26 novembro, 2018

Jovens com futuro e com muito talento

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Sub15 do FCP












É difícil ter uma opinião bem estruturada sobre um treinador sem acompanhar o trabalho que ele faz diariamente, e o modo como o faz. Só com o tempo podemos ter uma noção próxima do seu valor e, obviamente, com os resultados que vai conseguindo jornada após jornada. Como agora não há muitas oportunidades para assistirmos aos treinos diários torna-se complicado termos uma ideia completa das virtudes e defeitos de cada treinador (ninguém é perfeito). Assim, só podemos tirar conclusões através do que vamos vendo nos jogos e pelos resultados.

Sobre a equipa B, por exemplo, não temos razões para estar satisfeitos. Um antigo bom jogador não garante necessariamente um bom treinador. Em certos casos não quer dizer que não tenha jeito para treinar, de tácticas ou perfil para liderar. O pequeno Rui Barros foi um grande jogador. Tinha muita técnica, uma boa capacidade para rematar, e uma particular velocidade. Todos os que como eu o viram jogar gostavam dele certamente, da sua personalidade vincada por um bom carácter. Não foi por acaso que saiu do FCPorto para a Juventus de Itália, à época um clube ainda mais prestigiado que agora (apesar de lá estar o Ronaldo).

Algo de errado tem de estar a acontecer na equipa B, porque a verdade é que não consegue superar as dificuldades criadas pelos adversários. Além de que jogam mesmo mal, e sem grande confiança. É um facto. Portanto, ou Rui Barros não sabe passar aos jogadoresas as suas ideias de jogo, ou eles  não lhe obedecem. Algo tem de estar a correr mal, é óbvio! Este, é mais um problema que o FCPorto também tarda a resolver. Há uns anos atrás isto já estava resolvido, não estávamos tanto tempo a perder jogos.

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Sub17 do FCPorto


Já que estou a falar de (pós) formação, volto à carga com uma opinião que mantenho há muito e que já aqui também mantive e vou repetir. A preparação técnica dos nossos juniores tem pecado em dois ângulos particulares: chutam fraco e mal, e não ousam chutar de primeira, perdendo assim muitas oportunidades de golo. E é justamente nos escalões maiores que isso é notório.
Há felizmente umas boas excepções, entre os sub 15, sub 17  e sub 19 que me têm surpreendido pela positiva. Curiosamente a evolução da maturidade destaca-se numa escala de qualidade contrária à que seria normal, ou seja, os mais jovens parecem mais experientes.

São sobretudo os sub15 e os sub17 os escalões onde há melhor qualidade técnica, melhor domínio de bola, melhor sintonia nas desmarcações (quando um avança com bola, logo outros se desmarcam para a receber (e não o fazem à toa!). Saliente-se também que nestes escalões os movimentos são feitos de forma inteligente e muito bem treinada. Isto não pode acontecer por acaso, aliás já aqui louvei esses miúdos.  O treinador dos sub15 é Sérgio Ferreira, o dos  sub17  Tulipa, e o dos sub19  é Mário Silva. Dos três escalões, o dos sub19, sendo bom, é o tecnicamente mais errático.

Vê-se nestes jovens melhor futebol, mais intensidade e objectividade do que em muitas equipas seniores. Há também (salta aos olhos) um lote muito razoável (diria mesmo, todos) de jovens altamente talentosos e com futuro, sendo um deles filho de Sérgio Conceição (já nos sub17) que, se o FCPorto não se puser a pau, os "milhafres" ainda os levam para a pocilga (o que seria um crime de lesa majestade... Os treinadores também têm que ter o seu mérito, naturalmente.

Espero que os leitores acompanhem estes jovens porque vale a pena vê-los jogar. Nem sempre os jogos são iguais, uns são mais espectaculares que outros, mas a qualidade está toda lá. Até a rematar são fortes (para a idade) e revelam muita técnica, contrariamente ao que vejo na B. 

Posso vir a enganar-me, mas acredito que se com a idade estes jogadores evoluirem, irão dar em grandes craques. Nem sei se não seria possível manter todos estes jovens próximos do FCPorto quando forem mais velhos  de modo a acompanhar de perto a sua evolução para um dia (quem sabe) todos poderem vir a jogar juntos. Bem, se isto não fosse sempre falível, suponho que podíamos vir a ter um plantel de top. Barato, e 100% caseiro...

PS: É uma redundância objectiva, mas é redundância: 

o que aqui está escrito é a minha opinião, não a do meu vizinho. Só não resisto à redundância porque há sempre uns meninos que por aqui gostam de passar que têm um irresistível espírito de contradição mas depois são incapazes de explicar porque discordam... 


FC Porto eliminou o Magdeburgo e passou à fase de grupos da Taça EHF


Grande jogo de andebol! É em jogos desta categoria, e com árbitros desta categoria, que se vê a diferença que há entre a seriedade e o espírito desportivo dos países civilizados, e a tendência para a trafulhice de países como Portugal. Só com uma grande equipa, muita concentração, muita competência e uma grande vontade de vencer, é possível uma proeza como a conseguida ontem pelo FCPorto contra o Magdeburgo. Pena é que as modalidades não tenham por hábito um apoio tão grande como tem o futebol. Também é difícil, com tanto desemprego e salários tão baixos* como são os deste vergonhoso país.

Resultado: FCP-34-, Magdburgo-27




* Nem precisamos destas confirmações, mas nunca é demais travar o optimismo espertinho dos
governantes de estarem sempre a lançar-nos poeira para os olhos com uma melhoria de qualidade de vida falsa. No JN de hoje confirmava-se que os salários reais em Portugal continuam abaixo dos níveis do ano 2000. Em 18 anos só para os donos disto tudo a vida sorriu, mesmo para os que ganham a vida a roubar o país...

23 novembro, 2018

A camuflagem da verdade não dura sempre


É deplorável que os jornalistas a sério sejam incapazes de purgar a classe dos elementos perniciosos. Creio que não há profissão que necessite tanto de uma profunda "recauchutagem" como a de jornalista. Todos entendemos o que significa a expressão "a sério". Vale para todas as actividades e quer dizer: alguém que leva a sua profissão (ou compromisso) com dedicação e honestidade. Não é uma questão de competência, porque há quem seja "competente", enganando.  É exactamente isso que caracteriza a grande maioria dos jornalistas de hoje. Tenho respeito por um grupo restrito, mas são poucos para serem úteis ao público leitor. Este dilema pode aplicar-se perfeitamente a muitas outras actividades, não é exclusiva aos media.

Custa-me entender tanto acobardamento. Colocando-me no lugar dessa gente, imagino-me a dar a cara no ecrã de uma RTP, de uma SIC, de uma TVI, e de canais geminados e pergunto-me como me sentiria, sabendo que o país inteiro me via a trabalhar para empresas de mídia editorialmente manhosas. Empresas essas que escondem diariamente a realidade de certos casos de interesse público, e que inventam outros?

O que pensariam de mim os espectadores honestos? Que era um vigarista? Que, para manter o emprego era incapaz de mandar à merda os patrões dessas mesmas empresas?  Que era um jornalista prostituído?

Pois é exactamente isso o que penso de todos esses jornalistas: são (homens e mulheres) uns prostitutos! Aceitam trabalhar para falsos órgãos de comunicação social, para uns charlatães. Se aceitam, é porque se identificam com patronato vigarista! Incluindo a RTP, do Estado!

Mas não são apenas os jornalistas a prestarem-se a tais miseráveis papeis. Há quem lhes siga o exemplo. Flisbela Lopes, professora da Universidade do Minho e articulista do JN, para mim, pertence ao tipo de comentadores nim, ou seja, escrevem e falam mas dizem muito pouco. Cheguei a esta conclusão depois de ler alguns dos seus artigos. Outra conclusão, é que vive bem com a situação actual do país. É alguém que, dizendo umas coisitas, vai-se mantendo à tona entre o diz e não diz. Vejamos. Parecendo finalmente disposta a aderir ao grupo dos anti-centralistas resolveu escrever hoje no JN sobre o assunto.  Então, não é que só agora se lembrou de escrever sobre o centralismo? Já na parte final diz:
«Percorramos os jornais nacionais. Quantos projetos editoriais têm uma redação central fora de Lisboa? Um, o "Jornal de Notícias". Olhemos para a televisão. Quantos canais abrem estúdios para produção e emissão própria fora da capital? A RTP. É, de facto, limitado o panorama dos media portugueses em termos de descentralização. E isso deveria levar-nos a agir em diferentes direções.»

Vá lá que se lembrou do JN, e mesmo assim ainda é cedo para acreditar que a ousadia de agora é para durar. É de facto o único jornal do país que não esconde a verdade, mas é preciso estar atento ao que vai acontecer a seguir, a administração não é muito fiável... 

Já quanto à RTP, apesar de dispôr  de estúdios no Porto, está ainda muito longe de descentralizar o alinhamento editorial. Por que será então que Felisbela Lopes não se lembrou de falar do Porto Canal? Não gosta, ou não conhece? É verdade que, como já disse várias vezes, o Porto Canal não tem ainda a visibilidade que devia para ser mais frequentado, mas é mesmo assim o Canal português mais interessado no tema da descentralização. Portanto D. Felisbela, não referencie a RTP só porque é um canal do Estado. Critique-o! Porque por ser do Estado tem-se prestado também ao papel miserável de encobridor público de graves crimes de corrupção. 


22 novembro, 2018

A questão é: como eliminar rapidamente esta praga?

É mais importante que nunca enfatizar a praga do centralismo.
É uma outra forma de apartheid à lisboeta

(clicar sobre a imagem para ampliar) 

21 novembro, 2018

Clubite e política não casam bem. A segunda, é a mais perigosa


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Fado-Futebol e Fátima

Portuenses e nortenhos, principais vítimas do centralismo, devíamos compreender que para vencermos esse maldito obstáculo não podemos mais permitir que as simpatias clubistas nos separem da nossa identidade territorial.

É uma infantilidade, diria mesmo um atestado de imbecilidade, que por gostarmos muito de um clube abdiquemos de gostar da terra onde nascemos, especialmente do ponto de vista político, já que afectivamente é algo natural. Natural sim, mas infelizmente incerto. Há quem ponha o clube acima da terra onde nasceu. Não vou por aí. Primeiro,  a minha cidade berço (o Porto) e imediatamente a seguir o FCPorto (o meu clube único). Isto não belisca em nada aqueles casos em que pessoas nascidas noutras terras,  que tenham vindo ainda jovens para o Porto a  sintam  como a sua cidade natal sem que tal impeça o afecto à terra onde efectivamente nasceram. Tenho o exemplo pessoal do meu pai, que  nasceu em Chaves e veio com os meus avós ainda criança para o Porto tornando-se um portuense e portista de gema sem ter deixado de gostar (e muito) de Chaves. 

Além de mais, acredito que havendo bom senso entre rivais podíamos conviver bem com isso. Isto é,
rivalidades à parte devíamos dar-nos todos bem.

Fui e sempre serei portista, mas nem por isso me senti inibido por um dia ter comprado  um cartão de sócio do Boavista (e do Estrela Vigorosa e Sport)  para jogar ténis. Por que havia de me sentir inibido?  Se o FCPorto não tinha ténis, fui para onde havia. O Boavista não é o meu clube mas é também um clube do Porto, agora se os seus adeptos não pensam assim, é um problema deles. Se simpatizam com clubes de Lisboa, algo não bate certo, porque foi no Porto e para os portuenses (e ingleses)  que o Boavista se criou. Estão a ver o que faz a rivalidade fanática? O que levará pessoas da mesma cidade a misturarem o que os divide  com o que os separa? Só  tenho uma resposta: a burrice.

Com o Sportig de Braga passa-se a mesma coisa. Eu gosto de Braga, mas não gosto nada da estupidez que levou tantos bracarenses a apoiarem o clube do(s) regime(s). Digo regimes, e não clube do regime, porque o actual não é verdadeiramente democrático...  As causas desta aberração podem vir de Fátima ou do Fado,  não importa, o facto é que acabaram por dar mais valor ao Benfica que ao Braga. Parece que as coisas agora estão a mudar, e ainda bem. Prefiro a rivalidade sadia com o Braga/Braga, que a abastardada Braga/Benfica. Isso não é rivalidade é prostituição clubista,é rendição. É centralismo burro.

Enquanto que esta gente não perceber que há coisas que não se devem misturar, que quem ganha com esta mistura patética é Lisboa, a capital do Centralismo, nunca mais sairemos desta situação. O Norte tem de se unir na política e manter uma rivalidade vigorosa no futebol. Uma coisa não invalida a outra. É tempo de todos perceberem que esta coisa fascisante do nacional benfiquismo é de persi uma ratoeira, uma grande vigarice. O Benfica que o diga. É claro que não há honestidade para tanto. O FCPorto e os portistas são as costas largas do clube mais vigarista do planeta, um pouco também por culpa de alguns clubes nortenhos. Chegou o momento de abrirem os olhos. 





16 novembro, 2018

Que difícil é sentir a democracia em Portugal


Os leitores que por aqui costumam passar sabem que não acredito na autenticidade da democracia portuguesa. Não acredito e estranho de quem acredita.

E se estranho, é porque me faz muita confusão como é que alguém pode acreditar numa democracia que permite aos governantes comportamentos ditatoriais e não disponibiliza a quem é governado  mecanismos simples para se defender.

Uma democracia, que permite, por exemplo, a um organismo estatal - como a RTP - cobrar taxas de audiovisiual a todos os clientes, e ao mesmo tempo discriminar uns para beneficiar outros, não pode ser uma democracia. É um canal de oportunismo, é abuso de poder. Uma forma simples de resolver abusos desta natureza seria indemnizar rapidamente os prejudicados, ou pura e simplesmente punir a RTP retirando a respectiva taxa.  Não fazendo nenhuma destas coisas, é impossível levar a sério  um regime assim.

Não faltam motivos que provam à saciedade o embuste que é a nossa democracia. O triunvirato banca/ futebol/ política foi o seu principal coveiro. Prejudicou tudo, até a relação sadia entre comércio e cliente. Uns, são clientes da NOS, outros da MEO, mas não são tratados da mesma maneira. Um canais, a Sport Tv, por exemplo, protege descaradamente os adeptos do Benfica mas prejudica os do FCPorto. Numa democracia idónea, nem aos canais privados devia ser-lhes permitido assumirem-se independentes quando na prática são facciosos. Não estou a falar de estações de clube, isso é diferente. Mas também não devia permitir a uns clubes a transmissão dos seus jogos no seu próprio canal. Enfim, existe esta dualidade de critérios só possível num país governado por gente sem classe nem integridade. 

Eu prório neste momento, votaria impiedosamente contra o Governo, mas também contra os deputados com lugar no Parlamento! E não posso. Nem o Presidente da República conseguiu passar do patamar da mediocridade, ou fez ouvir a sua voz para exigir rigor e celeridade da Justiça com os processos mafiosos do Benfica. Nem esse merece confiança, porque até ver tem-se limitado a copiar a comunicação cobarde de Lisboa! Por que haveria de votar nesta gente? 

E por que é que já nem falo da FPF, da Liga e do IPDJ? Porque essas são instituições minadas pelo compadrio e pela farsa. São gente menor, com responsabilidades indevidas. Já não me incomodam os árbitros, a não ser como vai ser possível ao FCPorto sobreviver com eles enquanto não forem criteriosamente saneados. Mas não vai ser a Federação nem a Liga quem vai resolver este problema do qual são parte. E a Secretaria de Estado do Desporto muito menos. Falarmos seriamente de democracia num país feito num novelo tão grande e apodrecido, é insultar os países verdadeiramente democráticos. Esses sim, merecem ser respeitados. Não é infelizmente o caso de Portugal.

PS: Afinal, não foi desta feita que consegui encurtar a escrita. Fica para a próxima. 




Portugal, um nome ultrajado pelo poder político



De tão enojado estar com o cheiro a lixo deste país, causado pela vulgaridade da classe política, pela sua absoluta falta de integridade, vou procurar escrever o menos possível, porque isto não vai lá com constatações de factos. Passar o tempo a dizer que o preto é preto, quando a canalhada que está no poder diz o contrário, é chover no molhado. Passarei assim a escrever o essencial.

Pergunto-me qual será a solução encontrada pelo FCPorto caso a escandaleira do Benfica venha a ser poupada pela Justiça! É que, não tenhamos ilusões, se tal acontecer o FCPorto corre o risco de ser destruído. Os bandidos (que é assim que eles se chamam) vivem do banditismo, e se forem protegidos pela Justiça vão continuar a ganhar a vida no mundo do crime, impunemente... Estou mesmo muito curioso por saber como o FCPorto irá sair desta pocilga, visto nunca ter encarado este grave problema com a coragem e determinação necessárias. 



15 novembro, 2018

Um Porto da graxa, é um Porto invertido

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Sara Sampaio é portuense (e portista)Júlio
Magalhães preferiu entrevistar Teresa Guilherme...

Sei, mas não consigo compreender, a intenção de Júlio Magalhães de chamar frequentemente ao Porto Canal figuras públicas de Lisboa. A intenção, suponho, é transmitir a ideia que as pessoas do Porto são muito tolerantes e de boa índole. Ou seja, quer cativar Lisboa, o poder central.

Até aqui, compreendo-o. O que já me custa entender é que acredite no reconhecimento sincero dos entrevistados. Na verdade, tornou-se vulgar ouvir os lisboetas tecer loas ao Porto, e à sua gente, mas curiosamente tal só acontece quando têm de cá vir para trabalhar, ou por outro qualquer interesse.

Curiosamente, inibem-se de divulgar essa afeição quando estão num estúdio qualquer de rádio ou tv em Lisboa ou fora do Porto. Aí, esse suposto afecto tende a virar sátira, a transmutar-se em humor cínico, numa humilhação rebuscada, numa inexorável mania de superioridade. 

Às tantas, sou eu que oiço, ou vejo mal. Mas, sinceramente, costumo estar atento as estes detalhes. Por isso, não compreendo tanta bajulação a figuras por demais conhecidas no país e sem grande relevância intelectual. Se há coisa de que os lisboetas não se podem queixar, é de falta de visibilidade.

Têm vários canais de televisão, dominam as estações de rádio, enfim, não lhes falta nada. Até o nível de vida é muito superior a qualquer outra região do país, e contudo, o Porto Canal ocupa demasiado tempo de antena com entrevistas a personagens da capital! Se isto não é um paradoxo, então não sei o que será. Lisboa trata-nos como gente menor, discrimina-nos, e nós agradecemos com convites e propaganda. Bajulação? Subserviência? Inclino-me mais para isto, e não gosto!

Júlio Magalhães só me dá desgostos. É tão inconveniente quanto contraditório. Orgulha-se do Porto Canal por ser o mais descentralizado do país, mas trás aos estúdios as suas figuras mais centralistas! Agora lembrou-se de trazer Teresa Guilherme ao Porto, como se fosse uma diva, uma grande guru da cultura nacional. Lá para Big Brothers tem ela jeito. Culturalmente, não deve haver melhor (segundo a noção de cultura de Júlio Magalhães)... 

Nem da moda soube tirar partido. Sara Sampaio nasceu no Porto (e é portista). É das mais prestigiadas modelos internacionais, a única supermodelo portuguesa a trabalhar para a Victoria's Secret. No entanto, foi a SIC que teve a sagacidade de a entrevistar. Se isto não é perder audiências garantidamente, não sei o que será.  

Se o Porto Canal tem alguma audiência deve-se ao FCPorto, e a uma meia dúzia de bons programas cujo sucesso se deve exclusivamente aos seus protagonistas,  Rui Massena e Joel Cleto (sem prejuízo para outros que já citei há tempos atrás). Mas, pelo que se vê e percebe, a programação piorou e está mais pobre do que antes.

A cereja no topo do bolo, é a ida anunciada de Maria Cerqueira Gomes para Lisboa! Vai, pasme-se, trabalhar com Goucha para essa "categórica" estação de TV chamada TVI . Estação essa, cada vez mais desprestigiada pelos debates desportivos onde prevalecem cartilheiros do tipo Pedro Guerra... Foi esta mesma Maria que um dia ouvi queixar-se de umas betinhas lisboetas que em surdina a criticavam por ser do Porto, que agora vai de malas e bagagens para a capital! Essa mesma Maria que disse há dias ter estado 12 anos à espera desse dia  (JN)!

O amor ao Porto tem destas contradições! 

É assim a vida. Quando Maria surgiu no Porto Canal achei-lhe piada pela sua irreverência, pela forma alegre e sem preconceitos de lidar com as pessoas. Agora, acho que se deixou levar pela onda terrível da ambição. Daí à degeneração intelectual, vai um passo. 

Bem tinha as minhas razões quando aqui mesmo disse, algo assim: "Maria, não mudes, nem te deixes deslumbrar". 



14 novembro, 2018

Prescrição, a fada boa dos corruptos. Benfica, será o próximo?

Moreirense já se safou. Quem será o seguinte?
Acho que sei. 
     CASO MOREIRENSE PRESCREVE

"É julgada extinta a responsabilidade disciplinar dos arguidos do Moreirense Futebol Clube, Manuel Orlando Cunha e Silva e José Williams Silva Mendonça, por prescrição do procedimento disciplinar, consequentemente, é determinado o arquivamento deste processo disciplinar." É desta forma que, segundo o acórdão divulgado pela FPF, fica encerrado o processo n.º 52 de 2012/13, sobre a tentativa de aliciamento a jogadores de outros clubes. À data dos factos, Manuel Orlando - "Alhinho" - e Williams Mendonça, eram vice-presidente do Moreirense e jogador da Naval, respetivamente.

Entendeu o Conselho de Disciplina da FPF que o processo prescreveu, de acordo com o regulamento federativo, a 27 de agosto deste ano, decorridos que estão cinco anos (com interrupções e recomeço de contagem, por culpa das interrupções do próprio processo). "Tendo este processo disciplinar permanecido parado cerca de três anos, por causa não imputável aos arguidos, temos que o prazo prescricional - cinco anos - voltou a correr de dia 27/08/2013 [dia seguinte àquele em que se completaram dois meses da paragem processual]", lê-se no acórdão federativo.
A decisão do CD surgiu após a sentença do Tribunal de Santa Maria da Feira, que a 7 de setembro último condenou o Moreirense a um ano de suspensão nas competições profissionais por quatro crimes de corrupção ativa e Manuel Orlando "Alhinho" a três anos de prisão com pena suspensa, mediante o pagamento de uma multa. O Moreirense recorreu para o Tribunal da Relação.
(de O Jogo)

11 novembro, 2018

E gente séria?


Mas não há mínimos de seriedade? Não. O problema não é só de José Silvano, o ingénuo secretário-geral do PSD que confia a sua password ao mundo parlamentar. Nem de Emília Cerqueira, a colega que inadvertidamente lhe assinou a presença no plenário, acedendo ao computador pela simples razão de precisar de um documento de trabalho.
O problema nem sequer é de José Silvano quando ele, em cima da polémica, assina a presença na Comissão de Transparência, virando costas para ir à sua vida. O problema destas "pequenas questiúnculas", como lhes chama o líder do PSD Rui Rio, é que elas adensam a convicção de que todos os políticos são iguais, usando a entrega pública a que se deviam prestar para afazeres privados que não devem prestar.
O problema é o somatório de casos que envolvem deputados, muitos dos quais ninguém conhece e tantos dos quais não conhecem a região que os elegeu, a começar nas moradas falsas entregues para receber subsídios de deslocação e a acabar nas falsas presenças no Parlamento também para receber subsídios. O problema é todo o Parlamento parecer conviver muito bem interpares com a opacidade, o que é bem revelador da fragilidade da nossa democracia.
Mas o problema é sobretudo de José Silvano quando embaraça o seu líder, cada vez mais mergulhado na lama de ética em que o partido o afunda. E de um líder que não percebe que é em português que o tem de dispensar, por muito que o acosso a que uma parte dos sociais-democratas o vota o force a falar em alemão.
O que todos queremos perceber é se o Rui Rio dos tais banhos de ética de 2018 é o mesmo do rigor germânico quando presidia à Câmara do Porto. Porque não parece. E não basta ser.
DIRETOR

09 novembro, 2018

Bate-papo entre o Zé do Povo e o Sr.Presidente da República



Zé do Povo - Olha, Olha Quim, vai ali o sr. Presidente da República! Vou falar com ele.

Quim - Ó pá, deixa o senhor em paz, ele tem mais que fazer.

Zé P - Não deixo nada. Então não sabes qu'ele é muito simpático? Às tantas ainda me vai dar um                   beijinho, vais ver...

Quim - Ouve lá pá, não me digas que já viraste maricas!

Zé P - Não brinques comigo pá, eu sou muito macho!

Quim - Então o que queres tu afinal do senhor Presidente da República?

Zé P - Olha, quero perguntar-lhe se ele acha que Portugal é um país democrático.

Quim - Então tu não sabes que é? Temos uma Constituição, vem lá escrito!

Zé P -  Isso é verdade, mas também lá consta a promoção do desenvolvimento harmonioso do país, e              cada vez ele está mais desiquilibrado.

Quim - Pois é meu, mas essas coisas levam tempo, é preciso ter calma, não é...

Zé P -   Porra pá, tu tens cá uma lata! Por acaso esqueceste-te em que ano foi a revolução de 25 de
             Abril?   Foi há 44 anos meu. Não te chegaram os 41 de Ditadura?  Pois é, és ainda um puto,                 não sabes  quanto  custa isso.

Quim -  Mas, ó pá...

Zé P - Agora cala-te Quim, que quero falar com o Presidente.

Quim - Pronto pá, vai à tua vida.

E o Zé do Povo, desatou a correr na direcção do Presidente gritando:

Sr. Presidente, dá-me um autógrafo se faz favor?

Presidente - É claro que dou. mas olhe que eu não sou o Ronaldo. O meu forte são mais os beijinhos                       e os abraços, não é o futebol. Para os homens não há beijinhos, apenas abraços, só hoje                       foram 91!

Zé P - OK, Excelência, dê-me lá então um abraço.

Presidente - Pronto, pronto, já chega. Não aperte tanto homem, não sou o Ronaldo, já lhe disse.

Zé P - Por falar em fut...

Presidente - Pronto amigo, tenho de me ir embora, tenho de ir ler a Bola. Desculpe lá, queria dizer o
                     Correio da Manhã. Isto de zelar pela segurança nacional dá muito trabalho. O que nos                         vale é termos paióis altamente seguros.

Zé P - Mas eu só cria falar do caso E-toupei...

Presidente - Que praga, homem, você só me faz perguntas parvas. Olhe, vá ao futebol, distraia-se.


PS-Ontem, ouvi no Porto Canal alguns portistas comentarem aquelas trapalhadas e gabarolices habituais das hostes vermelhas. Sem desprimor, não ouvi nada de relevante que já não se soubesse. Mas pronto, até aí, tudo bem. 

Agora, não gostei mesmo nada que a certa altura um dos comentadores tivesse dito que esta bagunça não tinha nada a ver com a política! É verdade, foi isso que tive o desgosto de ouvir. Não tem nada com a política? Tem tudo! Quem assim pensa só pode estar comprometido com a política, e se assim fôr, submete os interesses do FCPorto ao seu domínio. É sinal que a conversa entre o Zé do Povo e o PR não atingiu o efeito que pensava. Paciência, talvez para a próxima tenha mais sorte... 

Tenho dito. Agora levem-me a tribunal


Se alguma utilidade teve a denúncia pública do escândalo de corrupção, liderado pelo Benfica, foi acabar com as dúvidas - de quem ainda as tinha -  que em Portugal não existe Governo, não existe Presidente da República, não há Parlamento nem oposição. Ou seja, não há  Estado de Direito. 

O que existe, sim, é um imenso grupo de actores que vivem simulando cargos para os quais não têm categoria, como não têm coragem para se pronunciarem sobre crimes e malfeitorias praticados por um clube de futebol transformado em quadrilha. Chama-se Benfica. 

Tenho dito. Agora vou-me embora, estou cheio de medo. Até pareço o 1º Ministro. Não, não, acho-me mais parecido com o Marcelo.

PS-Não se preocupem, quando  me prenderem, aviso.



08 novembro, 2018

Para certos "portistas" anónimos

Foto: Lusa Fotomontagem: RR
Há uns tipos que por aqui pousam que sofrem
  por estes melros querendo passar por portistas...

Para os que não se revêm nas minhas opiniões, têm uma hipótese se quiserem que os deixe entrar neste espaço: ou apresentam argumentos com seriedade, e identificam-se, ou nunca mais terão o prazer de ver publicadas palermices. Não pertenço ao clube dos democratas da bagunçada,que é este país, aos que confundem liberdade de opinião com liberdade de ofender.

Não, rapazinhos, para mim a liberdade da Democracia tem limites. Tudo tem limites. Portanto, se quiserem, chamem-me ditador, porque não sou, e porque já estou farto de explicar e especificar provas da incoerência deste sistema a que chamam indevidamente democrata. A Democracia só existe quando é posta em prática e é respeitada. Não sendo assim, é uma farsa! Abram os olhos, se tanta confusão se tratar apenas de ingenuidade ou inexperiência!

Se não lhes chega o magnífico exemplo de centralismo crescente, dado por sucessivos governos (desde o 25 de Abril), então nunca vão  perceber nada.  Além disso, pelo paleio que usam, suspeito que estou a lidar com benfiquistas e a esses costumo vedar-lhes as portas. Será que vocês ainda não perceberam onde quero chegar?

Outra coisa: sabiam que antes do Universo Porto da Bancada se decidir  a censurar (e muito bem) o Governo e os próprios deputados parlamentares por ainda não se terem pronunciado sobre o caso dos e-mails benfiquistas já o Renovar o Porto o tinha feito? Não sabiam? Pois é, têm fraca memória, mas eu repito: foi o Renovar o Porto, e orgulho-me disso, porque foram muito poucos que se lembraram de o fazer, e não sei porquê. É que, quando as outras instituições desportivas não fazem honestamente o seu trabalho, são os Governos os principais responsáveis! Até o Presidente da República tem responsabilidades! Não me importo de estar sozinho, antes me orgulho. 

Estão a ver, não sou nada modesto, é verdade, mas ao menos sou sério e não escondo o nome (que chatice)... E mais, talvez me tenha antecipado uns mêses! Porém, gosto muito do Universo Porto da Bancada e dos participantes. Sabiam? Porventura não leram aqui grandes elogios ao Francisco J. Marques e ao Pedro Bragança? Ou pensam que pertenço ao grupo dos portistas ciumentos? Que invejam os que têm coragem, por não serem capazes de fazer o mesmo. No entanto, sabem criticar toda a gente.  É uma questão de procurarem porque os meninos não merecem que me dê ao trabalho de vos ajudar. Se acham que é motivo para me envaidecer, lá sabem, mas para mim, limitei-me a fazer o que uma pessoa minimamente frontal faria.

Mudando de assunto. 

Sempre que o Ministério Público pede mais tempo ao Tribunal para concluir processos de investigação, torço o nariz. É sinal que se avizinha a prescrição, mais uma vez. E por quê? Porque sou desconfiado? Porque sou pessimista?  Lamento, mas não é por uma nem outra razão. É porque estou enojado com este hábito da Justiça de permitir que processos gravíssimos não cheguem a ser julgados por ter deixado ultrapassar os respectivos prazos de legalidade, até que prescrevam! 

No caso dos e-mails benfiquistas que está em investigação, suponho, por aquilo que hoje li, que podemos ficar mais descansados porque os fundamentos apresentados pelo próprio Ministério Público são invulgarmente sólidos e credíveis. Desta vez, o MP alega publicamente que "estamos perante fortes  indícios de esquema altamente organizado para pedir mais tempo para investigar eventual corrupção". Assim mesmo, não temos garantias que este processo vai até ao fim, mas precisamente devido à sua proporção e heterogeneidade  é que se revela mais complexo. Não estou certo é que seja boa ideia deixar à solta alguns dos suspeitos, porque se o caso é complexo pode também estimular o risco de fuga dos mesmos, eventualidade que a acontecer não pode provocar surpresa a quem de direito. Neste caso, o Ministério Público.

07 novembro, 2018

O bom portista, o adepto especial


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Ser adepto é isto, e também o cérebro


Não sei o que fará pensar alguns inteligentes que só se é um portista a sério, um super-adepto, ou o que quer que isso seja, se não comentar o lado negativo do seu clube dileto, ou, por outras palavras, se não ousar contestar as decisões erradas de quem o preside. Já para os fanáticos, os elogios são eternos, e as críticas são sempre proibidas. Para esses, não há criticas construtivas, só há opiniões maldosas. Pois eu contestarei sempre que sentir o futuro do FCPorto ameaçado. 

Além destes, há os "portistas" bipolares, ou seja, tanto parecem ter sentido crítico, como subitamente invertem o objecto e a causa da crítica que ainda ontem defendiam. Isto acontece frequentemente quando as vítimas são os treinadores ou os jogadores. Tomam-lhes cisma e não há nada a fazer. Depois têm outro hábito. Quando discordam  do que lêem (agora refiro-me aos meus posts), são incapazes de fundamentar as suas ideias, antes optando pelo desafio inconsequente e ôco.

Também a mim acontece opinar positivamente o que vai acontecendo de bom no FCPorto, ou com uma ou outra iniciativa do Presidente, mas também o reprovo quando considero pertinente. Nunca o faria por maldade, porque seria pura estupidez, e depois, porque entre Pinto da Costa e eu haverá sempre algo a ligar-nos: o FCPorto!

Seja como fôr, elogie ou censure, há quase sempre em comum um timing e uma causa para o justificar. É por isso que não tenho muita paciência para ler comentários analfabetos. Não dou relevância àqueles que me censuram só porque não gostam do que lêem e não têm capacidade para explicar porquê. Entram neste espaço anonimamente mas depois querem ser tratados como se o anonimato lhes facultasse qualquer superioridade moral, quando é exactamente o contrário. Não atingem o ridículo a que reduzem as suas opiniões, quando podiam ser aceitáveis se as soubessem apresentar com dignidade.

Alguns desses portistas, nem sequer fazem ideia do que eu já tenho dito de construtivo de Pinto da Costa. Não querem saber. Não pensando como eles, é porque não disse nada. São assim. Mas basta que um dia o FCPorto tenha o azar de sofrer um abalo dos fortes e ficar na banca-rôta, sem fama nem glória que esses "super-portistas" sempre hão-de encontrar um bode expiatório para apontar as culpas. Nem que seja o porteiro do Dragão! Só se salvará Pinto da Costa!

Pois fiquem sabendo que muito do que agora se discute na praça pública sobre muitas das causas que provocaram a fragilidade actual do FCPorto e deram alma aos nossos inimigos - os adversários podem ser dignos - para nos andarem a comer por lorpas, já eu ando a escrever há uns bons anos. No entanto, ninguém me pagou para isso. E quer queiram ou não, tenho muita honra nisso.    

06 novembro, 2018

Acordaram tarde, mas é melhor que nunca


Até que enfim, houve alguém que decidiu pôr a boca no trombone e falar na pouca vergonha que paira nas modalidades! Mesmo assim, foi preciso que viessem os respectivos directores a dar a cara para denunciar a bandalheira, e na minha opinião, ainda com demasiada parcimónia. Parece que têm medo de melindrar os responsáveis desta nojeira. E também não sei por que é que os senhores da SAD se acham no direito de passar a bola aos directores responsabilidades que deviam ser assumidas por eles e com a maior determinação. Não percebo tanto acanhamento. Realmente, além dos adeptos, e os atletas são eles os grandes heróis. 

Mas afinal, em que ficamos, acham que toda essa gente (que é muita, eu sei) que anda a contribuir para degradação do desporto nacional merece tanta consideração, tanto respeito? Pois olhem, eu não os respeito em absoluto. Agora só sabemos recorrer às queixinhas, aos comunicados inconsequentes? E se eles se borrifarem, como tem sido costume, vamos recorrer ao Papa? Ou desistimos de competir?

Usem o Porto Canal, façam constar ao Mundo a bandalheira que paira no país! Não permitam que Portugal continue a gozar a fama de um país de 3º mundo! Denunciem os criminosos, sejam de colarinho branco ou casca grossa. Saibam defender-se dos maus cidadãos, dos que nos andam a roubar em todas as frentes.

Então o Sr. Fernando Gomes da SAD já se esqueceu que foi político, Presidente da Câmara do Porto e Ministro da Administração Interna? Então não acredita no Estado de Direito? Eu não acredito, é verdade. Mas eu não sou político, será que também me vai dar razão? Quanto tenciona pagar-me por lhe ter prestado esse serviço? Não sabe como defender o FCPorto, que tão bem lhe paga? Mas que raio de dirigente é ? O que teme? São os directores desportivos que são lançados às feras?

Coragem! Não estamos a lidar com anjinhos. Lidamos com criminosos e até homicidas. Já fomos prejudicados tempo de mais. Haja dignidade!


04 novembro, 2018

Se continuarmos a esperar pela Justiça ela vira-se contra nós

Estes são os melhores e mais honrados jogadores
do Hóquei em Patins
português! 

Sentir-me-ia uma besta se não reconhecesse o que Pinto da Costa fez de positivo pelo FCPorto. Fez muito, e grande parte das vezes bem. À sua maneira, nem sempre ortodoxa,nem consensual, conseguiu o que outros não conseguiram, porque só podia ser assim, sem oscilações.

Impôs-se, desafiou os lacaios do centralismo e fez-lhes frente sempre que foi preciso. Esse período glorioso da sua regência custou-lhe caro. Espiaram-no, engendraram-lhe todo o tipo de armadilhas, conseguiram levá-lo a tribunal com um único fim: acabar com a hegemonia do FCPorto no futebol português. Pelo meio, aconteceram algumas peripécias rocambolescas da sua vida privada que afectaram de certo modo a estabilidade do nosso clube. Não foi tudo perfeito (ninguém o é), mas, contra tudo e contra todos - e o macabro centralismo - venceu.

Tudo isto é verdade. E por ser verdade, sempre o apoiei como adepto. Mas, há sempre um "princípio de Peter" que nos pode manchar o currículo e até a carreira se não percebemos que esse Peter já se apoderou de nós. Foi o que aconteceu a Pinto da Costa. Fisicamente,  ainda está bem vivo. Desfruta de uma excelente memória, mas naturalmente não tem a mesma fibra para se manter no cargo. Ai palavra que fui dizer! Isto não se diz, é uma heresia. Pois, mas tem de ser. Se gostam de Pinto da Costa, eu também já gostei quando ele era o homem que atrás descrevi. Quando colocava os interesses do FCPorto acima de tudo. Foi isso, e apenas isso que me fez seu amigo. Quem é portista é meu amigo. Quem faz bem ao FCPorto ainda é mais. Ora, neste momento Pinto da Costa não é o mesmo amigo. Já não pensa tanto no clube como pensava, e o clube tem de continuar, não pode ser esquecido.

Nos últimos tempos têm acontecido coisas ao nosso clube que não podiam acontecer. Nós portistas temos concentrado a nossa atenção no futebol e isso tem-nos levado a esquecer as modalidades. Sobre o futebol sénior já sabemos as grandes golpadas que o gangue Benfica tem inflingido no futebol português, mas o FCPorto tem também  o Andebol, o Hóquei em Patins e o Basquete (e outras).

Sobre essas actividades desportivas também têm acontecido enormes falcatruas, acompanhadas de roubos de igreja.  Sim, roubos, porque muitos são acompanhados de violência, e pouco temos feito para acabar com estas afrontas. Afrontas e prejuízos! Além disto, há adeptos portistas que têm sido cobardemente agredidos por benfiquistas, quando o FCPorto se limitou a comentar situações criminosas não a praticá-las.

Não me parece por isso que a Direcção portista esteja a comportar-se à altura do apoio fantástico que os portistas têm dado ao clube. Não pode ser o silêncio a recompensa! Mas, a culpa também é de alguns portistas, que fazem de Pinto da Costa um Deus e lhe permitem tudo, inclusivé esta passividade mórbida que sabe exigir,mas não retribuir. Fazer comemorações e abrir casas do FCPorto é importante, mas neste momento, não é prioritário! O que acontece com os nossos atletas é inaceitável, uma vergonha. Ontem, no Ókey valeu tudo, só faltou abrir a cabeça outra vez a um dos nossos - como já fizeram no passado - e não temos um Porto Canal disposto a abrir um noticiário para divulgar veementemente estes desafios de guerra! O que os vermelhos fizeram é recorrente. Os próprios jogadores quando sentem dificuldades em ultrapassar os nossos lançam-se para o chão simulando faltas e os árbitros marcam-nas. Foi só assim que ontem conseguiram ganhar o jogo, e mesmo assim à rasquinha.

É aqui que não aprecio a passividade da SAD e de Pinto da Costa, porque há anos que andamos a perder campeonatos nas modalidades e no futebol. É preciso ter coragem de nos impormos. Esta postura passiva, só leva os infractores ao abuso. Não lhes cortam as rédeas, fazem pior. Por mim, chega! Estamos a ter um comportamento próprio dos cobardes, e isso não é a marca do FCPorto, nem era a de Pinto da Costa! É revoltante o que se está a passar! São eles os marginais, não somos nós. E como a justiça não existe, então optemos por uma estratégia mais agressiva, porque assim não há justiça que nos valha.

Estamos em Portugal, hoje mais que nunca, um país de falsários! Não nos deixemos enganar. Felizmente não somos todos assim, mas são sobretudo muitos dos que dominam o poder (político e económico), e isso é que é grave. A mim não me infundem qualquer respeito. Nenhum mesmo.

03 novembro, 2018

Prendam o 1º. Ministro. Já!

Guillem Casbestany visou a arbitragem da equipa formada por Luís Peixoto, João Duarte e Tiago Alves.
Guillem Cabestany, treinador da equipa de hóquei em patins do FC Porto, mostrou-se muito crítico da arbitragem do jogo com o Benfica, no pavilhão da Luz: "A maior vergonha a que assisti em toda a minha vida numa pista de hóquei em patins. Uma vergonha para o hóquei em patins, estragaram o maior espetáculo. Isto foi uma merda, uma merda para o mundo do hóquei em patins", disse o espanhol.
O Benfica venceu o FC Porto por 4-3, com o golo decisivo a ser apontado por Nicolia no derradeiro segundo do clássico e numa altura em que os portistas jogavam em inferioridade numérica.
O jogo foi ainda marcado pela amostragem, pouco habitual, de um total de 12 cartões azuis. O Benfica viu quatro desses cartões e o FC Porto oito.

Nota de RoP: Com estes actos, do mais reles que a sociedade pode praticar, não há governante que se salve. Permitem, é porque consentem. São cúmplices!
São todos um bando de parasitas. Tanto me orgulho de não lhes dar a honra do meu voto. Sentia-me uma merda se o fizesse (como disse e bem o Cabestany. 

O silêncio nem sempre é de ouro

Pinto da Costa não quis interferir directamente
na defesa do FCPorto. Agora vai ter de aturar a matilha
de crápulas. Isto é o que dá acreditar demais na Justiça nativa.
O presidente do F. C. Porto foi chamado pelo Ministério Público para prestar declarações no âmbito do caso dos e-mails.

Além de Pinto da Costa, os administradores da SAD portista Adelino Caldeira, Fernando Gomes e Reinaldo Teles também vão ser ouvidos, confirmou o JN junto de fonte do clube portista. Contactado por este jornal, o dirigente dos azuis e brancos disse, no entanto, que, até ao meio-dia desta sexta-feira, não tinha sido notificado.
As audições deverão decorrer na próxima semana, no Departamento de Investigação e Ação Penal (DIAP) de Lisboa. A decisão do Ministério Público terá surgido na sequência de uma queixa feita pelo Benfica.
Nota de RoP-

Disse, e redisse, que se Pinto da Costa não acelerasse o passo e decidisse cooperar com Francisco J. Marques na denúncia do escândalo dos e-mails, e também da própria cumplicidade da FPF, da Liga e do Governo, acabaria por esvaziar a credibilidade do caso. 
Argumentos, e vestígios de provas altamente credíveis, é coisa que não falta. Mas duvido que superem a grandeza do gang benfiquista... Deu aos facínoras o que eles mais queriam: tempo. 
Agora, os amiguinhos já estão à vontade para ensaiar a defesa. Veremos o episódio que se segue...


30 outubro, 2018

Um FCPorto B muito fraco



O FCPorto B está neste momento a jogar com o West Ham em Inglaterra. O jogo está na 2ª. parte e o West Ham está a vencer por 1-0. Não sei como vai acabar o jogo, até porque a equipa britânica não é nada do outro mundo, mas por aquilo que vi até ao momento, não me admira nada porque é que  também na 2ª. Liga estamos tão mal classificados (em último lugar).

O futebol praticado pelos pupilos de Rui Barros é de uma pobreza indescritível. Muito passe para trás, a lembrar o futebol de Lopetegui, dificuldade em progredir com a bola assim que enfrenta um adversário, recorrendo sempre ao passe para trás (o que denuncia um baixo nível técnico), fraca capacidade de remate espontâneo, enfim, uma miséria. A posse de bola, de que muito nos gabamos, não serve para nada se não soubermos tirar partido disso. Há pouca convicção frente da baliza, muito toque e mais toque até terem a defesa adversária oganizada. Aliás foi essa a razão que possibilitou aos ingleses marcarem primeiro. Nem de propósito, acabámos de marcar o golo do empate de cabeça. Seja como for, duvido mesmo assim que tenhamos estofo para ganhar a partida. Somos muito lentos e ainda muito imaturos.

O que me apetece dizer, para não ser mais desagradável, é pôr estes rapazes a ver os miúdos da Sub15 para ficarem a saber o que é jogar futebol de adultos e de grande categoria (curioso, é que poucos falam disso)...

Nada contra o Rui Barros, porque foi um jogador fantástico, e é um excelente rapaz. Mas não creio que tenha perfil para treinador.  Nem creio que os jogadores o ajudem.

PS-O FCPorto acaba de perder 2-1... Bruxo?

28 outubro, 2018

Indignação dia sim, dia não. Depende de quem


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O Mirtilo faz muito bem a saúde

Como disse há uns dias, os únicos programas que costumo ver nas televisões da capital são "A Quadratura do Círculo" e "O Eixo do Mal, ambos na SIC Notícias. São os únicos, mesmo! Muito do que ali é dito, interessa-me, por razões diferentes.

Entre outros assuntos, ontem, no Eixo do Mal discutiu-se um momento infeliz vivido pela Associação Sócio-Profissional Independente da Guarda (ASPIG/GNR), que a propósito da divulgação das fotos de suspeitos capturados pela PSP declarou (cito), que os criminosos não são merecedores do mesmo respeito e consideração que o cidadão comum.

Esta frase infeliz, mereceu o consenso geral dos comentadores e as maiores críticas, em tese, as minhas também. Pena é, que nestas ocasiões, em que o espectador concorda com parte considerável do que ali é dito, não possa entrar em contacto directo com os comentadores para lhes dizer porque não concorda com tudo.

A base da acusação feita à Associação (ASPIG) baseou-se essencialmente no respeito pelo Estado de Direito Democrático (e na falta dele), pela salvaguarda do direito à Justiça, e enfim, por todas essas normas que devem ser honradas. Pelas bases éticas da Constituição, que também eu respeito e defendo. Com isto, estou completamente de acordo. Agora, o que a mim me transcende, é saber como é possível atingirmos todos um elevado sentido de Estado, e exigí-lo a outros (como à Associação em causa), se não damos à democracia a protecção e coerência que ela precisa para lá chegarmos!?

Não será um paradoxo que no mesmo canal onde é transmitido o Eixo do Mal, e supostamente se pretende defender o Estado de Direito de forma tão indignada, se mantenha ao mesmo tempo um bizarro manto de silêncio com programas ali também transmitidos, onde se fomenta a injúria, se ataca a dignidade das pessoas, e se fomenta o ódio? É tudo menos coerente.

Insisto: que saúde se pode dar ao Estado de Direito a transmissão de produtos que só servem para o debilitar?  Não estou a referir-me a debates desportivos sérios, animados, mas respeitadores. Contra esses programas não há nada a reclamar e dentro de certas regras. Refiro-me aos programas de intriga, de vigarice, acusadores e indecentes. Essa liberdade abusiva, é o rastilho de uma bomba incontrolável. Estes comentadores do Eixo do Mal souberam todos censurar a ASPIG (e bem), mas parecem uns pombinhos com os "feitos heróicos" de um clube chamado Benfica! Isso é que eu já não compreendo.

A corrupção leva ao abuso, e o abuso do poder pede mais poder ainda. Não interessa saber se a corrupção vem da política ou do futebol, porque a corrupção é sempre um crime! Tanto assim é que, estando o Benfica sob investigação apertada do MP, acusado desse e outros crimes, chegou mesmo ao ponto de espiar a própria Justiça! Não fará a Justiça parte relevante do famigerado Estado de Direito? Por que se queixam então das declarações infelizes da ASPIG, e não abrem o "biquinho" sobre a balbúrdia criminosa que ocorre no Benfica? É nome de santo, agora? Ou compromete? O que é afinal?

Foi por essa razão que concordei (e também discordei) com o que ouvi ontem no Eixo do Mal. Eu, só acredito numa democracia regrada, os comentadores do EM dão-lhe (à Democracia) o direito de  acesso ao mundo do crime, mas depois queixam-se dele, sem apresentar soluções.

Duarte Lima foi um figura de Estado. Foi acusado de crime homicida no Brasil, não foi totalmente julgado. Em Portugal foi acusado de "desviar" milhões da vítima. Hoje, goza os frutos do crime em prisão domiciliária (prisão????). Viva este modelo manso de democracia. O Sócrates também o defendia. O candidato Mirtilo seguramente defende também.  A actividade política é cansativa, e coitado, não nasceu rico.

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Aqui não entra ninguém,
excepto os democratas honestos





PS-Há alguns anos que ando a tentar explicar porque é que não acredito na democracia portuguesa.
Mais. Venho avisando, à minha maneira, que têm sido as vigarices dos partidos políticos ditos democratas e que estiveram no governo, que dessa maneira só estavam a alimentar os extremistas de direita. Este jornalista, só agora chegou a essa conclusão... São de compreensão lenta, pelos vistos. Ou fazem de conta que não percebem.

26 outubro, 2018

A blogosfera é mais livre que a televisão


Os blogues têm vantagens que os mídia não têm; podem dizer o que pensam sem medo de melindrar a pessoa visada quando a critica, nem precisam de lhe dar graxa porque sim, ou porque gosta de cair em graça junto dos aficionados para não ferir susceptibilidades. Essa é a grande vantagens dos blogues em comparação com os órgãos de comunicação, talvez até a única. É no entanto uma vantagem que nem todos aproveitam, porque, por esta ou aquela razão, alguma coisa temem e não dizem.

Sucede que, quem partilhar da minha opinião, ou seja, quem não tiver papas na língua quando sentir vontade de as remeter ao destinatário, corre o risco de criar anti-corpos, mas vale a pena, porque ficará sempre de bem com a sua consciência.  

Sempre tive boa opinião do agora comentador Cândido Costa, e até gostava dele enquanto jogador, embora não tenha sido dos mais brilhantes. Agora, que o conheço como comentador, confesso que o acho um tanto falso modesto. Porque usa uma linguagem algo extravagante e até ridícula, para dizer o que pensa. Isto, mesmo que entretanto "peça desculpas", na eventualidade de ser mal interpretado. Para um ex-jogador de futebol não cai lá muito bem dizer que outro jogador fez uma jogada excelente antes mesmo deste a terminar, quando de facto não passou de uma intenção. Além de que interrompe muitas vezes os seus colegas de debate poucos minutos depois de ele próprio ter comentado. A uns, mais do que a outros. A Rita Moreira é a maior vítima... Os outros, toleram-lhe os excessos (e bem), mas de certeza que já o topam. Usa com frequência alguns adjectivos grotescos e desnecessariamente repetidos, o que, além de maçador, retira tempo de antena aos outros comentadores. Detesto quando usa expressões como "prepotente", "sanguinário", ou quando para dizer que percebe, repete tudo de seguida: percebo, compreendo, entendo, só para enrolar. 

O Cândido Costa até parece bom rapaz, mas é daquelas pessoas incapazes de dizer não a certos respeitáveis interlocutores. Excluindo o que atrás disse, tenho-o na conta de um tipo positivo, mas um tanto puxa-saco para o meu gosto. Pertence ao clube "É proibido criticar Pinto da Costa", ao grupo de portistas que são acríticos para dentro, e muito críticos só para o exterior. 

Essa, é uma forma sectária, e coxa, de exercer a liberdade. Além de que me parece profundamente injusto que outros ex-jogadores do FCPorto não tenham a gentileza de ser convidados pelo Porto Canal para fazer o que o Cândido Costa faz.  Até porque, ele está presente em quase todos os programas, o que parece resultar mais por conveniência que por competência.


24 outubro, 2018

Quando o FCPorto é mal dirigido, tudo pode correr mal


Pertence ao FCPorto

É impossível para quem gosta do FCPorto e quer o melhor para o clube, manter o silêncio sobre os descuidos continuados que os dirigentes do clube têm tido nos últimos tempos. Este comportamento vem-se agravando em muitos aspectos, e a indiferença que mostram da hostilidade que está instalada contra o FCPorto pela comunicação social é um deles. Não há dia que não saia notícia no jornal O Jogo (os de Lisboa são ainda piores) apenas para desconsiderar o nosso clube. Qualquer coisa serve para dar a ideia que nada nos corre bem. E nem era necessário, porque de facto estamos a passar por uma fase muito negativa.

Mas, quando chegamos ao extremo de ver o treinador do Rio Ave dizer que o Galeno, jogador emprestado pelo FCPorto, está a render bem (e muito feliz), aproveita para acrescentar que "há alguns entraves para ele regressar ao FCPorto", o que é isto, se não uma grande falta de respeito? E o Sr. Pinto da Costa não pede explicações ao José Gomes? Então, emprestamos jogadores, e depois admitimos que os clubes para onde vão nos falem em entraves para regressar ao clube? Em que condições serão feitos esses empréstimos para que os clubes beneficiados (ou qualquer seu colaborador) se dêem ao desplante de levantar boatos?  Ainda dizem que o jornal O Jogo é amigo do FCPorto? 

Outra trapalhada. O Porto Canal pertence à sociedade FCPorto Media e à MediaPro, e sobre isto não há a menor dúvida. Sendo portanto o principal proprietário, tem toda a legitimidade (e dever) de acompanhar e controlar o funcionamento daquela empresa, coisa que tudo indica não vem fazendo. Sou apenas um simples espectador, mas não preciso de grandes conhecimentos para perceber que algo está errado  no Porto Canal. A programação foi desfalcada e alterada  para pior, e o rigor dos que ainda existem praticamente não existe.

Ainda ontem, quando me preparava para ver o Universo Porto da Bancada, que é transmitida às 22H30, deparei abruptamente com outro programa, o "Nas 4 Linhas" sem que houvesse o cuidado prévio de informar a alteração. É uma vergonha, porque denota um fraco sentido de responsabilidade de quem dirige, mas também de quem administra.

Quando passamos anos a falar do centralismo e da comunicação social de Lisboa, é com esta forma desleixada de dirigir que queremos conquistar audiências? Ainda por cima para dedicar parte do programa errado ao jogo do Benfica com o Ajax? É mesmo à Júlio Magalhães... Palpita-me que ainda o vou ver de novo na TVI...

PS-Só espero que logo à noite os jogadores superem os patrões, e ganhem!

22 outubro, 2018

Pedro Marques Lopes está confuso. E nós, estamos esclarecidos?


Até que enfim, que vejo publicadas um conjunto de questões muito pertinentes àcerca do Relatório e Contas do FCPorto! Só a opção do local onde foram inseridas ("A Bola") não foi a melhor, dada a péssima reputação de que o pasquim goza no Porto, incluindo os principais colaboradores. Quanto ao autor da crónica,  Pedro Marques Lopes, tudo bem. É  um homem honesto, informado e sabe como levantar as questões. 

É preciso que outros lhe sigam o exemplo, porque enquanto continuarem a pensar que Pinto da Costa está acima de qualquer crítica, podemos estar a contribuir para a derrocada do FCPorto. Temos de nos convencer que não há ídolos eternos. Vejam o que está a acontecer com o Special Man que nem sequer tem as mesmas responsabilidades, ou lhe chega aos calcanhares, malgrado as diferentes funções.

Neste momento, as dúvidas de Pedro Marques Lopes são, de certeza, partilhadas por todos os portistas, incluindo aqueles que por amizade, ou conveniência, evitam enfrentá-lo. As exposições de PML podiam resumir-se ao que escreveu: 

"Para que não fiquem dúvidas é preciso dizer que não estou a sugerir que se trilhe um caminho de ainda mais endividamento (e esse voltou a subir) ou da loucura despesista. Nada disso. O que quero dizer é que o que está em jogo nos próximos anos é demasiado importante e que o desenvestimento neste momento não é opção. Fundamental é que o investimento seja racional, bem aplicado e que exista uma razão clara e transparente para todos sobre o que se fizer a nível financeiro.

Mas não é só o dinheiro estar em causa. Nunca fomos um clube endinheirado e sempre conseguimos fazer mais, muito mais, que os ricos deste mundo - basta atentar nas nossas victórias nacionais e internacionais e nas equipas que vamos sistematicamente batendo na Champions. Como nunca, é crucial que a nossa capacidade de recrutamento e de aproveitamento e gestão de activos seja mesmo exemplar".

É bem explícito o que aqui vem plasmado. A SAD do FCPorto  é uma sociedade anónima, é verdade, mas é também de um clube, com associados, que têm toda a legitimidade de reivindicar informações rigorosas sobre os movimentos e aplicações financeiras do clube e em tempo oportuno. Se o orçamento do FCPorto previa uma redução de 70.000 euros de encargos com jogadores e afinal subiu para 6 milhões, ainda que por uma boa razão (prémios a jogadores pela conquista do campeonato), o cálculo foi um tanto leviano, porque devia ter sido feito descontando antecipadamente esse valor visto que o objectivo sempre foi ganhar o campeonato. Eu também não sou entendido nestas ginásticas financeiras, mas a verdade é que de coerente tem pouco.

A juntar a esta confusão existe outra, que não sendo da mesma área é parcialmente comum. Chama-se Porto Canal. Será que os sócios do FCPorto não têm o direito de saber como vai a contabilidade e a saúde financeira da estação de TV? É que, consta por aí (é lamentável não haver certezas por silêncios abusivos) que Júlio Magalhães é pago pelo FCPorto. Como ficamos? Querem, ou não querem, ser claros?