27 outubro, 2016

Veremos o que vai sair destas leis...

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Incêndios, a vergonha dos políticos
Bem, finalmente vejo este governo aparentemente interessado em acabar com a inércia de governos (todos) antecedentes com relação à prevenção dos incêndios. Uffa! Já não é sem tempo! Mas, calma, primeiro é preciso ver para crer, porque como sabemos, em Portugal, a lei é a coisa mais difícil de levar à letra, embora me custe muito a compreender porquê, sem levantar graves suspeitas...

Este verão, a tradição foi igual ao que tem sido há demasiados anos, fomos "presenteados" com mais umas dezenas (ou centenas) de fogos e obrigados a ver um filme de terror pela enésima vez contra a nossa vontade. Como sempre, o imenso exército de incendiários anónimos foi  o melhor alibi usado pelos media para justificar a inoperância de muitos anos de desmazelo e desrespeito pela segurança de pessoas, animais e florestas. Inqualificável!

As medidas a ser aprovadas hoje, só pecam por tardias (ler aqui). Se forem para levar a sério só podem ser benvindas, e, nesse caso, todos teremos a ganhar com isso, e o governo actual poderá acumular mais uns consideráveis pontos a seu favor. Se fôrem apenas para impressionar o eleitorado e tudo ficar como dantes, o governo dará mais um tiro no pé a juntar ao que deu recentemente com o deferimento vexatório da remuneração (30.000 euros!) do administrador da Caixa Geral dos Depósitos. É incompreensível continuar-se a argumentar o mérito como fundamento para tal decisão sem considerar a penalização do demérito e da irresponsabilidade, como ocorreu com a privatização do Totta, com os buracos do BPP e BPN e a cumplicidade do Banco de Portugal. Demagogia, é isto, não é outra coisa.

Nota de RoP:

Aproveito para informar que o jornal 2, emitido pela RTP2, irá dedicar hoje, exclusivamente às florestas, o noticiário desta noite, às 21H30.  
     

O mercado a respirar

Rafael Barbosa
Os representantes do capital não estão interessados, por exemplo, nos mecanismos de regulação que os representantes do povo, de vez em quando, lhes tentam impor. E se não conseguem evitá-los, tratam de os contornar. Até porque a regulação é sempre tímida e a maioria das vezes incompetente. É o caso da nova Lei das Comunicações Eletrónicas, que sofreu alterações há cerca de dois meses, mas foi imediatamente subvertida pelos mercados.

O objetivo era acabar com o monopólio das fidelizações nos contratos com as operadoras de telecomunicações, ou seja, permitir que os consumidores pudessem optar, a preços justos, por contratos sem amarras temporais. No fundo, garantir-lhes o acesso a um mercado livre. Acontece que o capitalismo não tem por finalidade garantir a liberdade de escolha, apenas o lucro. E as operadoras cumpriram a lei, porque a isso as obriga o jogo democrático, mas rapidamente arranjaram forma de a transformar em letra morta.

Por exemplo, de forma concertada (ainda que as autoridades da concorrência nunca o consigam provar), as três principais empresas, que até aí avaliavam os custos de instalação e ativação do serviço entre 80 e 150 euros, passaram a avaliá-los entre 350 e 410 euros. Do serviço que se está a falar é o daqueles senhores que vão a casa esticar uns cabos e ligá-los ao router e à box. Um serviço que, em simultâneo nas várias operadoras, quadruplicou de preço. Resumindo, voltou tudo à estaca zero. Se o consumidor quiser um contrato sem fidelização, tem de estar disponível para pagar umas largas de centenas de euros a mais (pode chegar a mais 800 euros ao longo de um período de dois anos, nos pacotes de serviços mais comuns).

Perante isto, o que dizem os nossos representantes democráticos? Alguns classificam a manobra como "chico-espertismo" e a maioria parece inclinar-se, ainda que a medo, para voltar a mexer na lei. Quem mais destoa é, curiosamente, o partido que está no poder. O deputado Luís Moreira Testa, em nome do PS, recusa precipitações. E usa um argumento que deixa qualquer um a hiperventilar: "é preciso deixar o mercado respirar".

(do JN)

26 outubro, 2016

O generoso Benfica

As buscas da Polícia Judiciária à SAD do Benfica, a 11 de Outubro, com vista ao esclarecimento do custo do "Kit Eusébio" que as águias oferecem às equipas de arbitragem, observadores e delegados da Liga, ocorreram 29 dias depois de ser emitido o mandado de busca, apurou o JN junto de fonte próxima do processo. Portanto, no penúltimo dia para ser executado, dado que tinha um prazo de 30 dias.
A acompanhar os inspectores da PJ esteve Paulo Gonçalves, assessor jurídico da SAD encarnada, durante as 3 horas que as autoridades passaram no Estádio da Luz. Em causa está, recorde-se, a denúncia pública do presidente do Sporting, Bruno de Carvalho, no dia 5 de Outubro, do ano passado, na TVI24, sobre os presentes oferecidos pelo Benfica aos árbitros, assistentes, observadores e delegados, intervenientes na equipa principal e B, nas temporadas desportivas  de 2013/14, 2014/15 e 2015/16. Logo a seguir, a Federação Portuguesa de Futebol participou o caso à Procuradoria Geral da República, órgão que dirige o Ministério Público (MP) para averiguação de factos que possam constituir a prática de crimes de corrupção desportiva activa e passiva, como o JN noticiou em exclusivo.
Ao contrário do que ontem alguma imprensa noticiou, nem a PJ nem o MP concluiram que o caso será arquivado, até porque, sabe o JN, a Judiciária aguarda pela chegada da documentação requerida durante as buscas ao departamento financeiro da SAD e o presidente Luís Filipe Vieira não terá sido também ouvido. Fonte oficial do MP  afirmou ontem ao nosso jornal: "O inquérito encontra-se em investigação e está em segredo de justiça".

UEFA ESTABELECE LIMITE MÀXIMO

A ajudar à investigação da PJ estará o código de ética da UEFA que estabelece um valor máximo para as lembranças deixadas pelos clubes às equipas de arbitragem: no máximo 200 francos suiços (algo como 185 euros). E se o "Kit Eusébio" e as entradas no museu Cosme Damião têm valor definido, respectivamente 59,99 euros e 10 euros por bilhete, já os jantares no museu da cerveja não. Nos sites da especialidade, é possível perceber que uma refeição por pessoa rondará os 25 euros. No entanto, não se sabe se o Benfica pagou mais ou menos, até porque tem uma parceria com o referido restaurante. Certo é, que além da camisola da antiga glória, em 2013/2014 e 2015/2016, as águias ofereciam dois vouchers. Já em 2014/2015, o conjunto encarnado optou por ser mais generoso e ofereceu quatro vouchers a cada árbitro, assistente, observador e delegado.

(Fonte: JN)


Nota de RoP:

Tudo muito sério e cristalino. 
O Benfica é tão só um clube extremamente generoso. Fim de papo...

25 outubro, 2016

Dragões de Ouro

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No contexto actual, de desencanto com a conduta do presidente do FCPorto, a festa dos Dragões de Ouro não tem o impacto que devia ter. Uma festa deste tipo, que visa essencialmente louvar o empenho de atletas e funcionários, adquire uma aparência algo postiça, e de certo modo injusta para quem a merece, quando o líder deixa de estar ao nível do espírito que a gerou. Apesar disso, foi talvez a gala mais conseguida do ponto de vista lúdico e ambiental.

Desse ponto de vista, a estrela da noite foi sem dúvida alguma Pedro Abrunhosa que a certa altura desafiou a plateia que - como é habitual, porta-se de forma demasiado formal e fria - a levantar o rabinho do assento. A dado momento, quando Abrunhosa procurava empolgar os espectadores e percebeu que não reagiam, tentou pô-los a cantar, fez uma pausa, e disse: se eu estiver a incomodar por favor digam... 

Foi tão categórico que nem Pinto da Costa resistiu ao desafio a ponto de se pôr a cantar à frente dele com Rui Moreira a acompanhar. Foi uma cena hilariante que desmontou por momentos aquele ambiente um tanto solene para um evento que devia ser sempre de festa e boa disposição. Enfim, mesmo assim acabou por ser bem mais divertida do que seria expectável. Portanto, acabei por gostar do resultado final, devo admiti-lo.

Por mais que tente evitá-lo, não consigo dissociar os momentos positivos da brutal mudança de comportamento de Pinto da Costa. E não sou só eu, cada vez há mais portistas intrigados com as contradições deste homem. E é uma pena, porque sendo ele um dos principais responsáveis pelos últimos anos de resultados negativos devia ser ele o primeiro a inverter o ciclo. Só que, como parece decidido a virar as costas aos inimigos do FCPorto, numa altura em que o principal rival anda a ser acossado com a história dos vauchers, depois de tantos danos terem causado ao clube, tudo leva a crer que, caso se repitam as habilidades das arbitragens, ele não terá qualquer reacção. Se não a teve estes últimos anos de arbitragens escadalosas, por que havemos de acreditar que a terá agora? Há aqui qualquer coisa de muito estranho que ninguém consegue entender.

Será que ele, ao menos, entenderá?   


24 outubro, 2016

Retrato de um tripeiro atento

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Nos tempos que correm, são tão poucos os portuenses predispostos para denunciar publicamente a avidez centralista que, não tarda muito, têm direito a tratamento de heróis, e no entanto custa tão pouco...

Hélder Pacheco é, a par de Germano Silva, das poucas figuras públicas sem responsabilidades políticas que melhor corporizam a génese do portuense puro. 

Como portuense puro, considero todos aqueles que, sem hostilizar Lisboa, dispensam as suas mordomias e influências, mas não a temem. Gostam do Porto, vivem no Porto, e muito provavelmente acabarão os seus últimos dias no Porto. 

Que pena, que tristeza é para o Porto haver tão poucos assim. Quando vejo o Porto Canal sinto que aquela juventude que por lá anda está muito longe de interiorizar a pureza genética destes dois tripeiros. Não me interpretem mal. Nada disto tem a ver com manifestações racistas, antes pelo contrário. Tem a ver com a assunção orgulhosa de uma forma muito própria de ser e de estar com a terra onde se nasceu, ou simplemente se viveu.

Muita saúde, grande Hélder!

23 outubro, 2016

Contrastes

Pronto, fizemos o que devíamos, ganhámos ao Arouca! Como disse em post anterior, vou deixar mais uns tempos a equipa de Nuno E. Santo a marinar, como peixe em vinho branco e raminho de cheiros, para saber a que sabe a caldeirada... Já concluí que não é muito bom criar grandes expectativas, mesmo que os sinais nos pareçam positivos.

Bem mais pragmática e empolgante foi a victória do FCPorto em andebol com o rival mais directo, o Sporting. Já me tinha empolgado com a victória sobre o ABC em Braga, muito renhida e com a roubalheira do costume das arbitragens, mas este jogo teve um sabor especial visto o Sporting ter um plantel igualmente muito forte e competitivo. 

O hóquei em patins do FCPorto voltou a ganhar e a mostrar que está a jogar suficientemente bem para atrair espectadores ao Dragãozinho. São estas as modalidades que desportivamente podem disfarçar o desmazelo da presidência, embora não aportem as mesmas mais valias financeiras do futebol... Os juniores sub-17 deviam ganhar dinheiro por mostrarem aos nabos da B como se joga um futebol inteligente e ofensivo. Contrastes.

21 outubro, 2016

Pinto da Costa não pode ter amigos, porque se os tivesse...

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Pinto da Costa

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... já alguém o teria aconselhado a consultar a blogosfera portista para ter uma ideia do que eles pensam do seu actual comportamento, do mal que lhes está a fazer e da grande decepção que lhes está a causar. Não é por ter muita gente à sua volta a bajulá-lo, dentro e fora do clube, que Pinto da Costa terá garantidas as amizades... Pode até acontecer que esses mesmos "amigos" venham a ser os primeiros a apunhalá-lo quando perceberem que, afinal, foi ele quem bateu no fundo e que já não lhes pode ser útil. 

Sucede que Pinto da Costa não quer saber dos adeptos para nada, porque se quisesse não teria este comportamento, e os seus "amigos", se fossem realmente amigos e respeitassem o FCPorto (que são os adeptos) já lhe teriam transmitido o ambiente depressivo que se instalou nos portistas e convencido a ter uma relação mais séria com eles.  Sucede também que os "amigos" que estão dentro da estrutura directiva já demonstraram estar mais interessados em manter os lugares e os dividendos daí resultantes, do que em zelar pelo futuro do clube. Os adeptos estão entregues a si próprios.

Pela minha parte, Pinto da Costa, aquele homem que durante tantos anos nos fez sentir orgulhosos da nossa condição de portistas, já não existe. Não morreu fisicamente, mas partiu para uma outra realidade que nada tem a ver com o Porto vencedor, com a sua gentes, com o seu carácter. Este Pinto da Costa, é um homem fraco, vencido, incoerente, quase um troca-tintas, mas ainda profundamente arrogante. Decididamente, não gosto deste Pinto da Costa, não me diz nada agora.  

Não sou sócio actualmente, por isso não posso usufruir dos respectivos direitos. Mas se fosse, faria tudo para convocar uma reunião de esclarecimento sobre as ocorrências lamentáveis dos últimos 3 anos. Exigiria respostas SÉRIAS na hora, e se porventura fosse desconsiderado, rasgaria na cara do Presidente o meu cartão de sócio. Voltaria, só quando o FCPorto tivesse elegido um novo presidente. Este, só nos sabe colocar no ridículo.

20 outubro, 2016

Andebol e Hóquei, os cisnes belos do FCPorto da actualidade


Foi fantástico  o jogo de  andebol entre o ABC de Braga e o FCPorto! Presentemente, o andebol, é,  sem dúvida alguma, a par do Hóquei em Patins, a modalidade mais fiel aos pregaminhos do FCPorto, e com melhores protagonistas. O jogo de ontem, disputado no pavilhão do actual campeão, foi de parte a parte, altamente bem disputado, com o FCPorto quase sempre com dois golos de vantagem. Houve apenas um senão, que foi o comportamento da equipa técnica do ABC a pressionar permanentemente os árbitros, sem na maior parte das vezes ter razão para o fazer. Quando o FCPorto vai lá fora, os ambientes são normalmente mais civilizados, o que não abona nada para a imagem do nosso país, mas isto, é o nosso fado...

Contrariamente ao que li num blogue portista, não é o basquete a modalidade que melhor tem jogado, apesar de ter conseguido a grande proeza de ter sido campeão nacional e de recentemente ter vencido a Taça. O basquete tem um excelente, um magnífico treinador, Moncho Lopez, mas está muito longe de ter um excelente plantel (já vi muito melhores no passado). Há jogadores sem capacidade para intuir as intruções do técnico que, com grande empenho e um alto grau de tolerância lá vai trabalhando o melhor que pode com a prata da casa. Já o andebol, tem treinador e plantel. Sim, plantel, o que significa que os jogadores têm uma qualidade homogénea, incluindo os dois principais guarda-redes (Hugo Laurentino e Alfredo Quintanilha) que são do melhor que os meus olhos viram nos últimos anos.

O Hóquei em Patins parece seguir pelo mesmo caminho. Tem também um grande treinador e um plantel homogénio de grande valia técnica. Joga bem, defende criteriosamente, e... dá espectáculo. Estas modalidades são actualmente a menina dos olhos do nosso clube. Nem sei como conseguem ser tão assertivos com a crise que se instalou na estrutura administrativa, principalmente no presidente. Valha-nos isso.

19 outubro, 2016

É melhor deixar o optimismo mais um tempinho a marinar...



A forma, algo temerosa como o FCPorto entrou a jogar contra o Brugge quase me fez arrepender da observação que deixei na crónica do jornal Porto24 publicada aqui em baixo. Dizia eu que a equipa está mais personalizada, que não erra tantos passes, que não lateraliza tanto o jogo, Dizia, e vou continuar a pensar assim, apenas porque Nuno Espírito Santo ainda foi a tempo de corrigir o que estava mal e conseguiu sair da Bélgica com os 3 pontos da ordem, caso contrário terei de reconsiderar o prazo de maturação do meu optimismo.

Fiquei com a ideia de que o FCPorto se deixou traír, não tanto pelo ambiente do estádio, mas fundamentalmente por dois factores: por não ter tomado a iniciativa do jogo, pressionando alto, e por não contar com a entrada rápida dos belgas. Foi essencialmente a rapidez do adversário que desorientou o esquema táctico dos portistas, e a prova disso ficou pantenteada no lance que deu o 1º. golo ao Brugge, com Layún (um dos jogadores que mais aprecio) a ficar pregado à relva e atrapalhado com os ressaltos de bola que anteciparam o golo. O outro problema  (para muitos, o principal), deveu-se ao afunilamento do jogo para a zona central do terreno onde os belgas se sentiram sempre confortáveis a despachar as investidas demasiado previsíveis e lentas dos nossos jogadores. 

Na segunda parte Nuno E. Santo lançou Brahimi e Corona, que resultou na reviravolta do resultado. Para isso, pesou mais o mexicano, com um futebol mais pragmático e colectivo. Brahimi continua a ter dificuldade em gerir o talento que lhe é reconhecido e acaba sempre por obstacularizar a fluidez do jogo com fintas e mais fintas que normalmente não dão em nada. Percebe-se que anda ansioso por marcar um golo, mas alguém tem de lhe explicar bem o que deve fazer para lá chegar, d'outro modo nunca irá chegar a afirmar-se. Avaliando o lado positivo da coisa, contribuiu para atrair a si mais jogadores adversários e romper com a sua muralha defensiva, só tem é de ser mais prático.

Há no futebol de alta competição um regra mestra que explica o sucesso de uns e o fracasso de outros: a velocidade. Se os nossos jogadores têm talento, falta-lhes velocidade. O curioso, é que não é por serem lentos que são melhores executantes, quer no capítulo do remate, quer do passe. Ontem, vimos várias vezes os nossos jogadores serem surpreendidos pela velocidade dos belgas e ficarem sem a bola por falta de atenção e de rapidez. Isto, será assim tão difícil de corrigir?  Custa-me a compreender por que é que nós somos tecnicamente melhores e continuamos a falhar passes. Se não é falta de técnica é falta de concentração e isso para um clube com as aspirações do FCPorto é inaceitável.

Enfim, ganhámos e por agora ainda nada está perdido. O que não pode voltar a acontecer, é continuarmos a dar o "ouro ao bandido", com entradas aparentemente medrosas, como foi a de ontem, e andarmos sempre com o credo na boca a fazer contas complicadas para nos apurarmos. Há que ser mais consistente, que começar os jogos pressionando logo na área adversária, tomar a iniciativa dos jogos sempre muito concentrados e não para os encarar como se fossem uma espécie de roleta russa, porque os adeptos não são suicídas e já andam cansados de sofrer.

17 outubro, 2016

FC PORTO REGRESSA SEMPRE A CHORAR DA BÉLGICA



FC Porto e Club Brugge apenas se encontraram uma vez nas competições europeias. Aconteceu na temporada 1972/73, para a segunda eliminatória Taça UEFA, e os portistas, então orientados pelo chileno Fernando Riera, reverteram uma derrota na Bélgica (2-3) com um expressivo 3-0 nas Antas (dois golos de Abel Miglietti e um de Flávio). Na ronda seguinte, o FC Porto, que afastara o poderoso Barcelona (3-1 em casa e 0-1 fora) antes de deixar pelo caminho o Brugge, caiu aos pés do Dínamo Dresden (RDA) pela regra dos golos fora – derrota em casa (1-2) e triunfo fora (1-0).
Foi a primeira vez que o caminho dos dragões se cruzou com um clube belga em provas europeias. Daí para cá, houve mais seis confrontos na Bélgica, com o Anderlecht como maior cliente do FC Porto. E com uma série de pesadelos para guardar na memória.
Em 1977/78, época em que o FC Porto quebrou um jejum de 19 anos e se sagrou campeão nacional, o Anderlecht vergou a equipa de José Maria Pedroto a pesados 0-3 em Bruxelas, depois de ter vencido por 1-0 na Invicta. A eliminatória contou para a segunda mão dos quartos-de-final da Taça das Taças, que viria a ser ganha pelo… Anderlecht.
Em março de 1982, um mês antes de Jorge Nuno Pinto da Costa assumir a presidência do FC Porto, novo desaire em terreno belga. Dessa vez, e também para os quartos-de-final da Taça das Taças, mas na primeira mão, o Standard Liége venceu 2-0 os azuis e brancos, do austríaco Hermann Stessl.
Na baliza do Standard, que viria a empatar (2-2) nas Antas e assim assegurar o carimbo para as meias-finais, pontificava um tal de Michel Preud’Homme, futuro guardião do Benfica e hoje treinador do… Club Brugge (sim, o adversário do FC Porto esta terça-feira).
Na época seguinte, 1982/83, o FC Porto voltou a sofrer na Bélgica. Na primeira mão da segunda ronda da Taça UEFA, derrota pesada (0-4) com o Anderlecht, resultado depois impossível de contrariar nas Antas, apesar do triunfo por 3-2 em noite de dilúvio.
O Anderlecht voltou a ensombrar o FC Porto em 1993/94, quando venceu por 1-0 a turma Bobby Robson, em jogo a contar para a fase de grupos da Liga dos Campeões. O golo solitário foi apontado a dois minutos do final pelo esguio ponta-de-lança Luc Nilis.
Mas não ficou por aqui a equipa da capital belga, que em 2000/01, na terceira pré-eliminatória da Liga dos Campeões, venceu em Bruxelas o FC Porto. O resultado voltou a ser um magro 1-0, obra do gigante checo Jan Koller, suficiente para o Anderlecht deixar pelo caminho os portistas, de Fernando Santos, que não foram além de um empate (0-0), no Estádio dos Antas.
Uma década depois, em 2010, veio, finalmente, a glória azul em branca em estádios belgas. Orientado por André Villas Boas, o FC Porto cilindrou o Genk (3-0 – golos de Falcao, Souza e Belluschi), em partida da última pré-eliminatória da Liga Europa. No Dragão, na segunda mão, outro passeio (4-2) e prenúncio do que viria a ser a caminhada europeia do FC Porto nessa temporada 2010/11, que apenas culminou em Dublin (Irlanda) com a vitória na final da prova (1-0, por Falcao, frente ao Sp. Braga).
(Porto24)
Nota de RoP:
Não obstante algumas lacunas residuais do passado (passes errados e lateralizados), nota-se que houve um progresso significativo. A equipa está mais confiante. Já não evita o contacto físico, ataca mais, pressiona e corre melhor, conseguindo a espaços jogadas de belo efeito. Por isso, acredito que vamos ganhar em Brugge, trazer 3 pontos na bagagem e deixar os flamengos a falar valão (sem arrogância)...

13 outubro, 2016

FCPorto, contas feias e explicações tardias

Fernando Gomes ainda não é o Presidente do FCPorto, pois não?

Não vou entrar em detalhes, porque seria uma perda de tempo rebater a já tão badalada tecla dos 58 milhões de euros de prejuízo do FCPorto.

Da importância dos detalhes do Relatório e Contas, devia obrigatoria e explícitamente constar os vencimentos individuais de todos os elementos da administração (executivos, e não executivos), assim como dos órgãos socias, para sabermos se a intenção de reduzir custos é séria, e se abarca a componente moral que  abranja igualmente os dirigentes. Pelo que ouvi da voz de Fernando Gomes, essa redução  será apenas aplicada ao plantel, o que me parece pouco, e mesmo nada pedagógica. 

Sendo Fernando Gomes a anunciar, de forma um tanto ou quanto polítiqueira (no pior sentido do termo), as tardias decisões de mudar o paradigma despesista de gestão, sem contudo reconhecer erros próprios, tivemos a confirmação do papel secundário que hoje tem o presidente Pinto da Costa na liderança do FCPorto. A verificar-se que a redução de custos não englobem o grupo (desmedido) de quadros superiores, perder-se-à  uma boa oportunidade para atenuar a negligência dos últimos 3 anos de gestão.  Além de que, ficará por saber as consequências que tal decisão provocará na auto-estima e no próprio rendimento dos jogadores...

Sobre o Porto Canal, não se ouviu uma palavra. No entanto, ela surgiu quando foi para justificar o buraco despesista do clube (e que jeito deu!)... Mas, não é para admirar. Se nem os sócios têm direito a esclarecimentos atempados e precisos sobre o futuro do clube, por que raio haviam de o ter sobre uma empresa de comunicação? Pois, é isso mesmo que, no futuro, os sócios deviam exigir: esclarecimentos. Sendo o FCPorto accionista maioritário do Porto Canal, ainda que ambos administrativamente "autónomos", os sócios não podem ser tratados como um corpo estranho ao Porto Canal. Seria bom esclarecer esta situação, se possível, numa próxima Assembleia Geral, ou então convocar uma, expressamente para o efeito. 

Resumindo, caros amigos do dragão abençoado, o futuro próximo depende exclusivamente do treinador, dos jogadores e... da sorte. Porque, de liderança e  comunicação, estamos conversados.


12 outubro, 2016

Ser, é ser diferente


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A razão pela qual publiquei o artigo da jornalista Paula Ferreira relacionado com os taxistas deve-se ao facto de se tratar de uma classe profissional que ao longo dos anos pouco ou nada fez para melhorar a péssima imagem que criou na opinião pública.

É uma profissão tão importante como outra qualquer, mas se ainda goza de má reputação deve-se, única e simplesmente à classe, que nunca foi capaz de se adaptar ao fenómeno da concorrência de forma inteligente, começando por alterar comportamentos, que vão da seriedade ao respeito, ou seja, optando pelas regras da boa educação. Nem falo na comodidade do serviço, porque isso sempre implicará custos que provavelmente a maioria  não poderá comportar, mas já posso falar do asseio, por exemplo, que é uma qualidade intrínseca às pessoas civilizadas, e isso, tal como descreve a jornalista, nem sempre é explícito. 

A necessidade de ganhar a vida numa época conturbada como a que vivemos, em que a oferta de emprego não abunda, e as condições são cada vez mais precárias, leva muita gente a aceitar cargos para os quais não tem o menor perfil, e é aí que começam estes (e outros) problemas.

Qualquer cidadão que aceite um emprego sem ponderar bem se reune os requisitos para o desempenhar, sujeita-se a ter muitos dissabores, sobretudo se o lugar exigir o contacto directo com o público. É o caso dos taxistas, e de muitas outras profissões. Quase todos nós passámos por isso alguma vez na vida, mas é conveniente não desistirmos de procurar fazer aquilo de que mais gostamos e que se adequa melhor ao nosso temperamento. Nem sempre é possível, é certo, mas é preciso tentar, caso contrário geramos uma imagem profissional muito negativa que irá afectar todos os colegas, incluindo os que gostam do que fazem e se sentem injustiçados com as generalizações negativas.

Vale isto por dizer, que os taxistas não estão sós no extenso grupo de profissões mal cotadas no mercado de trabalho. Como é sabido, os próprios jornalistas, a quem recorro amiúde publicando aqui os seus artigos (como foi o caso), gozam de uma péssima reputação, e contudo, também sou muito crítico com eles, o que não quer dizer que os considere todos maus. Mas que também gozam de má fama, disso ninguém os livra. Pena é que os bons profissionais tenham medo de enfrentar os maus, e quando assim é são corresponsáveis pela degradação da imagem de toda a classe. E das duas, uma: ou a maioria, são maus jornalistas que dominam os bons pela letargia destes, ou se não dominam significa que os "bons" se acomodam, tornando-se cumplíces dos maus.

Portanto, neste filme,  ninguém está inocente. Portanto, não se queixem das generalizações.

Há uma expressão simples a que sempre atribuí grande importãncia e que reza assim: SER, é ser diferente.  

11 outubro, 2016

Da bondade dos taxistas

Paula Ferreira - (JN)

Os taxistas sabem: a não imposição de um limite ao número de carros da Uber a operar pode ser o princípio do fim. Sabem eles e sabemos todos nós. O ministro do Ambiente, firme na posição de não criar um contingente para essas viaturas, assegura que os táxis têm um contingente por serem um serviço público com todas as vantagens que daí advêm. Mas não deixa os motoristas de táxi de mãos vazias: abre a possibilidade de passarem a operar com carros descaracterizados. Como se isso fosse o problema. Não é. O problema está no interior das viaturas. Quem não foi já maltratado por um motorista de táxi? Quem nunca entrou num carro sujo com um condutor mal-encarado e resmungão, a insultar os outros automobilistas, a culpar o passageiro pelos males do Mundo? A classe, claro, não é toda assim. Serão exceções. Talvez. Mas as imagens que ontem vimos, ao longo de todo o dia, esboçam bem o retrato dos taxistas.

Aqueles homens, por muitas razões que tenham para protesto, perdem o controlo e atacam. Sim, é a palavra: atacam qualquer carro onde suspeitam estar um motorista da empresa rival. Deste modo, perante um espetáculo troglodita, dão aos portugueses razões acrescidas para pensar duas vezes antes de ligar para a central de táxi. A imagem de vários homens a rodear um carro da Uber, com clientes no interior, e a abaná-lo com violência, é a síntese da bondade da classe: ontem, em Lisboa, transformou uma manifestação legal num bloqueio selvagem.

E se é tão simples chamar uma viatura através de uma simples aplicação de telemóvel, ser atendida por uma pessoa cortês, escolher a música e até o tipo de carro que se quer usar, porquê correr o risco de encontrar um daqueles homens ao volante do táxi?

A manifestação ou bloqueio, ontem, em Lisboa, reforça a imagem negativa dos taxistas. Mas essa imagem reflete uma outra, a do Governo: depois de inúmeras reuniões, não está a saber controlar a situação. Os taxistas terão de perceber: prestam um serviço público, e isso é compatível com a reivindicação, mas já não o é com a violência perante a concorrência. Por muito que lhes custe, é a concorrência que está em causa. Se mantiverem tal atitude, será fácil antever um vencedor. A última palavra não é do Governo, mas da escolha dos clientes.
Nota de RoP:
Por mais compreensão que procuremos ter com os problemas dos taxistas, a sua postura grosseira e arrogante, traduz fielmente a péssima fama de que gozam na opinião pública. 

Por isso. subscrevo sem rebuço o que a crónica relata. 
Lá diz o ditado: quem não quer ser lobo, não lhe veste a pele.

07 outubro, 2016

A família benfiquista, não promíscua (Onde estás tu Rui Rio que não te oiço)


Para memória futura, eis os 5 sacrossantos valores benfiquistas (é proibido gargalhar):
  1. Valores de ganhar pelo mérito
  2. Valores do fair-play
  3. Valores de respeitar os outros e de não ser arrogantes
  4. Valores de não usar ironias para dizer mal dos outros
  5. Valores de não atacar os outros para nos valorizarmos a nós mesmos 

Mas, haverá alguém neste país e nos outros que ouse sequer duvidar da seriedade dos benfiquistas? Haverá alguém que duvide da integridade moral do político declamador? Haverá alguém capaz de negar que a promiscuidade entre clubes e políticos é exclusiva ao FCPorto? Não é Dr. Rui Rio? Onde estarás tu neste momento, que não ousas abrir o bico para bater no vermelho?

06 outubro, 2016

Não sejamos mais papistas que o Papa

Espero, e desejo, que as minhas previsões venham brevemente a revelar-se infundadas, porque será sinal que algo de muito positivo terá mudado no Porto Canal. Continuo convencido que não há, nem nunca houve, um projecto devidamente elaborado que visasse priveligiar os interesses dos portuenses e dos nortenhos, quer em termos regionais, como nacionais. 

Estou-me a repetir, mas a opção pelo modelo generalista/desportivo, pareceu-me em princípio a mais adequada, porque confiei na idoneidade das partes envolvidas, na objectividade, e na necessidade de fazer diferente do que se faz em Lisboa, em multiplos canais. Sendo o modelo escolhido algo complexo, pela sua natureza miscigenada, só vingará se alicerçado num projecto muito bem arquitectado que pondere os prós e os contras do negócio, mas sem nunca abdicar da raiz regional.  

Por isso alimentei a ideia de termos um canal assumidamente regional, com o mesmo à vontade com que os canais de Lisboa praticam (sem o assumir) o centralismo, e não vejo nisso nada que nos possa envergonhar, bem pelo contrário. Se há quem deva envergonhar-se - porque andam há 42 anos nisto - são todos aqueles (políticos e eleitores) que contribuiram para transformar o 25 de Abril no maior pesadelo anti-democrático da história nacional pós Estado Novo. 

O óbice deste dilema,  é que o  patrão do Porto Canal é o FCPorto cujo presidente parece ter-se esquecido do passado  e dos problemas pessoais que esse centralismo lhe trouxe, e por inerência, ao clube. Só isso, justificaria da sua parte uma atitude mais ousada, mais transparente e participativa com os portuenses. Ninguém compreende que um homem que andou tanto tempo a queixar-se, e com razão, do centralismo, seja incapaz de usar um canal de televisão, que é propriedade do clube, para lutar contra ele. Não pode ser Júlio Magalhães nem Manuel Tavares a decidirem a política editorial do Porto Canal, até porque ambos já deram provas de não terem perfil para lutar contra a longa maré centralista, tem de ser o líder do FCPorto. Não o fazendo, está a dar provas que teme alguma coisa e que afinal não é o homem resiliente que pensávamos.

Pela minha parte, nunca proporia nada que nos envergonhasse, que imitasse os modelos vulgares e seguidistas dos canais desportivos da capital. Proporia, isso sim, que se denunciasse a perfídia, a vigarice que tantos prejuízos continuam a custar ao FCPorto. Não queremos, nem precisamos, de imitar os medíocres, queremos e devemos, arrancar-lhes a máscara até que quem de direito perca a vergonha e intervenha para os colocar no devido lugar.  Não temos nada a perder, somos cidadãos do mesmo país, somos portugueses.  

De resto, com pessoal empreendedor, criativo, alérgico a Big Brothers e quejandos, é perfeitamente possível tornar o Porto Canal num canal diferente, desde que se inspire na seriedade, na qualidade e na originalidade dos temas e da progranmação, quer para informar, como para recrear. Há um mundo de coisas novas por fazer, haja vontade, haja quem pense seriamente nisso. Copiar, não é a melhor solução, é apenas a mais fácil. Mas, até para copiar é preciso saber. 

Os espectadores menos exigentes podem levar tempo para admirar o que lhes parece menos popular, mas uma vez compreendida a diferença, saberão muito bem separar o que é relevante, do lixo.

O caminho que o Porto Canal apontou como percurso é muito difuso, contradidório e perigoso. Se a componente "generalista" implica fazer igual ao que já há, e se não forem atempadamente criadas certas condicionantes informativas de forma a evitar a colisão com a "desportiva" do FCPorto, podemos correr o risco de subitamente vermos o Porto Canal a promover as equipas rivais de Lisboa... Esses conteúdos desportivos devem reduzir-se ao mínimo, a informações telegráficas. 

Se cometerem a ingenuidade de dar corda demais à informação desportiva, um dia destes damos com o Porto Canal a tornar-se mais um holofote para os clubes do centralismo. Ora, palcos têm eles de sobra, sobretudo os vermelhos. Enquanto dão palco a quem já o tem por excesso, outros (os nortenhos) perderão o lugar que lhes pertence. 

Nâo sejamos burros, não sejamos mais papistas que o Papa.    

    

05 outubro, 2016

Afinal o plano B era o plano J…


Houve que rejuvenescer o onze, dando oportunidade a um miúdo a titular, o Diogo Jota, e não a suplente, feito bombeiro, o tal que só entra para desembrulhar o que já está embrulhado.

Finalmente, uma goleada! Ao fim de semanas, meses e anos, até, a viver à míngua de golos e exibições, eis que, na Madeira (onde a vida futebolística até costuma ser complicada),  os adeptos portistas voltam a desfrutar de um jogo do seu clube com prazer e, inclusive, com algum encantamento.
Ganhar por quatro, ante o Nacional, não é tarefa fácil. É a goleada do campeonato e, em jogos fora, é uma marca que só “in illo tempere” era possível.  Ou seja, 4-0,  como visitante é uma proeza viável e pensável apenas na época do apogeu clubístico dos dragões.
Pergunta-se, então: terá o dragão, tal como a mitológica fénix, renascido das cinzas? Será que este sensacional resultado é o arranque de um novo FC Porto, mais identificado com o seu paradigma ganhador? Será que tal foi obra de um acaso ou de um momento de inspiração súbito? Ou será, ainda,  que terminou o Outono da equipa para dar lugar, em antecipação, a tempos primaveris, contrariando o calendário e a natureza das coisas?
São muitas perguntas para respostas que só o futuro poderá dar.
Isto embora, desde já, muito “comentadeiro” atribua às fraquezas do adversário a responsabilidade do sucesso portista.
Porém, em boa verdade, isto é normal, claro. A filosofia vigente, entre os “sulistas” (onde se situa o cérebro dos media) é a seguinte: quando os grandes da capital goleiam é só exaltação e grandeza quando é o rival, foi o demérito do seu adversário. Nunca, mas nunca, se atribui eficácia, competência, inteligência ou talento e esforço aos outros, no caso ao FCP ou, até, ao Guimarães.
Das duas, uma: ou houve facilitação do adversário ou foi tudo obra do jogo da sorte e azar, como se um estádio fosse um casino…
Mas não aconteceu isso. O que se passou na Madeira foi o exemplo claro de que o FCP pode – e deve – voltar aos seus tempos áureos se os seus jogadores honrarem a camisola que envergam e o emblema que a suporta. A exibição do mexicano Layún foi a prova de que a garra, o pundonor ou o brio profissional são os primeiros responsáveis pelo êxito.
É evidente que, desta vez, o treinador Nuno Espírito Santo (NES)  acertou na mudança. Adrián faz figura de corpo presente?  Sai. André André está fora de forma e em nítido défice físico? Sai. Brahimi está psicologicamente debilitado? Senta-se no banco.
Por isso, houve que “rejuvenescer” o onze, dando oportunidade a um miúdo, a titular, o Diogo Jota, e não a suplente, feito bombeiro, o tal que só entra para desembrulhar o que já está embrulhado…
Portanto,  se não há plano B, há plano J…
Uma palavra para a humildade de NES. Sabe que esta vitória vale apenas três pontos pois os golos não contam ( e deveriam contar, em nome do futebol de ataque…)  e, por isso, não embandeira em arco, como muitos portistas que já julgam que venceram o campeonato.
Bem diferente de NES é a atitude do técnico do Sporting, Jorge Jesus. Ele não perde uma oportunidade para se vangloriar e aos seus pupilos. Gelson é uma obra-prima sua; Adrien fabuloso campeão europeu; Bost é um avançado de excelência; Coates, um central de eleição, etc, etc
Ele tem de aprender que, em futebol , o elogio só vale quando se ganha, caso contrário é bazófia e arrogância puras. Só provoca o riso e o descrédito… Ou não será assim?
(Porto24)

04 outubro, 2016

Ainda o jogo Nacional da Madeira - FCPorto



Subitamente, eis um FCPorto dinâmico, capaz de desenvolver um futebol cativante, com toda uma equipa apostada em jogar para a frente, procurando os golos com que se constroem as victórias. Bastou a presença de um jogador como Diogo Jota, psicologicamente "limpo" de tácticas medrosas para nos fazer recuperar a confiança num futuro que se previa cinzento.

Calma, muita calma mesmo*, porque esta é apenas a descrição sintética de um jogo de futebol que seguramente agradou a todos os portistas mas que pode mudar o rumo sinuoso deste campeonato. Nada mais do que isso.

Lopetegui já cá não está, mas é importante falar dele para se perceber quão difícil é para um novo treinador desabituar jogadores a trabalharem de uma maneira, quando andaram duas épocas inteiras a ser treinados para jogar de outra. Numa primeira fase, aceitei naturalmente a opção de rodar posicionalmente jogadores para se certificar das respectivas competências. A partir de determinado momento, deixei de compreender que continuasse a fazê-lo, porque a equipa não estabilizava e a posse de bola que privilegiava se tornara inócua e um autêntico foco de inibição criativa. 

Ora, Lopetegui teve mais tempo e condições para definir a equipa-padrão do que teve o actual técnico do FCPorto. Nuno Espírito Santo também já estava a ser  criticado por mexer demais na equipa . Dizia-se que que não estabilizava, mas a verdade é que ele não recebeu os jogadores do plantel ao mesmo tempo, de forma a poder avaliá-los e treiná-los em conjunto. Curiosamente, foi Diogo Jota um dos que chegaram mais tarde, emprestado pelo Atlético de Madrid, que, a avaliar pela  exibição de sábado, pode ter sido a chave que faltava a Nuno para construir a equipa-modelo juntamente com os jogadores que o acompanharam.

Seria crucial que agora não voltássemos a emperrar a "máquina" e que, pelo contrário, a reafinássemos em todos os sentidos. A auto-confiança já ganhou um primeiro  impulso. Agora, há que consolidar a resiliência, o poder de choque, e uma vontade imensa de ganhar.

PS-O problema é saber quem defenderá o clube das habilidades de certos árbitros. Quem dará o corpo às balas quando fôr necessário? E não estou a referir-me a comentadores, refiro-me a quem tem a OBRIGAÇÂO de o fazer...

*- só para  leitores de interpretação acelerada ;)) 



01 outubro, 2016

Habemos finalmente uma equipa?

Foi sem dúvida a exibição mais conseguida em todos os sentidos do FCPorto, com a vantagem de termos descoberto o jogador que dinamizou este FCPorto: Diogo Jota.

Uma equipa à Porto! Esperemos que seja para nunca mais voltar ao passado recente.

Parabens aos jogadores, parabens ao Nuno Espírito Santo.

29 setembro, 2016

As coincidências não acontecem por acaso

Lendo as declarações de Júlio Magalhães publicadas no Jornal de Notícias de hoje percebemos a força do título deste post.

O director do Porto Canal parece ter-se especializado na arte de fazer seus, sucessos alheios, ou na melhor das hipóteses, de grande parte deles. Não é a primeira vez que, servindo-se das audiências ocasionadas seguramente por uma maioria de adeptos portistas, decide transformá-las de forma aleatória em audiências do canal, o que não corresponde integralmente à verdade. Esta visão, é tanto mais distorcida quanto incoerente, se atendermos às suas próprias afirmações de considerar o Porto Canal "generalista", e não um canal misto como é, dado a sua forte componente desportiva. São aproveitamentos desta natureza que fazem abortar a melhor das ideias. Se adivinhasse esta salada russa, nunca teria concordado com a opção de canal generalista/desportivo.

A cisma (ou complexo de inferioridade) de J. Magalhães querer separar o Porto Canal da celagem regionalista pode transformá-lo num canal demagógico. Se por um lado reconhece - sem nunca proferir a palavra - a macrocefalia dos canais lisboetas, por outro, persiste em dar-lhes palco, chama-os a si com muita honra (como costuma dizer), qual menino bem comportado. Se quisesse ser coerente, não desperdiçava tempos de antena com figurinhas da capital que nem sequer gostam do Porto, e que até têm contribuído para a sua discriminação, e ocupava-o prioritariamente com gente do interior nortenho, do Minho a Trás-os-Montes, e... do Porto.

O director do Porto Canal age como um meio-Cristo, tolerante com quem não o quer, e pouco cooperante com quem devia. Não foi por dar a outra face que Pinto da Costa (seu actual patrão) chegou onde chegou. Talvez seja por agora ter perdido essas características que o clube está como está, triste e indefeso. Talvez seja também este o modelo que Júlio Magalhães pretende implantar no Porto Canal para o afundar.

Há notoriamente uma ideia poética de fazer televisão que não se coaduna com o país real. Ele não deve ler jornais. Se o fizesse, verificaria que estão todos sediados em Lisboa e que actuam com o mesmo espírito centralista e egocêntrico das televisões. Espírito esse que o Jornal de Notícias resolveu agora imitar, traindo a memória dos seus fundadores, reforçando a cobertura a sul e à capital, numa clara atitude de subalternidade à sombra de um pluralismo que Lisboa não pratica.  

Que serventia poderá objectivamente prestar ao Porto uma televisão acrítica, não reactiva, incapaz de promover debates sérios e contínuos para desmascarar os impostores, tendo de mais a mais, uma componente social desportiva, quando não quer tirar partido dela para defender o FCPorto de arbitragens fraudulentas? Que lugar terá afinal o Porto nos critérios do seu director? E quem quererá um canal passivo, e contemplativo com os seus inimigos?  Não bastará o exemplo comprovadamente falhado de Pinto da Costa com resultados miseráveis para o FCPorto (e humilhantes para os portistas) desde que optou pela via cobarde (sim, cobarde!) do silêncio? Pretenderá também ele contribuir para esse peditório, em vez de o combater? Mas que raio de lutadores são estes? De que massa serão feitos? Tencionará também dar cobertura  aos nossos rivais lisboetas (porque não também promover) quando diz que "tenciona dar mais voz ao desporto nacional" e nos lembra que o FCPorto "não joga sozinho"? Desconfio sempre deste tipo de linguagem, para mim, é como uma premonição para mais cedências ao centralismo.

Lá diz o povo, e é verdade, que quanto mais nos baixámos, mais se nos vê o traseiro. Não será este o exercício prático que o Porto Canal nos reserva?

Não queria acabar sem dedicar umas linhas de justiça e reconhecimento a quem tem contribuído pela positiva para o sucesso relativo do Porto Canal.

Ponho à frente do pequeno plutão o Joel Cleto e o seu excelente programa "Caminhos da História", o "Mentes que Brilham", o "Consultório" (de utilidade pública), e o"Mundo Local".  É possível escapar-me mais um ou outro. Para o caso, é irrelevante.

O fundamental, quanto a mim, está por fazer, e pelos sinais de fumo que nos chegam, não é para amanhã.


28 setembro, 2016

Estou farto

Sempre acreditei mais na força da competência que na competência da força. Foi com esse espírito que alimentei aquilo a que muitos chamam optimismo, ou confiança. Era assim que via cada jogo do FCPorto, porque acreditava no savoir-faire de quem dirigia este clube. Por isso desvalorizava o mau feitio de Pinto da Costa, porque sabia que era por aí que os seus adversários podiam atacá-lo, explorando-lhe as contradições, vasculhando-lhe a vida privada à lupa, promovendo investigações, violando o segredo de justiça, publicando escutas e pressionando as instituições judiciais até parirem o "processo Apito Dourado", que se revelou inconsequente. Inconsequente na acusação, mas eficiente nos efeitos secundários, ao que parece...

A verdade é que nunca imaginei que o mau feitio de Pinto da Costa se virasse contra os próprios adeptos e chegasse a ponto (agora falo por mim) de não suportar ouví-lo. Na actualidade, cada vez que abre a boca parece-me uma provocação. Só que, ao contrário de antigamente, que mexia com a dor de cotovelo dos clubes da capital do império, agora, provoca os portistas com frases ambíguas que os deixa à beira de um ataque de nervos. Ainda há pouco o ouvimos no Porto Canal (sempre, tarde e a más horas), a reconhecer que o FCPorto tinha batido no fundo, que estava a trabalhar para termos de novo uma equipa à Porto, e agora sai-se com a conversa de estarmos num período de transição, que mais não é que uma desculpa para a eventualidade de uma nova época de angústia e humilhação. Nestas condições, as probabilidades do insucesso se estenderem às modalidades e aos escalões da formação são muitas. O contágio negativo resultante de uma liderança fraca, é o inverso de uma liderança forte que motiva e empolga, costuma é ser mais rápido.

Por tudo isto, não vou perder o meu tempo nem manter a minha confiança a quem já não a merece. A partir do momento em que Pinto da Costa desistiu de liderar, sem o assumir, e sem perceber os danos terríveis que está a causar ao FCPorto, que são os seus adeptos, tudo o que vier a acontecer para o bem e para o mal, é mero totobola. Fazendo figas para que nos calhe a chave da sorte, não serei eu a felicitar Pinto da Costa. Ele é o principal problema do clube. Ser  grato pelo que ele fez no passado sou, o que não penso é que a gratidão deva  sobrepôr-se ao FCPorto, nem que navegar serenamente na sua decadência seja a melhor forma de continuar a merecê-la. 


26 setembro, 2016

Como se avalia um treinador?

A qualidade de uma marca só pode ganhar prestígio após muitos anos de testes, dependendo do produto. Alguns desses produtos, como sapatos e vestuário, podem ser os próprios consumidores a reconhecer-lhes a qualidade, usando-os.  Numa fábrica de calçado, por exemplo,  a produção passa sempre por vários sectores, começando previamente pela qualidade das matérias-primas, passando pelo design, pelo operário e finalmente pelo controle de qualidade. Já com o produto futebol a coisa não é tão simples. É talvez o único artigo que o consumidor não pode testar pelos seus próprios meios, a não ser no final de cada época, o que diga-se de passagem, é demasiado tarde para se precaver... Além de que, se o consumidor de calçado sempre pode mudar de marca, o adepto de futebol normal nunca muda de clube. E por que será?

Porque, se em cada início de época não conhece o valor do treinador e de uma grande parte dos jogadores, também não tem meios para avaliar as suas respectivas competências, excepto nos dias de jogo. Se jogam bem e ganham, não há problemas nem lugar para os porquês, apenas confiança no futuro. Quando não jogam bem e fazem maus resultados, levanta-se a suspeita e a curiosidade de conhecer as causas, instala-se. É o meu caso. E nem sequer estou a referir-me especificamente ao plantel da equipa principal do FCPorto. Refiro-me a todos os escalões de futebol, desde a formação aos profissionais, baseado nos muitos jogos que venho acompanhando.

Não devia dizer o que vou dizer, mas como há sempre quem confunda a crítica construtiva com óperas e ballets, adianto desde já que não a publicaria se visse o contrário daquilo que vejo. Portanto, como quero o melhor para o FCporto não me parece estimulante contentar-me com o sofrível. E o que é que mais critico nos nossos jovens atletas da formação que porventura devia ser extensível aos treinadores?

Primeiro: evolução com bola. O uso e abuso, de toques e mais toques na bola, depois da recepção até esbarrarem nos adversários e perderem-na, em vez de a passarem ao companheiro livre de marcação e melhor colocado.

Segundo: gestão da velocidade. Por que é que em Portugal a velocidade de jogo é tão lenta, e tardia? Por que é que só se aceleram os jogos quando já pouco tempo resta para o seu fim?

Terceiro: remates. Neste capítulo, sucede o mesmo que na evolução com bola. Contam-se às dezenas as situações em que os jogadores optam por "preparar" a bola quando esta devia ser rematada espontâneamente. O que acontece na maioria dos casos é nem sequer terem tempo para chutar, por terem-no oferecido à defesa contrária para se reorganizar, gorando assim a oportunidade de marcar.

Quarto: concentração. Quantas e quantas vezes os jogadores que têm bola são surpreendidos e desarmados pelas costas por não se darem ao cuidado de olhar com atenção para a zona periférica em que se encontram? A lentidão dos movimentos, tem também estes inconvenientes...

Quinto: desmarcações. Este aspecto está muito pouco desenvolvido. Não são raros os momentos em que o jogador que ganha a bola e desencadeia um contra-ataque, não tem a quem a passar por não haver quem se desmarque para a receber.

Sexto: força muscular/remate fraco. É outro ponto a reflectir. Grande parte dos jogadores nacionais são fracos nesta vertente. Raramente vemos jogadores com boas características para chutar e não me parece que seja um problema genético.

Enfim, se o que acabo de expôr fosse a excepção e não a regra, estas seis observações não fariam qualquer sentido nem me atreveria a cità-los, porque não tenho vocação para ficcionista. O que gostava de esclarecer de uma vez, e não vejo como - porque não sei com que convicção os treinadores corrijem e ensinam os jogadores da forma mais útil a toda a equipa -, era saber qual é efectivamente a sua influência, ou a falta dela,  nos treinos.

No futebol, só no fim do campeonato podemos avaliar a sua eficácia. No entanto, durante o seu longo percurso podemos ver as "amostras" através das exibições, sem contudo podermos saber com exactidão onde estão os erros. É estranho que tenha de ser assim, porque hoje em dia o futebol é uma indústria cara. Não pode pois, dormir em serviço, como paradoxalmente vem dormindo o patrão do FCPorto.


“Porto, nosso conforto”

Imagem de perfil de André Rubim Rangel
André Rubim Rangel

“O Porto é uma cidade de cores inclinadíssimas; podes ler debaixo de qualquer sombra – e nada encontrarás debaixo da aparente claridade. No Porto, como numa câmara escura, só o que é nocturno revela; e eu gosto disso” (Gonçalo M. Tavares, in «em torno de camélias, com um porto»).
Ao nono mês em que colaboro e escrevo, com agrado, para este jornal digital diário, é-me vislumbrado ir buscar ao baú das recordações – de textos meu antigos – uma crónica que publiquei em ‘O Primeiro de Janeiro’, por sinal coincidente a nona que fiz nesse jornal, igualmente portuense e regional. Já lá vão 10 anos e 7 meses. Mas a data não importa, mantém-se atual e serve para o que pretendo aqui reiterar. E o título dessa antiga e renovada crónica
empresta o mesmo nome a esta que aqui assino. Por três razões muito simples:
I) Fazer memória de algo passado que seja bom é ainda melhor quando não se quer esquecer, mas reviver; por isso, nem sempre é mau quando se reedita algo, não sendo portanto sinónimo de não se ter nada mais para dizer ou acrescentar.
II) Porque o sentimento sobre este meu e nosso Porto é o mesmo de há uma década que o escrevi ou de algumas décadas que nele nasci e nele sempre vivi e aprendi, embora agora esse sentimento seja cada vez mais sólido e consolidado, mais amado e revigorado.
III) E já que a ideia de reavivar esta partilha sobre o pulsar e o compulsar da sempre mui nobre e leal cidade Invicta é, assim também – em dias que Lisboa e certos deputados voltam a espicaçar o Porto (IMI.tando outras situações pretéritas) – o de reafirmar o meu apoio, estima e amizade por quem a governa, pelo presidente Rui Moreira – principalmente – e pela sua vereação ativa e pelo povo portuense, que continua a “fazer das tripas coração”.
Já diz a letra da música, com bom canto e encanto, que «o Porto é o altar da nossa fé e será eternamente orgulho da nossa gente; é minha saudade, é meu conforto e eu sinto vaidade em dizer que sou do Porto». Sinto-a como se fosse realmente minha herdade, minha identidade.
O Porto tem muito de si, uma carga medonha de História, de tradição, de cultura, de princípios e de paixão. Note-se a quantidade de letristas (poetas, músicos, escritores e pensadores) e artistas que representam e retratam o Porto nas suas obras-primas e, cada um, com seu cunho pessoal. É também esta pluralidade e diversidade que lhe dá mais riqueza e maior mérito.
Já na época Salazarista, no pós 25 de Abril – e actualmente –, encontram-se grandes e agraciadas personagens provenientes do Porto e do Norte (entidades, políticos, empresários, …). Portanto, a idoneidade sobre a capital não pode ser fora da diferença e absoluta paridade do Porto, que tem o que fez e o que construiu.
Nada lhe foi nem pode ser furtado, muito menos desbravado! De facto, o Porto precisa de uma maior centralização de poder, sem ficar estigmatizado pela regionalização e passando pela descentralização lisboeta.
O Porto é cidade e concelho, distrito e diocese demarcado de certezas, apesar do núcleo da antiga cidade pautar-se pela incógnita ainda hoje debatida: Cale (séc. II d.C.) e/ou ‘Portucale’? Eis a questão. O prefixo ‘Portus’, que surgiu ‘a posteriori’, veio reforçar a nossa nomenclatura. Tornou-se uma redundância (Porto-porto).
Enfim, é mais uma no meio de outras já obstinadas a subsistir, como “Sé Catedral” ou “Senhor Dom”. Se ambas as palavras significam o mesmo porque se emparelham? Escolha-se e diga-se uma ou outra e nunca as duas em simultâneo!
Como diz o outro: “não havia necessidade!”. E não havia mesmo.
Embora o Porto possa ser uma cidade cinzenta, caótica no trânsito, com muitas casas abandonadas, com zonas denotadas e inexistentes de planeamento urbano, não perde o sentido, nem o destino lhe é torto. Pois, o Porto é sempre o Porto!
Cidade Invicta que nos alegra e prestigia com destreza convicta! Tem um humanismo próprio, um acolhimento peculiar, uma capacidade de iniciativa determinante. Valor incessante.
Amor e labor são os dois ventrículos de ser portuense com ardor, são entrega generosa de epíteto “tripeiros”, são dois escudos que nos defendem com fulgor e sem dor!
André Rubim Rangel 
(Porto 24)

25 setembro, 2016

FCPorto conquista a 20ª Supertaça de Hóquei A. Livramento

FCPorto 13 - Centralismo - 7

Hélder Nunes, com quatro golos, Gonçalo Alves e Reinaldo Garcia, com três cada, Vítor Hugo, com dois, e Rafa assinaram os tentos "azuis e brancos", enquanto Carlos Nicolia, com três, João Rodrigues e Miguel Rocha, com dois cada, marcaram para os "encarnados".

O F. C. Porto sucede ao Sporting no historial da competição, que não vencia desde 2012/13



Nota de RoP

Foi um show de hóquei o que o FCPorto deu ontem na Mealhada. Houve garra, muita garra mesmo, técnica, velocidade, pressão e portismo a sério. 

Deu-me especial prazer ouvir os comentadores desonestos da TVI a engolir sapos atrás de sapos, cada vez que o FCPorto desmentia com golos geniais a verborreia de louvores ao clube do regime. 

22 setembro, 2016

Para quem não viu



Memorandum para quem perdeu a memória...

"Hoje em dia, o Mundo mudou e Portugal evoluiu. As realidades desportivas são outras e as SAD passaram a ser quase uma imposição de um mercado muito competitivo, mas o FC Porto permanece dinâmico e vencedor. O clube continua a representar a sua região e a servir de baluarte para os seus legítimos interesses, mas tende a espalhar a sua filosofia de simplicidade responsável e ambiciosa a todos os portugueses espalhados pelos cinco continentes. Homens como Nicolau d'Almeida e Monteiro da Costa, onde quer que se encontrem, estarão, por certo, muito orgulhosos da força que o seu esboço de FC Porto alcançou."


Nota de RoP:

Este pequeno texto sobre a história do FCPorto consta no site do FCPorto. Com que sentimento o lerá agora o Presidente Pinto da Costa? Com confiança, constrangimento, saudade, ou desencanto?

A resposta só pode ser uma: indiferença.