Angola e na América Latina, que foi mantida à custa da injeção de dinheiros públicos, cerca de 52 milhões desde 2014.
Em julho de 2015, já depois de ter vendido o BPN, o Estado decide vender também o Banco Efisa, que até aí se encontrava dentro da Parvalorem, o veículo criado para gerir os restos do BPN. O Efisa é assim entregue à Pivot por 38 milhões de euros.
Na altura pouco se sabia da Pivot, a não ser que congregava investidores angolanos, norte-americanos e portugueses. Ficámos, no entanto, na semana passada, a conhecer um pouco mais desta história.
Miguel Relvas, diz-lhe alguma coisa? Foi secretário de Estado da Administração Local em 2004, altura em que ajudou a Tecnoforma - em que esteve Passos Coelho como administrador - a montar a fraude dos aeródromos. Mais tarde tornou-se número dois do primeiro-ministro Passos, e ministro dos Assuntos Parlamentares até abril de 2013.
Miguel Relvas já tinha sido consultor do banco de investimento do BPN antes da nacionalização. Na altura, o deputado e administrador da Kapaconsult (que tinha como único cliente o Efisa) era crucial para abrir as portas da política e dos negócios no Brasil .
Em 2012, foi o seu Governo a nomear Francisco Nogueira Leite, ex-administrador da Tecnoforma com Passos Coelho, para presidente da Parvalorem. Para além de chamar outros quadros próximos da Tecnoforma, Nogueira Leite manteve homens da confiança de Oliveira e Costa em lugares críticos da empresa. E foi ele, enquanto responsável máximo da Parvalorem, a conduzir a venda do Efisa à Pivot em 2015.
Já fora do Governo, é Miguel Relvas quem aparece, mais uma vez, a prestar serviços de consultoria à Pivot. Mas na semana passada o consultor Relvas foi promovido a acionista, e pede agora ao Banco de Portugal que ateste a sua idoneidade para ser dono de um banco, o Efisa.
Miguel Relvas e idoneidade, uma contradição nos termos capaz de arrancar uma boa gargalhada a qualquer um se não corresse o risco de vir mesmo a ser declarada.
(JN)









Nota de RoP: Em Portugal, seja em que regime fôr, o chico-espertismo não dignifica, mas promove, protege, faz enriquecer. Exactamente o que não faz a quem só sabe viver honestamente, e se arrisca a passar por burro, não o sendo.




31 janeiro, 2016

"Charme" do Porto conquista jornal dos EUA

"Charme" do Porto conquista jornal dos EUA

A estação de S. Bento é o ponto de partida para a rubrica "36 horas em", do jornal norte-americano "New York Times" (NYT), sexta-feira centrada na cidade do Porto.
O jornal elogia os "estonteantes edifícios dos século XVIII e XIX" do centro histórico do Porto, os bares alternativos e as boas vibrações da cidade, "facilitadas pelo excelente vinho", para concluir que "é difícil encontrar algo que não se goste na cidade do Porto".
A nova vaga de restaurantes, alojamentos modernos, o design dos novos estabelecimentos e a comida são elogiados pelo NYT. "Um dia ideal no Porto combina a grandeza da sua história com uma descontração a tempo inteiro", escreve Nell McShane Wulfhart.
Da estação de S. Bento, encantado com os azulejos característicos de Portugal, o autor desceu em direção ao rio, para comprar vinho do Porto ou experimentar a restauração local, da típica à moderna, com elogios a José Avillez, em Mouzinho da Silveira, e Pedro Lemos, na Foz, mas também à "miríade de confeitarias" da cidade e aos muitos locais para petiscar.
Segundo o NYT, "a fantástica amálgama de detalhes de arquitetura" da Sé do Porto resulta num edifício que vale a pena fotografar, por dentro e por fora.

O Centro Português de Fotografia, na antiga cadeia de Relação, e a Torre dos Clérigos fazem, também, parte do percurso.


(Fonte:JN)



Nota de RoP: